Claquete
Newton Ramalho - claquete@interjato.com.br
O que está em cartaz
Neste mês de agosto, cheio de chuva, vento e calor, Claquete chega ao quarto ano de existência, sempre trazendo, para o leitor as últimas novas da Sétima Arte. E, por falar em novidades, as estréias são do outro mundo. Do diretor japonês Takashi Shimizu (“O Grito”), estréia o terror “Almas Reencarnadas”, enquanto Demi Moore, há tempos ausente da telona, estrela o suspense “Protegida por um Anjo” (só no Cinemark). Johnny Depp e John Malkovich escandalizam em “O Libertino”, enquanto Norton Nascimento, Françoise Forton e Danton Mello se vêem às voltas com a guerrilha em “Araguaya – Conspiração do Silêncio” (os dois últimos apenas no Moviecom). Nas continuações, tem a comédia “Click”, com Adam Sandler e Kate Beckinsale, a ação “Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio”, o drama “Zuzu Angel”, com Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira, “O Sentinela”, ação, com Michael Douglas, Kim Basinger e Kiefer Sutherland, a aventura “Piratas do Caribe – O Baú da Morte”, com Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley, “Superman – O Retorno”, as animações “Os Sem-Floresta”, a mais recente produção da Dreamworks, e, “Carros”, da Pixar.
Estréia 1: “Almas Reencarnadas”
Atriz consegue papel em um filme de terror baseado na história real de um professor atormentado que assassinou onze pessoas em um hotel. Ela começa a ter alucinações constantemente e passa a ver uma menina que sempre segura uma horripilante boneca, que mais ninguém consegue ver. Terror dirigido pelo diretor Takashi Shimizu (“O Grito”), com Atsushi Haruta e Hiroto Itô. “Almas Reencarnadas” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 3 do Moviecom, e, na Sala 6 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.
Estréia 2: “Protegida por um Anjo”
A famosa escritora de mistério Rachel Carlson (Demi Moore) fica arrasada quando seu filho de sete anos, Thomas, se afoga em sua casa em Primrose Hill. Um ano depois, apesar de um polpudo adiantamento, para incentivar o início de seu próximo romance, ela ainda não se encontra em condições para escrever. Seu casamento com Brian, editor e esforçado escritor, também se desintegrou, e, sua melhor amiga, Sharon, decide alugar uma cabana na pequena e remota vila de Ingonish Cove, para ela relaxar. Quando pensa que está prestes a retomar sua vida, a escritora começa a receber mensagens assustadoras de seu filho que morreu, avisando-a de um perigo iminente. Sem ter certeza se as mensagens são reais, ou, se está enlouquecendo, ela penetra num mundo de loucura, de assassinato e de eventos sobrenaturais. Ela percebe, então, que terá que lutar, para ter sua vida e sua sanidade de volta. “Protegida por um Anjo” estréia, nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark. Para maiores de 14 anos.
Estréia 3: “O Libertino”
Londres, 1660. John Wilmot (Johnny Depp), segundo Conde de Rochester, alcoólico e devasso, é famoso pela sua escrita arrojada. É um poeta dotado, conhecido pelo seu estilo de vida escandaloso e depravado. Amigo e confidente do Rei Carlos II (John Malkovich), Wilmot rege a sua existência pela busca do prazer, enquanto vai divertindo e ultrajando o rei e a corte com as suas sátiras. Quando Wilmot se cruza com Elizabeth Barry (Samantha Morton), sua protegida, que pretende tornar numa grande estrela, o seu declínio começa. E numa sociedade onde reinam a decadência e a hipocrisia, a natureza rebelde e irreverente de Wilmot terá conseqüências drásticas... “O Libertino” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 16 anos.
