Coluna Claquete – 13 de janeiro de 2012

Newton Ramalho

 

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O que está em cartaz

Sexta-feira, 13, dia de azar? Nada disso, é dia da primeira Claquete de 2012, com ótimas estreias no final de semana. Para começar, “Sherlock Holmes – O Jogo das Sombras”, com Robert Downey Jr e Jude Law, “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne”, de Steven Spielberg, e a ficção “A Hora da Escuridão”, com Emile Hirsch. Continuam em cartaz a comédia “As Aventuras de Agamenon, o Repórter”, o épico “Imortais”, a ação “Missão Impossível: Protocolo Fantasma, com Tom Cruise, o infantil “Alvin e os Esquilos 3”, e a animação “O Gato de Botas”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim”, na Sessão Cine Cult, enquanto o Moviecom mantém o drama “Compramos um Zoológico”, com Matt Damon. Na Sessão Filmes da Semana, resenha dos filmes “Ágora” e “Escalada ao Poder”.

 

 

Estreia 1: “Sherlock Holmes – O Jogo das Sombras”

Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) continua desenvolvendo novos disfarces e maneiras de ludibriar seus oponentes, enquanto seu fiel companheiro John Watson (Jude Law) está prestes a casar e sair em lua de mel dos com sua amada Mary Morstan (Kelly Reilly). A única coisa que Watson não contava era que seu amigo Holmes apareceria com uma nova teoria conspiratória de que o ardiloso Professor Moriarty (Jarred Harris) estaria por trás de uma série de assassinatos, visando desestabilizar a paz mundial. Quando a amiga Irene Adler (Rachel McAdams) desaparece, depois de prestar um serviço sujo para Moriarty, Holmes descobre que a cigana Simza (Noomi Rapace) pode ser a chave para desvendar todo o mistério por trás das mortes. A questão é: conseguirá Holmes superar a esperteza do terrível Moriarty? A direção é de Guy Ritchie. “Sherlock Holmes – O Jogo das Sombras” estreia nesta sexta-feira, na sala 6 do Cinemark, e na sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos.

 

Estreia 2: “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne”

Tintim (Jamie Bell) é um jovem repórter, que está sempre atrás de boa matéria. Um dia, ele compra para o amigo Haddock (Andy Serkis) o modelo de um galeão antigo, que por coincidência é a réplica do navio de um antepassado do próprio Haddock. Mas, a casa de Tintim é invadida, toda revirada e a cópia do barco desapareceu. Sem entender direito o que está acontecendo, Haddock encontra no sótão um livro com as memórias do capitão, seu antepassado, que servem de guia para a dupla de amigos embarcar numa incrível aventura. A direção é de Steven Spielberg, entusiasta do clássico personagem dos quadrinhos criado pelo belga Hergé, em 1929. “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne” estreia nesta sexta-feira, na sala 7 do Cinemark, e na sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Exibição em 3D.

 

Estreia 3: “A Hora da Escuridão”

Quatro jovens amigos passavam as férias de seus sonhos na Rússia, na maior curtição, quando o mundo começa viver um incrível pesadelo. É quando Sean (Emile Hirsch), Natalie (Olivia Thirlby), Ben (Max Minghella) e Anne (Rachael Taylor) descobrem que seres de outro planeta invadiram a Terra. O mais assustador é que ninguém consegue ver o inimigo, que se alimenta de energia, e tem planos de destruir a humanidade. Agora, eles precisam encontrar uma maneira de enfrentá-los, para garantir a própria sobrevivência, antes que seja tarde demais. A direção é de Chris Gorak. “A Hora da Escuridão” estreia nesta sexta-feira, na sala 7 do Cinemark, e na sala 3 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos.

