Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com
O que está em cartaz
Inundações em São Paulo, deslizamentos no Rio, terremoto no Haiti, e nós, aqui, só com um tremorzinho mambembe – viva Natal! As estreias da semana são o infantil “O Fada dos Dentes”, o drama “Julie & Julia”, sobre o qual falei a semana passada e o documentário “Alô, Alô Terezinha”, na Sessão Cult do Cinemark. Teremos, também, a pré-estreia da animação “Astro Boy”, só no Moviecom. Continuam em cartaz “Sherlock Holmes”, com Robert Downey Jr e Jude Law, o drama nacional “Lula – O Filho do Brasil”, o belíssimo drama “Sempre ao Seu Lado”, com Richard Gere, a ficção-científica “Avatar”, de James Cameron, o nacional “Xuxa em O Mistério de Feiurinha”, o romance “Encontro de Casais” e o infantil “Alvin e os Esquilos 2”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe a animação “A Princesa e o Sapo”.
Pré-Estreia: “Astro Boy”

Estreia 1: “O Fada do Dente”

Estreia 2: “Julie & Julia”

Julie Powell (Amy Adams) é uma escritora frustrada, que trabalha como atendente de uma agencia governamental, e que se sente sem saída em um emprego burocrático e sem perspectivas. Tudo muda, no entanto, quando ela resolve roubar um antigo livro de culinária de sua mãe, já que um dos seus prazeres é a arte de cozinhar. O livro em questão é “Mastering the art of French cooking”, de Julia Child (Meryl Streep), um best seller nos EUA sobre a culinária francesas. Aceitando o desafio proposto por seu marido Eric (Chris Messina), Julie decide cozinhar todas as 524 receitas do livro em 365 dias e escrever sobre a experiência em um blog. As experiências, nem sempre positivas, mas, contadas com muito humor, se transformaram num livro de sucesso que serviu de base para o filme. A direção é de Nora Ephron. “Julie & Julia” estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark. Classificação indicativa 14 anos.

“Alô, Alô, Terezinha!” é um documentário de longa-metragem sobre o maior fenômeno de comunicação do país. Politicamente incorreto, radical, renovador, Chacrinha mudou para sempre a televisão brasileira e expressou um Brasil que estava em torno dela, mas não era percebido. O filme conta a grande aventura de Abelardo Barbosa através da ótica do apresentador. Reúne os núcleos de sua constelação - chacretes, calouros e artistas que passaram por seus programas - para identificar suas individualidades e suas emoções. O documentário ganhou o prêmio de Melhor Filme e Melhor Montagem do Cine PE - Festival Audiovisual de Recife em 2009. A direção é de Nelson Hoineff. A partir desta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 12 anos.
Confira na TV
“Premonição”, no SBT
Ao embarcar num vôo internacional, um jovem tem um pressentimento e é expulso do avião, que explode logo depois. O problema é que a Morte vem buscar os que burlaram o seu esquema. Sexta-feira, às 21h.
“O Último Golpe”, na Globo
Um cínico vendedor de Nova York redescobre o prazer da vida quando se apaixona pela noiva de Jamie, seu novo colega de trabalho. Formando o típico casal recém-chegado do meio-oeste, eles não serão os únicos a encontrar grandes surpresas na louca ida da cidade grande. Sexta-feira, às 22h20.
“Quase Deuses”, no SBT
Em 1930, o interesse de um carpinteiro faz com que um médico o ajude em suas experiências, levando-o a tomá-lo como seu assistente. Com Alan Rickman, Mos Def e Kyra Sedgwick. Sexta-feira, às 21h.
“A Cor de um Crime”, na Globo
Quando seu filho de quatro anos desaparece e é dado como morto, a mãe solteira Brenda Martin culpa um homem negro, criando conflitos raciais. O detetive encarregado do caso, Lorenzo Council, negro, e um jornalista branco juntam-se na investigação do caso. Com Samuel L. Jackson e Julianne Moore. Sábado, às 22h10.
“Click – Chantagem Para o Sexo”, na Band
Em Washington, um aparelho que exacerba a libido cai nas mão de políticos inescrupulosos, que querem ganhar mais poder com ele. Sábado, às 0h15.
“Jovem Frankenstein”, na Band
Ao herdar um castelo de seu finado avô na Transilvânia, o jovem dr. Frankenstein logo descobre um manual descrevendo passo a passo como trazer um cadáver de volta a vida. Auxiliado pelo corcunda Igor e pela curvilínea Inga, ele cria um monstro que só deseja ser amado. Domingo, à meia-noite.
Lançamentos em DVD
Lançamentos em DVD