Estréia 4: “Araguaya – Conspiração do Silêncio”
O exército brasileiro no auge da ideologia da segurança nacional, um partido de esquerda dissidente, militantes aguerridos (a maioria deles ainda jovens e inexperientes), inocentes camponeses e uma região onde a ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. É neste cenário que está o Padre Chico (Stephane Brodt), um religioso francês que chegou à região do Araguaia no início dos anos 60. A profunda identidade de Padre Chico com as pessoas da região, associada ao seu sentimento religioso e dúvidas existenciais, fazem com que o religioso presencie os eventos ligados à formação da Guerrilha do Araguaia. Com Norton Nascimento, Françoise Forton e Danton Mello. “Araguaya – Conspiração do Silêncio” estréia, nesta sexta-feira, no Cine 1 do Moviecom. Para maiores de 14 anos.
“Armações do Amor”, em DVD
Tripp (Matthew McConaughey), solteirão, com 35 anos, ainda mora com seus pais. Como eles não estão nada satisfeitos com a folga do filho, sua mãe (Kathy Bates) decide dar um empurrãozinho. Ela contrata uma bela garota, Paula (Sarah Jessica Parker), dona de todos os encantos necessários para conquistar o folgado Tripp. Mas, nem sempre os acordos da razão respeitam os do coração. Assim, ele decide dar o troco nelas, e, ainda, tirar alguma vantagem da situação. O disco traz formato de tela widescreen anamórfico e som Dolby Digital 5.1. Como extras, “O Making Of de Armações de Amor”, “Um Fenômeno do Comportamento”, “Relações no Novo Milênio”, “Perguntas dos Fãs com Matthew e Terry” e trailer de cinema. Nas locadoras.
Quatro anos de Claquete!
Neste mês de agosto, a coluna Claquete completa quatro anos de existência, tendo, como principais frutos, o incentivo carinhoso dos leitores, e, o apoio constante do Jornal de Hoje. Um imenso abraço a todos que me honraram com o privilégio de servi-los!
Concurso define a nova estrela de “A Noviça Rebelde”
Um concurso na TV britânica BBC vai decidir quem será a nova Maria Von Trapp na recriação do musical "A Noviça Rebelde". A nova versão estreará em dezembro nos teatros londrinos. Semelhanças com Julie Andrews não são um requisito, nem ter uma carreira em artes dramáticas. Entre as mil inscritas, foi selecionado um grupo de 54 candidatas. Destas, 20 foram escolhidas após três dias de audições intensas, de onde saíram as dez finalistas. A versão do musical para o cinema, de 1965, com Julie Andrews no papel de Maria, foi um dos maiores sucessos da história do cinema.
Cineclube Natal exibe “Doutor Fantástico”
O Cineclube Natal, no próximo domingo, dia 20, exibirá o filme “Doutor Fantástico”, do diretor Stanley Kubrick. O filme é uma pérola da era da Guerra Fria, mostrando, com ironia mordaz, a paranóia militarista dos anos 50, com interpretação múltipla do genial Peter Sellers. Também serão apresentados o curtas-metragens “Camareira", de Zonda Bez, e, “Transtorno”, de Pablo Cunha, Daniel Bosi, Fabíola Trinca, Márcio Bertoni e Bruno Cabús. A sessão começa às 19h, no Teatro de Cultura Popular (TCP), ao lado da Fundação José Augusto. Após os filmes, haverá debate com a platéia e sorteio de um DVD. Os ingressos custam R$ 2,00.
Abertas as inscrições para a II Mostra do Curta Nordestino
Estão abertas as inscrições para a II Mostra do Curta Nordestino, que se realizará de 18 a 20 de setembro. As fichas de inscrição e as cópias em DVD serão aceitas até 31 de agosto, na sede do Festnatal, na Av. Campos Sales, 930, Tirol, Cep: 59020-300 – Natal/RN. Somente poderão concorrer filmes produzidos nos estados nordestinos. O melhor curta nordestino, escolhido pelo Júri Oficial, receberá o Troféu Estrela do Mar e o Prêmio BNB Cinema, no Valor de R$ 5.000,00, patrocinado pelo Banco do Nordeste. Mais informações no site www.festnatal.com.