 

Sessão Cine Cult: “Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim”

Casados há 30 anos, Mary (Isabella Rossellini) e Adam (William Hurt) passaram mais da metade de suas vidas juntos, criando os filhos e aguardando a chegada de uma fase mais tranquila. No entanto, percebem que estão envelhecendo e começam, cada uma à sua maneira, a enfrentar essa nova realidade. Adam vê sua carreira e situação financeira não serem tão prósperas como antes e Mary começa a apresentar indícios de senilidade. Num mundo de relações fugazes e imediatistas, esta história é uma bela parábola sobre uma vida a dois vivida com os encantos de todas as idades. A direção é de Julie Gravas. “Late Bloomers – O Amor Não Tem Fim” estréia na Sessão Cine Cult do Cinemark, na sessão de 18h50, na sala 3 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.

Filmes da Semana: “Ágora” e “Escalada ao Poder”

O feriado de Reis permitiu que eu revirasse as pilhas de filmes que ainda tenho por assistir, de modo que consegui colocar alguma coisa em dia. Dois filmes, contudo, me causaram um maior impacto, cada um por seus motivos, e me inspiraram a compartilhá-los com os meus leitores: “Ágora” e “Escalada ao Poder”.

O filme “Ágora” é uma produção espanhola dirigida por Alejandro Amenábar, mas que chegou ao grande mercado como produção hollywoodiana, com direito a dublagem em inglês e a presença de estrelas americanas famosas, como Rachel Weisz, que interpreta a protagonista, a filósofa e matemática Hipátia.

A história mostrada na tela apresenta alguns acontecimentos não muito conhecidos, que se sucederam na cidade de Alexandria, no Egito, que era um importante pólo de ciência no início da era Cristã, reunindo inúmeros estudiosos de diversas nacionalidades.

O momento histórico, contudo, era delicado, pois acontecia a inversão da posição do cristianismo, que passara de religião perseguida e condenada, para uma posição de poder, em 392, quando o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o cristianismo religião oficial do Império Romano.

Hipátia (Rachel Weisz) preferia dedicar-se à ciência e a filosofia, considerando que estas disputas eram coisas de "baderneiros e escravos”. Seu pai e grande mentor, Téon (Michael Lonsdale) a estimulava a prosseguir seus estudos.

Alguns de seus antigos alunos viriam a ocupar posições de destaque, como Orestes (Oscar Isaac), que se tornaria o prefeito de Alexandria, e Sinésio (Rupert Evans), que foi sagrado bispo de Cirene.

Os conflitos religiosos dominaram o final do século 5 em Alexandria, e culminaram com a invasão do templo de Serapis, que no filme é mostrado – erradamente – como a invasão e destruição da Biblioteca e Museu de Alexandria. A famosa biblioteca sofreu inúmeros incêndios ao longo de sua existência, vários deles durante as várias campanhas militares que invadiram a cidade.

Apesar desta e outras liberdades poéticas, o filme foca na figura de Hipátia, uma mulher muito à frente do seu tempo, que se distinguiu na matemática, na astronomia, na física e foi ainda responsável pela escola de filosofia neoplatônica, numa época em que as mulheres eram pouco mais que donas de casa e produtoras de filhos.

Hipátia, por sua vez, decantada como mulher de grande beleza, recusou inúmeros pedidos de casamento, assegurando que era casada com a Verdade. O filme a mostra como objeto de paixão de Orestes e também do seu ex-escravo Davus (Max Minghella), a quem ela concedera alforria.

No ano de 390, o bispo Teófilo, inimigo declarado do paganismo, ordenou a destruição dos templos gregos, inclusive a maravilhosa Biblioteca, com todo o seu conteúdo de livros “ímpios”. Seu sobrinho e herdeiro Ciril prosseguiria a sua obra, transformando Hipátia na grande inimiga da Igreja.

Muito criticado pelas comunidades cristãs em todo o mundo, o filme tem uma importância muito grande ao mostrar o tenebroso lado da religião quando se mistura com a política, numa equação onde o resultado é o fanatismo. Prova disso é que o filme teve dificuldades de distribuição nos Estados Unidos por pressão de grupos religiosos.

