Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com
O que está em cartaz
Entre Tiradentes e São Jorge, este cronista, definitivamente torna-se uma boa idéia. Enquanto isto, nos cinemas de Natal, chegam algumas estréias interessantes. De cara, “Hannibal – A Origem do Mal”, contando a formação do maior assassino do cinema. Tem, também, o suspense “A Colheita do Mal, com a ganhadora do Oscar Hilary Swank, e o divertido road movie “Motoqueiros Selvagens”, com Tim Allen, John Travolta, Martin Lawrence e William Macy. Nas continuações, “A Estranha Perfeita”, suspense com Halle Berry e Bruce Willis, “As Tartarugas Ninja – O Retorno”, grande sucesso dos anos 80, a produção da Disney “A Família do Futuro”, “As Férias de Mr. Bean”, “300”, épico co-estrelado por Rodrigo Santoro, e as comédias nacionais “Caixa 2” e “Ó Pai, Ó”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Xuxa Gêmeas”, em sessão especial.
Estréia 1: “Motoqueiros Selvagens”
Doug Madsen (Tim Allen) é um dentista tão complexado que sempre se apresenta como médico. Woody Stevens (John Travolta) é um executivo

Estréia 2: “Hannibal – A Origem do Mal”
No leste da Europa, pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial, o menino Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) assiste de p

Estréia 3: “A Colheita do Mal”
Katherine Winter (Hilary Swank) era uma missioná

Novidades
“Perfume – A História de um Assassino”, em DVD
Jean-Baptiste Grenouille é um francês que nasceu sem cheiro próprio, mas com o olfato apuradíssimo. Tendo aprendido a manipular perfumes quando jovem, ele passa a capturar vários odores, em busca do que ele venha a considerar o perfeito. Até que ele fica obcecado com um: o perfume de uma bela e jovem virgem. Belíssimo filme alemão, muito fiel ao livro de Patrick Süskind. Nas locadoras.
“Carmen de Saura”, em DVD
Coreógrafo procura dançarina para o papel-título de espetáculo baseado na ópera Carmen, de Bizet. A narrativa não é linear: a vida real confunde-se com a própria trama de Bizet. Baseado na ópera Carmen, de Georges Bizet, com livreto de Prosper Mérimée. Carmen é mais popular de todas as óperas. Uma das obras mais empolgantes do diretor espanhol Carlos Saura. O formato de tela é Fullscreen e o áudio em Dolby Digital. Nas locadoras.
Monteiro Lobato
Esta semana, no dia 18 de abril, comemorou-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida por ser o aniversário do genial escritor Monteiro Lobato, criador do Sítio do Pica-pau Amarelo, com os personagens que já habitam na mente de muitas gerações. Este ano, além dos 125 de nascimento do escritor, comemora-se os 80 anos do polêmico personagem Jeca Tatu. Lobato foi um ferrenho defensor dos valores nacionais, levantando sempre a bandeira de que o país seria um grande produtor de petróleo e outros recursos. Como morreu em 1948, não viu nascer a Petrobras, mas, o destino prestou-lhe uma homenagem, já que o primeiro poço de petróleo comercial do Brasil foi descoberto na localidade de Lobato, na Bahia.
Festival de curtas-metragens da UNE
Abertas inscrições para festival de curtas metragens da UNE, relacionados ao tema de Movimentos Estudantis. Para mais informações, consulte o site da entidade, no endereço http://www.une.org.br/, ou através do e-mail da coordenadora do evento, lestropp@gmail.com.
Filme da Semana: “O Silêncio dos Inocentes”
O lobo na idade do lobo
Com a estréia, hoje, do filme “Hannibal – A Origem do Mal”, já serão quatro produções com o personagem Hannibal Lecter. Unindo uma crueldade sem limites a uma inteligência fora do comum, o intrigante assassino continua despertando a curiosidade dos cinéfilos. Contudo, fica difícil entender o personagem sem assistir “O Silêncio dos Inocentes”, o primeiro filme da série.
Neste filme, de 1991, a história é apresentada através da ótica de Clarice Sterling (Jodie Foster) uma jovem estudante do centro de treinamento de a