Jovens de uma fraternidade feminina em uma universidade causam, acidentalmente, a morte de uma colega. Elas decidem ocultar o cadáver e seguir com suas vidas. Na época da formatura, as jovens são perseguidas por um misterioso assassino, que persegue implacavelmente as jovens, em uma missão de vingança. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.
“Substitutos”, em DVD
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2054. Grande parte da população usa os andróides substitutos da Virtual Self, que cumprem todos os afazeres do dia a dia e permitem que seus donos jamais tenham que sair de casa. Entretanto um terrorista tecnológico passa a assassinar os andróides, causando caos geral. Dois policiais são designados para cuidar do caso: Tom Greer (Bruce Willis) e sua cópia-andróide. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.
“A Árvore dos Tamancos”, em DVD

“Dragon Ball Evolution”, em DVD

Filme da Semana: “Sherlock Holmes”
“Elementar, meu caro Watson...”
É bem possível que a esmagadora maioria das pessoas que forem assistir a versão de Sherlock Holmes de Guy Ritchie jamais tenha lido um dos livros originais escritos por Sir Arthur Conan Doyle, o escritor e médico escocês que criou o famoso personagem no final do século 19.
Como tive a sorte de pertencer a uma família que tinha a leitura como o principal hobby, logo cedo tive acesso aos livros de Sherlock Holmes, parte da extensa obra de Conan Doyle.

Conan Doyle escreveu os romances “Um Estudo em Vermelho” (1887), “O Signo dos Quatro” (1890), “O Cão dos Baskervilles” (1902) e “O Vale do Terror” (1915), e cinco livros de contos, “As Aventuras de Sherlock Holmes” (1892), “Memórias de Sherlock Holmes” (1894), “O Retorno de Sherlock Holmes” (1905), “O Último Adeus de Sherlock Holmes” (1917) e “O Arquivo Secreto de Sherlock Holmes” (1927).
Um fato curioso aconteceu quando Doyle escreveu “Memórias de Sherlock Holmes”. No último conto, “O Problema Final”, no embate com o seu arqui-inimigo Moriarty, os dois desaparecem nas águas turbulentas das Cataratas de Reichenbach, na Suíça. O que ele não contava era com a indignação dos leitores, que tanto protestaram que o autor resolveu “ressuscitar” o herói.

O site IMDB cita 140 filmes ou séries televisivas envolvendo o personagem, algumas delas remontando a 1900, ainda nos primórdios do cinema mudo. Grandes atores interpretaram Holmes, como Stewart Granger, Basil Rathbone, Peter O’Toole e Christopher Plummer, entre outros. Muitas situações curiosas foram criadas, e até uma liberdade poética foi usada em “O Enigma da Pirâmide”, de Barry Levinson, em 1985, onde a amizade com Watson teria começado ainda no colégio interno.
O filme atual, dirigido por Guy Ritchie, traz uma nova ótica sobre o famoso detetive. Era de se esperar uma visão pouco ortodoxa, principalmente de um diretor que chamou a atenção do mundo com o estranho e divertido “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”. Depois de alguns “baixos e baixos”, o ex-Mr Madona trouxe um Holmes fisicamente diverso do livro, mas, com um dinamismo e ação que não foi observado em outras obras, embora fizesse parte da obra de Conan Doyle.
No filme “Sherlock Holmes”, o herói, vivido por Robert Downey Jr, acaba de resolver mais um caso obscuro, com a ajuda do amigo e cronista John Watson (Jude Law), o médico com quem divide o apartamento. O caso, envolvia o tenebroso Lorde Blackwood (Mark Strong) no assassinato de cinco jovens em rituais de magia negra.
O criminoso é executado na forca, mas, aparentemente volta do túmulo para encher de terror a sombria Londres vitoriana. Holmes põe-se novamente à caça do criminoso, enquanto Watson vive às voltas com o casamento próximo, com Mary (Kelly Reilly), que detesta a atenção que o noivo dedica ao excêntrico detetive.

O filme, um típico produto do século 21, traz efeitos especiais primorosos, principalmente nas cenas de luta, e, uma fotografia bem cuidada, que acrescenta uma atmosfera sombria e amedrontadora à história.
“Sherlock Holmes” é um filme de ação, onde o brilho do par central, Downey e Law, destacam-se muito acima do resto do elenco. Outras continuações certamente virão.
E, atenção; não saia do cinema antes dos créditos finais, pois são muito interessantes.
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