Seria muito bom se os fatos mostrados em “Ágora” pertencessem apenas à História, mas, quando vemos os países árabes dominados pelo fundamentalismo religioso, ou mesmo a influência perniciosa que grupos conservadores tem na política americana, percebemos que esse lado sombrio continua vivo e presente mesmo nos nossos dias.

O título do filme, “Ágora”, significa a praça principal na constituição da pólis, a cidade grega da Antiguidade clássica. É nela que o cidadão grego convivia com o outro para comprar coisas nas feiras, onde ocorriam as discussões políticas e os tribunais populares: era, portanto, o espaço da cidadania.

O outro filme que escolhi para apresentar-lhes tem, para mim, um delicioso toque de saudosismo. O filme “Escalada ao Poder”, de 1974, dirigido por Michel Deville, cujo roteiro é baseado em romance de Roger Blondel, mostra as aventuras de um alpinista social, vivido magistralmente pelo galã francês Jean-Louis Trintignant.

O elenco reúne uma coleção de notáveis da época, entre os quais, a austríaca Romy Schneider, que ficou famosa com a série “Sissi”, a inglesa Jane Birkin, que protagonizou um escândalo com a gravação de “Je t’aime moi non plus”, com seu marido Serge Gainsbourg, e a brasileira Florinda Bolkan.

O filme conta a história de Nicolás Mallet (Jean-Louis Trintignant), um humilde bancário que vivia uma vida rotineira e sem expectativas, mas, que desperta a atenção de um amigo, Fabre (Jean-Pierre Cassel), ao cometer uma pequena transgressão, quando conhece a garota de programa Marie-Paule (Jane Birkin).

Fabre era um escritor frustrado, que sobrevivia dando aulas particulares e tinha as obras continuamente recusadas pelas editoras. Ele começa a dirigir a vida de Nicolás, planejando os passos com frieza e cinismo, ajudando-o a subir na vida, sem se importar se os meios eram éticos ou honestos.

O primeiro encargo de Nicolás é conquistar Roberte (Rommy Schneider), a mulher de um professor universitário amigo de Fabre. Ela será uma das muitas mulheres que passarão pelas mãos (e cama) de Nicolás.

A angelical Marie-Paule servirá como primeiro impulso para Nicolás, quando ela vira amante de Lourceuil (Georges Wilson), um rico empresário com ambições políticas. Posteriormente, outras pessoas serão usadas por Nicolás em sua jornada, sendo a principal delas a poderosa e arisca Flora (Florinda Bolkan).

O mais notável neste inteligente roteiro é como uma história de aparente cinismo e ambição é construída em cima de personagens cujas motivações beiram a ingenuidade. É deliciosa a explicação de Nicolás, quando diz que “quer ficar muito rico para poder transar com muitas mulheres”.

O mais trágico, contudo, é o que move Fabre, o grande mentor intelectual da escalada social de Nicolás. Suas motivações remetem ao tempo de estudante pobre, quando gastava todo o dinheiro comprando aspirinas, só para poder falar com a bonita filha do farmacêutico.

Considerado ousado, para a sua época, vemos que a história mostrada em “Escalada ao Poder” é quase ingênua e até amadora, considerando os casos de ganância e crueldade que os verdadeiros “alpinistas” de hoje protagonizam, em suas ascensões sociais.

Esta é uma rara oportunidade de presenciar um filme excelente, com roteiro bem feito, elenco maravilhoso, trilha sonora de qualidade, e direção impecável, qualidades que mostram que, para se fazer uma obra-prima não é necessário um orçamento milionário. Para mim, um dos pontos altos do filme é a chance de ver três das mais importantes musas dos anos 70 em um mesmo filme.

Um fato curioso é o nome original do filme “Le Mouton Enragé”, algo como a ovelha enfurecida, é uma expressão francesa que serviu de apelido para um político francês, Nicolas de Condorcet. O título brasileiro, “Escalada ao Poder”, se aproximou mais do conteúdo do filme do que o americano, “Love at the Top”.

