sexta-feira, 27 de abril de 2012

Coluna Claquete – 27 de abril de 2012



Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Neste final de semana, os cinemas serão invadidos pelos “Vingadores”, que ocuparão a metade das salas de Natal. A outra estreia é a ópera “COSI FAN TUTTE DIGITAL”, da Royal Opera House. Continuam em cartaz a comédia “American Pie: O Reencontro”, o suspense “A Perseguição” (vejam na Sessão Filmes da Semana), com Liam Neeson, e o infantil “Espelho, Espelho Meu”, com Julia Roberts. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a ficção-científica “Jogos Vorazes”, a comédia romântica “Como Agarrar meu Ex-Namorado”, a versão 3D de “Titanic”, e o drama argentino “Um Conto Chinês”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o drama nacional “Xingu”, o policial “A Toda Prova”, e o épico “Fúria de Titãs 2”.

 

Estreia 1: “Os Vingadores


Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra, enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo mágico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o Dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). A direção é de Joss Whedon. “Os Vingadores” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 1, 2, 3 e 6 do Cinemark, e nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. Exibição em 2D e 3D, cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Avengers”).

 

Estreia 2: “Royal Opera House: COSI FAN TUTTE DIGITAL


Terceira ópera de autoria de Mozart e Da Ponte, esse conto satírico de traição e confiança testada até o limite é uma comédia com elementos nitidamente sérios. É possível que dois casais aparentemente fiéis tenham suas vidas afetivas arruinadas por um jogo de traições aparentemente inofensivo? A direção é de Jonathan Miller. “Opera House: COSI FAN TUTTE DIGITAL” estreia neste sábado (14h00), domingo (18h00) e quinta-feira, na Sala 7 do Cinemark. Classificação indicativa livre.


Sessão Cine Cult: “Um Conto Chinês


Roberto (Ricardo Darín) é um veterano da Guerra das Malvinas que vive recluso em sua casa há vinte anos e coleciona manias. Jun (Huang Sheng Huang) é um chinês que apareceu na vida de Roberto depois de ser roubado e arremessado de um taxi em Buenos Aires. Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Apesar das diferenças e dificuldades Roberto e Jun descobrirão o real motivo deste encontro inusitado: uma vaca que caiu do céu. A direção é de Sebastian Borensztein. “Um Conto Chinês” está em carta nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, sempre na sessão de 14h00. Classificação indicativa 12 anos. (T.O.: “Um Cuento Chino”)

Filmes da Semana: “A Perseguição” e “Área Q”

A história de “A Perseguição” é contada através da ótica de Ottway (Liam Neeson), um homem amargurado, que se ressente da ausência da esposa. Ottway trabalha para uma empresa petrolífera em uma refinaria em um canto isolado do Alaska. Diferente dos demais trabalhadores, ele é um caçador, e protege a vida dos demais caçando os animais selvagens que se aproximam das instalações.
Viver em condições tão insalubres só mesmo para quem não tem mais nada de bom no mundo, é a conclusão do próprio Ottway, que se inclui nesse grupo de párias, a maioria por escolha pessoal.
Ao final do período de embarque, regime comum em empresas de petróleo, Ottway e vários outros trabalhadores tomam um avião para retornar à civilização, mas, uma violenta tempestade causa um acidente, e o avião faz um pouso forçado, do qual sobreviverão apenas sete homens.
Em função de sua experiência, Ottway assume a liderança do grupo, e convence os sobreviventes a partir em direção sul, onde terão maior probabilidade de serem resgatados. Apesar dos protestos, o relutante grupo o acompanha, mas, um perigo ronda os homens, na forma de uma alcateia de lobos selvagens.
Não, não se trata de lobisomens ou lobos gigantescos. São apenas lobos normais, mas, nem por isso menos perigosos. Enquanto os homens lutam para sobreviver ao frio, ao cansaço e à fome, os animais estão bem adaptados, e caçam os invasores implacavelmente.
Ao longo da perigosa jornada, os homens são submetidos às mais diversas dificuldades, enfrentando corredeiras perigosas, abismos, a neve, além dos implacáveis lobos.
O que é mais assustador é que é uma história totalmente possível de acontecer, e o homem, totalmente desacostumado em viver em harmonia com a natureza, torna-se uma presa fácil para os animais.
Enquanto os homens discutem e brigam sobre a melhor forma de sobreviver, os lobos agem em perfeita consonância, caçando em grupo, escolhendo as vítimas mais indefesas, testando a capacidade do inimigo, etc..
O final pode parecer estranho à maioria dos espectadores, acostumados com produções mais “certinhas”, contudo, me pareceu perfeito, lembrando um clássico da Segunda Guerra chamado “A Patrulha de Bataan”.
Liam Neeson está perfeito no papel do angustiado líder, e mostra que, apesar da maturidade, cada dia ganha mais exposição nos cinemas, com papéis variados, que vão do vilão de “Batman Begins” ao personagem título de “Kinsey”.
O outro filme da semana é “Área Q”, ficção-científica nacional, e que eu reputo com um dos filmes mais originais e bem feitos do cinema brasileiro dos últimos anos.
O cinema nacional tem oscilado entre as comédias quase televisivas e as proezas do capitão Nascimento, com algumas produções voltadas para o público espírita. “Área Q” conseguiu fugir de todos estes estereótipos, levando para as telas uma história que advém da tradição de uma região, e ainda deixando mais dúvidas que respostas – o que é muito bom!
No início do filme o espectador acompanha a vida de João Batista (Murilo Rosa), um humilde fazendeiro de Quixadá, no interior do Ceará, que é carregado por uma estranha luz, retornando uma semana depois. Depois disso, ele parece ter estranhos poderes, e termina desaparecendo de vez, embora todos achem que ele está presente, e até que virou santo.
Trinta anos mais tarde, Thomas Matthews (Isaiah Washington), um jornalista americano, é enviado para Quixadá para investigar fenômenos paranormais que acontecem na região, possívelmente ligados a OVNIs, com relatos de luzes, aparições e de abduções de pessoas.
Thomas vem de um drama pessoal, quando o seu único filho desapareceu sem deixar vestígios, e por mais que ele tenha investigado, nunca encontrou o mais leve traço que pudesse indicar o destino do garoto.
Ao chegar na pequena cidade, Thomas tem o impacto do calor, da língua e da paisagem, com as belas formações rochosas da região permeadas pelos cursos d’água.
Thomas recebe a ajuda de Eliosvaldo (Ricardo Conti), o prestativo intérprete, que serve de relações públicas, faz-tudo e companhia para o americano. Eliosvaldo não apenas traduz as palavras, mas, a própria alma da região, e aconvivência entre dois representantes de culturas tão díspares proporciona alguns dos melhores momentos do filme.
Outra personagem constante é a enigmática Valquíria (Tânia Khalil), uma repórter que parece ter a ideia formada de que tudo o que acontece na região é apenas resultado de fenômenos naturais, que alimentados pela crendice e ignorância do povo, torna-se um caso fantástico.
Mas, Thomas não enxerga dessa mesma maneira, pois, a cada dia ele descobre novas evidências que não só parecem ser reais, como também parecem relacionar-se com o desaparecimento do filho, mesmo que os lugares dos acontecimentos estivessem a milhares de quilômetros de distância.
A busca de Thomas por respostas só o deixa com mais dúvidas, mesmo após encontrar-se com o mítico João Batista, que não apenas parece conhecê-lo, como também sabe o que aconteceu ao filho do jornalista. O mais intrigante é que Thomas e seu filho são considerados vitais para a sobrevivência da Humanidade.
O que me chamou mais a atenção no filme foi a forma brilhante como a história foi apresentada, não fazendo concessões ao explícito à la Spielberg, e ao mesmo tempo deixando muitas dúvidas no espectador. Seriam Ets? Seriam espíritos? Seria loucura ou alucinação coletiva?
Apesar do filme ser nacional, os diálogos são praticamente todos em inglês. Isso ficou muito natural, pois americano não conhece outra língua, e as pessoas que falavam com ele eram o intérprete, a jornalista e uma médica, pessoas que supõe-se que falem inglês.
“Área Q” é um filme excelente, com um elenco enxuto mas extraordinário, com destaque para Isahia Washington, bons efeitos especiais, fotografia maravilhosa, trilha sonora envolvente e perturbadora, e uma paisagem fantástica, que remete ao sobrenatural.
A lamentar mesmo é que, em função dos blockbusters, sua permanência nos cinemas será curta. Mas, terá uma sobrevida longa nas mídias DVD e Bu-Ray.
(Títulos originais: “The Grey” e “Área Q”)


Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“O Pior dos Pecados”

Adaptado do surpreendente romance de Graham Greene, O Pior dos Pecados conta história de Pinkie (Sam Riley) um jovem lutando para assumir o controle do crime organizado. Porém quando Rose(Andrea Riseborough), uma garçonete da cidade, descobre evidências ligando Pinkie a um assassinato todos os planos serão alterados. Pinkie seduz Rose para descobrir o quanto ela sabe e garantir que ela não contará nada a polícia. Mas será que ele está certo? Deveria ele matar Rose antes que ela contasse algo? E Rose? Deveria ela confiar nesse criminoso sabendo que ela pode ser a próxima da lista?  Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Brighton Rock”).

“Loup – Uma Amizade Para Sempre”
 
Sergueï é um rapaz do povo Évène, nômades criadores de renas, que vive nas montanhas da Sibéria Oriental. Ao completar 16 anos, é nomeado guardião do grande rebanho de renas do clã de Batagaï. Ainda menino, sabendo que precisaria proteger as renas, Sergueï aprendeu a caçar e a matar lobos sem hesitar. Até o dia em que o encontro com uma loba e seus adoráveis filhotes altera todas as suas certezas. O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1. (T.O.: “Loup”).

“Inspetor Tibbs contra a Organização”

Neste suspense estrelado por Sidney Poitier, o famoso detetive Mr. Tibbs está prestes a desmascarar uma quadrilha de traficantes de drogas. Último filme da série Mr. Tibbs. Neste filme está uma superorganização por trás dos crimes, o que vai tornar muito difícil a prisão dos culpados. Com a direção de Gil Melle (grande músico de Jazz) degustaremos a música clássica dos anos 70, que nos acompanhará até San Francisco, em busca dos assaltantes. Um deles, o então jovem e de primeira grandeza, Raul Julia. Lançado na época junto com Shaft e French Connection, teve uma bilheteria tímida e injusta. Grande performance do Poitier. Disco com formato de tela widescreen, e, como Extras, Bio-Filmografia, Galeria de Pôsteres, Menus Interativos, e Trailer. (T.O.: “The Organization”).

“A Tia de Carlitos”

Charley e Jack são estudantes universitários que precisam de um acompanhante para que possam cortejar algumas jovens da velha sociedade. Eles pressionam o colega Fancourt Babberly (Jack Benny), para fingir ser a tia brasileira de Charley, Dona Lucia D'Alvadores. Tudo vai bem até que..., claro, a verdadeira tia de Charley aparece e espantasoamente descobre que... "ela já esta lá!". O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio em Dolby Digital 2.0, e, como Comentários de Randy Skretvedt, (Historiador e comentarista de cinema.), Biografia e Filmografia, e Galeria de Fotos  . (T.O.: “Charley’s Aunt”).

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