Um serial killer, que se intitula Buffalo Bill, seqüestra mulheres jovens, mata-as e abandona os corpos em locais ermos. A última vítima é filha de uma senadora, o que causou maior pressão junto ao FBI para investigar o caso.
Clarice é enviada para entrevistar Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), um perigoso assassino que está numa penitenciária de segurança máxima, que afirma saber informações sobre Buffalo Bill. Habilidoso, Lecter fala a Clarice através de enigmas, sem nunca afirmar ou contradizer nada. Ele quer falar diretamente com a senadora cuja filha foi raptada.
Enquanto Clarice prossegue nas investigações, apoiada nas mínimas pistas que Lecter solta, este consegue fugir espetacularmente mesmo estando sob uma guarda extremamente rigorosa.
Contrariando o seu superior, e arriscando-se a ser reprovada no curso, Clarice persegue caminhos desprezados pelos investigadores oficiais, aproximando-se cada vez mais do perigoso Buffalo Bill.
O embate final ocorrerá num território dominado por ele, onde só o rigoroso treinamento que ela percorreu, mais o seu próprio instinto, irá servir no perigoso jogo de gato e rato com o serial killer.
Embora não seja o alvo principal, o personagem Lecter, vivido magistralmente por Hopkins, é quem domina a história. Mesmo sem demonstrar o feitos cruéis que lhe são atribuídos (a não ser no momento da fuga), ele manipula, habilidosamente, os seus carcereiros, levando-os à situação que ele deseja.
O filme, de 1991, já passou até na TV aberta e está disponível em DVD, numa edição primorosa. Além do formato de tela widescreen anamórfico, o áudio está em Dolby Digital 5.1 que contribui bastante para

Foi feita uma continuação deste filme, “Hannibal, aonde a personagem de Clarice foi vivida por Julianne Moore, mas, sem o mesmo charme do original. Houve, ainda, um terceiro filme, “Dragão Vermelho”, com Edward Norton, com acontecimentos imediatamente anteriores aos de “O Silêncio dos Inocentes”. Nos três filmes, o personagem Lecter foi interpretado por Hopkins.
O filme que estréia hoje, “Hannibal – A Origem do Mal” narra os acontecimentos da vida do jovem Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) que o levaram a tornar-se um terrível e cruel criminoso.
O som do filme
Na semana passada, noticiei nesta coluna o padrão de som que será adotado pela futura TV digital brasileira e a minha preocupação quanto à escolha. O padrão adotado, AAC (Advanced Audio Coding), desenvolvido pela Apple, apesar de ser um padrão que atende todos os requisitos técnicos, só é adotado pelo próprio fabricante, em seus produtos. Isso nos coloca em uma situação delicada, principalmente quem investiu em um home theater.
O problema é que, em praticamente todos os DVDs lançados no mercado, bem como nos players e nos amplificadores e decodificadores, é quase universal o Dolby Digital 5.1 e todas as suas variantes. Mesmo o concorrente DTS, originário das salas de cinema, tem pouca penetração neste mercado. Os países que definiram seus padrões de TV digital pelo ATSC americano ou DVB europeu também optaram pelo Dolby Digital como padrão de som.
Como falei, isso será um problema para quem tem home theater, já que, quem for usar o som da própria televisão, terá um som, no máximo, estéreo. Mas, antes de começarmos a chorar em uníssono, o que é um som 5.1?
Quando um filme é preparado para ser lançado em DVD, sua trilha sonora, que inclui diálogos, músicas e efeitos sonoros, é cuidadosamente distribuída, pelos vários canais, para que o espectador tenha a sensação de envolvimento, de estar no meio da ação.
Um home theater básico compõe-se de um receiver ou amplificador multicanal, de uma caixa central, duas laterais e duas traseiras, além de um subwoofer. Para poder aproveitar isso, é necessário que a fonte geradora (o tocador de DVD) tenha uma saída digital, que será conectada em uma entrada, também digital, do amplificador. Obviamente, o disco também precisa conter uma trilha masterizada em Dolby Digital 5.1, para que tudo funcione.
Cada caixa de som tem uma função específica. Na caixa central concentra-se a maior parte dos diálogos, embora também reproduza parte dos efeitos sonoros e música. As caixas traseiras, normalmente, só funcionam em cenas de ação, quando se investe mais nos efeitos sonoros.
Um equipamento à parte, que é responsável por muito da emoção causada por um home theater é o subwoofer. Responsável pelos sons muito graves, muitos dos quais os nossos ouvidos não são capazes de escutar, o subwoofer produz ondas de choque que, literalmente, nos fazem vibrar. Isso é comum em cenas de ação, com tiros, explosões e outros momentos impactantes. Um bom subwoofer pode ser tão caro quanto todo o resto das caixas, mas, o investimento vale à pena, pelo menos para quem quer ter a sensação de estar com um cinema em casa.
Resta saber se os fabricantes de home theater irão incorporar em seus equipamentos um padrão de som que só o Brasil irá adotar – ou se teremos um recurso que ninguém mesmo irá utilizar.
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