A má notícia, para os cinéfilos, é que este filme não foi lançado em DVD no Brasil. Para assisti-lo, só importando o disco – sem legendas, ou optando pela rede P2P, o que mesmo assim é bem difícil.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

“Com Amor...Da Idade da Razão”

Quando faz 40 anos, Margarida (Sophie Marceau), uma mulher de negócios, recebe uma carta que ela mesma escreveu quando criança. O intuito é refrescar a memória da quarentona sobre as promessas que ela fazia para si, ela quer, no futuro, relembrar os planos que fazia. Ao ler o que escrevera quando criança, Margarida descobre que se tornou uma adulta muito diferente daquilo com que sonhara. Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.

“Westworld – Onde Ninguém Tem Alma”

 

Dois amigos, Peter Martin (Richard Benjamin) e John Blane (James Brolin), resolvem passar as férias no hipermoderno centro de diversões de Delos, que cobra US$ 1000 por pessoa ao dia. Lá foram criados os ambientes da Roma Imperial, Idade Média e do Velho Oeste, todos povoados por robôs perfeitos. Eles optam por este último "mundo", onde enfrentariam em duelos "terríveis bandidos" e seduziriam "belas mulheres". Os andróides foram programados para satisfazer os clientes e nunca os ferir, mas devido a problemas técnicos os robôs dos três "mundos" se tornam assassinos. Enquanto vários visitantes são mortos a dupla de amigos tenta fugir dos robôs, principalmente de um pistoleiro eletrônico (Yul Brynner) que quer matá-los de qualquer jeito. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 2.0, e, como extras, Bio-Filmogafia, Galeria de Pôsteres e Trailer.

“Rango”

Rango (voz de Johnny Depp) é um camaleão da cidade grande que vai parar, após um acidente, em pleno velho oeste, na cidade de Poeira. De uma hora para outra, sua rotina de animal de estimação mudou radicalmente e agora ele precisa deixar a vida "camuflada" para enfrentar os perigos existentes no mundo real, fazendo com que ele vivencie a experiência de fazer amigos, conhecer inimigos e até, quem sabe, se tornar um herói O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Comentários do diretor e da equipe, Quebrando as Regras: Fazendo Uma História de Animação - O palco está montado (parte 1) e - Agora montamos (parte 2), As Verdadeiras criaturas de Poeira, Storyboard, Uma viagem pela Cidade Poeira, Dez Cenas Inéditas - Incluindo um final alternativo inédito, e trailers.

“Fort Saganne – O Heroi do Deserto”

Em 1911, o tenente Saganne (Depardieu) parte para o Sahara, onde guerreiros nômades ainda resistem ao exército francês, e sob o calor causticante do exército, descobre a dura verdade sobre sua a cultura colonial que ele representa. No Oasis, conhece Madeleine, uma linda e ingênua garota de 16 anos. Sob o comando do Coronel Dubreuilh, viverá aventuras inimagináveis, sempre à frente dos “meharistas chaamba”. Enviado em missão à Paris, o Tenente se vê envolvido pelas intrigas do Partido Colonial, e descobre através de Louise Tissot, por quem passa a nutrir uma grande paixão, o Universo podre da política. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como extras, Biografias, Filmografia, Galeria de Pôsteres e Trailer.

Confira na TV

“Ele Não Está Tão a Fim de Você”, no SBT

A romântica Gigi, sempre que leva um fora dos paqueras, prefere acreditar nas desculpas do que perceber que eles não estavam a fim dela. Depois de mais uma decepção, ela encontra Alex, seu melhor amigo, que, com uma visão realista sobre relacionamentos afetivos, tenta mostrar pra ela como a mente dos homens funciona. Sexta-feira, às 22h00.

“Aeon Flux”, no SBT

2415 - Bregna é a última cidade da terra, povoada com os sobreviventes de um vírus que dizimou 99% da população mundial no ano de 2011. Neste cenário futurista, a rebelde e misteriosa Aeon Flux (Charlize Theron) é enviada numa perigosa missão contra o grupo de cientistas que governa Bregna, ao mesmo tempo em que ela busca vingar a morte de sua irmã.  Sábado, às 20h15.

“Cidade dos Anjos”, no SBT

Seth (Nicolas Cage), um anjo enviado para confortar o homem que morria diante da dedicada Dra. Maggie (Meg Ryan), se apaixona instantaneamente por ela. Quando ele entra na vida da médica, o amor entre eles cresce de maneira que nenhum dos dois poderia imaginar. Mas Seth terá que escolher entre a eternidade e seu amor por Maggie! Sábado, às 22h15.

“As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, na Globo

Quatro irmãos em uma de suas brincadeiras encontram um misterioso guarda-roupa que leva quem o atravessa ao mundo mágico de Nárnia. Este novo mundo é habitado por seres estranhos, como animais falantes e criaturas místicas. O local já foi dominado pela paz, mas hoje vive sob o comando da maldição da feiticeira branca. Domingo, às 12h40.

“Cidade dos Homens”, na Globo

Laranjinha e Acerola são amigos, que cresceram juntos em uma favela do Rio de Janeiro e agora estão com 18 anos. Acerola tem um filho de 2 anos para cuidar, mas sente-se preso pelo casamento e lamenta a paternidade precoce. Já Laranjinha está decidido a encontrar seu próprio pai, que não conhece. Paralelamente o morro em que vivem é sacudido pelo mundo do tráfico. Domingo, às 21h50.

“A Duquesa”, na Globo

Ambientado na Inglaterra aristocrática do século XVIII, o filme faz uma crônica da vida real de Georgiana, duquesa de Devonshire, que foi vítima de calúnia e injúria por causa de sua extravagância pública e privada. Com Keira Knightley, Ralph Fiennes, e Charlotte Rampling. Domingo, às 0h45.

“Código de Conduta”, na Globo

Clyde (Gerard Butler) é um dedicado pai de família que testemunha sua esposa e filha serem mortas. Um dos culpados ganha liberdade graças a um acordo feito com o ambicioso promotor Nick (Jamie Foxx). Anos depois, o assassino é encontrado morto e Clyde é preso mesmo sem provas contra ele. Seu único objetivo é denunciar o corrupto sistema judicial nem que para isso tenha que cometer crimes. Segunda-feira, às 21h50.

Films de la semaine: «Ágora» et «Le Mouton Enragé»

Le férié des Rois m'a permis chercher des tas de films que j'ai encore à regarder, de sorte que je puisse rattraper le delay.Deux films, cependant, m'ont causé un impact majeur, chacun pour certains motives, et ils m'ont inspirée pour les partager avec mes lecteurs: «Ágora» et «Le Mouton Enragé»

Le film «Ágora» est une production espagnole dirigée par Alejandro Amenabar, mais qui est venu au grand marché comme une production hollywoodienne, avec doublage en anglais et la présence de grandes stars américaines telles que Rachel Weisz, qui joue la protagoniste, la philosophe et la mathématicienne Hypatie.

L'histoire montré sur l'écran présente quelques événements peu connus qui ont eu lieu dans la ville d'Alexandrie, en Egypte, qui était un centre très important de la science au debut de l'ère chrétienne, réunissant des érudits de diverses nationalités.

Le moment historique, cependant, était délicate, parce que se passait le renversement de la position du christianisme, non plus une religion persécuté et condamné, mais, élévé à une position de pouvoir, lorsque l'empereur Théodose interrdisait le paganisme en 392 et proclamait le christianisme la religion officielle de l'Empire romain.

Hypatia (Rachel Weisz) préférait se consacrer à la science et la philosophie, en considérant que ces conflits étaient "chose des inoccupés et des esclaves." Son grand mentor et père, Théon (Michael Lonsdale) l'a stimulée à poursuivre ses études.

Certains de ses anciens élèves viennent à occuper des positions de l'importance, comme Orestes (Oscar Isaac), qui est devenu le maire d'Alexandrie, et Synésius (Rupert Evans), qui fut consacré évêque de Cyrène.

Les conflits religieux ont dominé la fin du cinquième siècle à Alexandrie, et a abouti à l'invasion du temple de Sérapis, ce qui est montré dans le film - à tort - par l'invasion et la destruction de la Bibliothèque et du Musée d'Alexandrie. La célèbre bibliothèque a souffert de nombreux incendies au long de son existence, plusieurs d'entre eux au cours des différentes campagnes militaires qui ont envahi la ville.

Malgré cela et d'autres libertés poétiques, le film se concentre sur la figure d'Hypatie, une femme très en avance sur son temps, qui s'est distingué en mathématiques, l'astronomie, la physique et était également responsable de l'école néoplatonicienne de la philosophie, à un moment oú les femmes étaient un peu plus que maîtresses de maison et productrices des enfants.

Hypatie, à son tour, vanté comme une femme de grande beauté, a refusé de nombreuses demandes de mariage, en assurant qu'elle a été mariée avec la Vérité. Le film la montre comment l'objet de la passion d'Oreste et son ex-esclave Davus (Max Minghella), a qui elle a accordé la liberté.

En l'an 390, l'évêque Théophile, ennemi juré du paganisme, a ordonné la destruction des temples grecs, y compris la bibliothèque merveilleuse, avec tout son contenu des livres «impies».Son neveu et héritier, Ciril, continuerait son travail, en tournant Hypatie la grande ènemie d'Eglise.

Beaucoup critiquée par les communautés chrétiennes du monde entier, le film a une grande importance en montrant le côté obscur de la religion lorsqu'il est mélangé avec la politique, dans une équation où le résultat est le fanatisme. La preuve en est que le propre film avait des difficultés de distribution aux Etats-Unis en raison de la pression des groupes religieux.

Ce serait bien si les événements décrits dans «Ágora» appartenaient seulement à l'histoire, mais quand on voit les pays arabes dominés par le fondamentalisme religieux, ou même l'influence pernicieuse que les groupes conservateurs ont dans la politique américaine, nous nous rendons compte que ce côté sombre est toujours vivant et présent même aujourd'hui.

Le titre du film, «Ágora» désigne la place principale dans la constitution de la polis, la cité grecque de l'antiquité classique.C'est là que le citoyen grec vivait avec un autre pour acheter des choses à la foire, où les discussions politiques ont eu lieu et les tribunaux du peuple: il était donc l'espace de la citoyenneté.

L'autre film que j'ai choisi de les présenter est pour moi une délicieuse pièce de nostalgie.Le film «Le Mouton Enragé», de 1974, réalisé par Michel Deville, avait le scénario basé sur le roman de Roger Blondel, et il a montré les aventures d'un grimpeur sociale, joué magistralement par le comédien français Jean-Louis Trintignant.

Le casting réunit une remarquable collection des notables, y compris l'autrichienne Romy Schneider, qui devint célèbre avec la série "Sissi", l'anglaise Jane Birkin, qui a joué dans un scandale avec l'enregistrement de la musique "Je t'aime, moi non plus ", avec son mari, Serge Gainsbourg, et la brésilienne Florinda Bolkan.

Le film raconte l'histoire de Nicolás Mallet (Jean-Louis Trintignant), une modeste bancaire qui ont vécu une vie de routine, sans attentes, qui a attiré l'attention d'un ami, Fabre (Jean-Pierre Cassel), en commettant une transgression mineure quand il rencontre la jeune fille Marie-Paule (Jane Birkin).

Fabre était un écrivain frustré qui a survécu en donnent des leçons privées et qui a vu ses livres continuellement rejetés par les éditeurs. Il commence à mener la vie de Nicolas, planant des étapes avec froideur et le cynisme, l'aidant à prendre de l'avance, indépendamment de savoir si les moyens étaient éthiques ou honnêtes.

La première mission de Nicolás est de conquérir Robert (Rommy Schneider), l'épouse d'un professeur ami de Fabre. Elle sera l'une des nombreuses femmes qui passeront par les mains (et lit) de Nicolás.

L'angélique Marie-Paule servira pour la première impulsion à Nicolás, quand elle se tourne amant de Lourceuil (Georges Wilson), un riche homme d'affaires avec des ambitions politiques. Plus tard, d'autres personnes seront utilisés par Nicolás dans son périple, le principal étant la puissante et insaisissable Flora (Florinda Bolkan).

La caractéristique la plus remarquable de ce intelligent script est comme une histoire de apparent cynisme et ambition est construite sur des personnages dont les motivations s'approchent de la naïveté. C'est délicieuse l'explication de Nicolas, quand il dit qu'il "veut être très riche pour être en mesure d'avoir sex avec plusieurs des femmes".

Plus tragique, cependant, est ce qui bouge Fabre, le cerveau de l'escalade sociale de Nicolás.Leurs motivations se référer à l'étudiant pauvres en temps, quand tout l'argent etait dépensé l'achat d'aspirine, juste pour parler avec la jolie fille du pharmacien.

Considéré audacieuse pour l'époque, nous voyons que l'histoire montré dans Le Mouton Enragé» est presque naïve, et même amateurs, en considérant le cas de la cupidité et la cruauté que les vrais "grimpeurs" d'aujourd'hui utilisent dans ses ascensions sociales.

C'est une occasion rare de voir un excellent film, avec un scenario bien fait, le group de comediens merveilleuse, la bande sonore de qualité, et direction impeccable, les qualités qui montrent que, pour faire un œuvre d'art n'a pas besoin d'un budget millionaire.Pour moi, un des points forts du film est la chance de voir trois des muses les plus importantes des années 70 dans le même film.

Un fait curieux est le nom original du film «Le Mouton Enragé», quelque chose comme le mouton en colère, est une expression française qui était le surnom d'un homme politique français Nicolas de Condorcet. Le titre brésilien, «Escalada ao Poder», était plus proche de contenu du film que l'Américain, «Love at the Top».

La mauvaise nouvelle pour les cinéphiles brésiliens, c'est que ce film n'était pas sorti en DVD au Brésil. Pour vous le regarder, reste la importation du disque - sans sous-titres, ou en optant pour le réseau P2P, qui est encore assez difficile.

  

Movies of the Week: "Agora" and "Love at the Top"

The holiday of Kings allowed me turning the piles of movies that I still have waiting to watch, so I could reduce my debt.Two films, however, caused me a major impact, each by their motives, and inspired me to share them with my readers: "Agora" and "Love At The Top".

The film "Agora" is a spanish production directed by Alejandro Amenabar, but that came to market as a major Hollywood production, with English dubbing and the presence of famous American stars such as Rachel Weisz, who plays the protagonist, the philosopher and mathematician Hypatia.

The story appears on the screen presents some poorly known events that have taken place, in early days of Christianity, in the city of Alexandria in Egypt, which was an important center of science, bringing together scientists from many different nationalities.

The historical moment, however, was delicate, with the reversal of the position of Christianity, that changed of a religion persecuted and condemned to a situation of power in 392 a.C., when Emperor Theodosius fought paganism by forbidding their worship and proclaiming Christianity the official religion of the Roman Empire.

Hypatia (Rachel Weisz) preferred to devote himself to science and philosophy, considering that these disputes were "matters of troublemakers and slaves". His father and great mentor, Theon (Michael Lonsdale) stimulated her to pursue her studies.

Some of his former students would come to occupy positions of prominence, as Orestes (Oscar Isaac), who became the mayor of Alexandria, and Synesius (Rupert Evans), who was consecrated Bishop of Cyrene.

The religious conflict dominated the end of the fifth century in Alexandria, and culminated in the invasion of the temple of Serapis, which is shown in the film - wrongly - as the invasion and destruction of the Library and Museum of Alexandria. The famous library has suffered numerous fires throughout its existence, several of them during the various military campaigns that have invaded the city.

Despite this and other poetic freedoms, the film focuses on the figure of Hypatia, a woman far ahead of his time, who distinguished himself in mathematics, astronomy, physics and was also responsible for the Neoplatonic school of philosophy, at a time women were little more than housewives and child producers.

Hypatia, in its turn, told as a woman of great beauty, declined numerous requests for marriage, assuring that she was married with the Truth. The film shows her as object of passion of Orestes and also her ex-slave Davus (Max Minghella), to whom she had granted freedom.

In the year 390, Bishop Theophilus, sworn enemy of paganism, ordered the destruction of Greek temples, including the wonderful library, with its entire contents of "heretics" books.His nephew and heir Ciril would continue his work, turning Hypatia the great enemy of the Church.

Much criticized by the Christian communities around the world, the film has a great importance in showing the dark side of religion when mixed with politics, an equation where the result is fanaticism. The proof is that the film had distribution difficulties in the United States because of pressure from religious groups.

It would be nice if the events portrayed in "Agora" belonged only to History, but when we see the Arab countries dominated by religious fundamentalism, or even the pernicious influence that conservative groups have in American politics, we realize that this dark side is still alive and present even today.

The film's title, "Agora" means the main square in the constitution of the polis, the greek city of classical antiquity.It is there that the greek citizen met with another peoples to buy things at the fair, where political discussions took place and the people's courts: it was therefore the space of citizenship.

The other film I have chosen to present has, to me, a delicious touch of nostalgia.The film "Love At The Top", 1974, directed by Michel Deville, whose script is based on the novel by Roger Blondel, shows the adventures of a social climber, played masterfully by frenchman Jean-Louis Trintignant.

The cast brings a remarkable number of notables, including the austrian Romy Schneider, who became famous with the series "Sissi", the english Jane Birkin, who starred in a scandal with the recording of "Je t'aime, moi non plus ", with her husband Serge Gainsbourg, and the brazilian Florinda Balkan.

The film tells the story of Nicolas Mallet (Jean-Louis Trintignant), a humble bank clerk who lived a routine life without expectations, but that wakes the attention of a friend, Fabre (Jean-Pierre Cassel), after committing a minor transgression when he dates the call girl Marie-Paule (Jane Birkin).

Fabre was a frustrated writer who survived was giving private lessons and had his works continually been rejected by publishers. He begins to lead the life of Nicholas, planning the steps with coldness and cynicism, helping him to get ahead, regardless of whether the means were ethical or honest.

The first charge for Nicolas was to seduce Roberte (Rommy Schneider), the wife of a professor friend of Fabre. She is one of the many women who passed through the hands (and bed) of Nicolas.

The angelic Marie-Paule serves as the first impulse to Nicolas when she turns lover of Lourceuil (Georges Wilson), a wealthy businessman with political ambitions. Later, others will be used by Nicholas in his journey, the main one being the powerful and elusive Flora (Florinda Balkan).

The most remarkable feature of this script is how as a history of apparent cynicism and ambition is built upon characters whose motivations border on naivete. It is delightful the explanation of Nicholas, when he says he "wants to be very rich to be able to have sex with many women".

Most tragic, however, is what moves Fabre, the great mastermind of Nicolas' social escalade.His motivations refer to the time of poor student, when all his money was spent buying aspirin, just to talk to the beautiful daughter of a pharmacist.

Considered daring for its time, we see that the story shown in "Love At The Top" is almost naive and even amateur, considering the cases of greed and cruelty of the real "climbers" in their social ascent nowadays.

This is a rare opportunity to see an excellent movie, well done script, wonderful cast, soundtrack of quality, and impeccable direction, qualities that show that to make a masterpiece does not need a millionaire budget.For me, one of the highlights of the film is a chance to see three of the most important muses of the 70's in the same film.

A curious fact is the original name of the movie "Le Mouton Enragé", something like the angry sheep, is a french expression which was the nickname for a french politician Nicolas de Condorcet. The brazilian title, "Escalada ao Poder" was closer to the movie's content than the american one, "Love at the Top".

The bad news for the cinephiles, is that this film was not released on DVD in Brazil. To watch this movie, only importing the DVD - without subtitles, or opting for the P2P network, which is still quite difficult.