Filme da Semana: “Click”
Viagem sem retorno
Quem for assistir a comédia “Click”, com Adam Sandler, certamente espera ver algum besteirol, tipo “A Herança de Mr Deeds”, ou, “O Paizão”, do agrado dos adolescentes pouco exigentes. Contudo, surpresa!, existe alguma inteligência em Hollywood, apesar de todas as evidências em contrário.
Michael Newman (Adam Sandler) é o típico americano de cinema. Casado com a gatíssima Donna (Kate Beckinsale), é pai de Ben (Joseph Castanon) e Samantha (Tatum McCann), duas crianças lindas e saudáveis. Michael tem tido dificuldades em ver os filhos, já que trabalha feito louco, num escritório de arquitetura, para chamar a atenção de seu chefe (David Hasselhoff), e, conseguir a tão sonhada condição de sócio. O objetivo principal, é ganhar mais dinheiro, obviamente.
Um dia, exausto devido ao trabalho, Michael tem dificuldades em encontrar qual dos controles remotos de sua casa liga a televisão, o que já é motivo de piada na família. Irritado, ele resolve comprar um controle remoto universal, que funcione para todos os aparelhos eletrônicos de sua casa. Em uma loja meio estranha, ele encontra um funcionário mais estranho ainda, chamado Morty (Christopher Walken), que lhe entrega um controle remoto experimental, afirmando que este irá mudar a sua vida.
Michael aceita a oferta, e, fica satisfeito, ao constatar que o controle funciona com todos os aparelhos. A surpresa fica por conta da descoberta de que ele, agora, consegue até diminuir o barulho dos latidos do cachorro, “congelar” discussões com a mulher, voltar no tempo, para descobrir qual a música que estava tocando na hora do primeiro beijo, etc..
Na fase da descoberta, tudo é festa. Michael “pula” o tempo durante as brigas com a mulher, passando direto para a hora da reconciliação. Na hora do sexo, como a mulher quer uma massagem, ele aperta no avanço rápido, para não perder tempo (vê se pode...). Quando o chefe o irrita, é só dar um pause, e, estapeá-lo à vontade.
Os problemas começam quando o controle ganha vida própria, e, repete todos os comandos que Michael utilizou. Sem que queira, passa da dar grandes saltos no tempo, pulando etapas importantes de sua vida e dos filhos, o que causa muitos problemas. Quando se dá conta, já está divorciado, e, a mulher casada com o professor de ginástica. Revendo essas fases “puladas”, ele descobre que estava em modo “automático”, vivendo como um robô, sem sentimentos ou emoções.
Já no casamento do filho, chega a um ponto em que tem que escolher entre manter-se vivo, ou, mostrar para o rapaz o risco que ele mesmo estará correndo, ao imitar as mesmas coisas erradas que ele, Michael, fez, em sua vida acelerada. Ponto. Para saber mais, assista ao filme.
É muito comum as pessoas afirmarem, principalmente quando estão mais velhas, que sentem o tempo passar mais depressa do que na infância, ou, na juventude. Li, em algum lugar, que isto se deve ao fato de que, quando executamos atividades rotineiras e sem desafios, o nosso cérebro tende a fazer isso de maneira inconsciente, de modo que deixamos de prestar atenção nelas. Quanto mais essas atividades fazem parte do nosso dia a dia, mais depressa passa o tempo percebido, já que tudo o mais entra no modo automático. Fazendo a correlação, é o mesmo que Michael fazia, ao adiantar o tempo com o seu controle superpoderoso.
A solução estaria em procurar novos desafios, mudar a forma de fazer as mesmas coisas, procurar novos ângulos para encarar a vida. Ou seja, forçar a barra para fazer o cérebro “pegar no tranco”, evitando a atrofia da nossa inteligência.
Certamente, isso é mais fácil de dizer do que fazer. Mas, ao contrário do cinema, com seus happy-end, na vida, não dá para rebobinar (que termo mais antigo, ainda do tempo longínquo do videocassete), e, vive-la de uma maneira mais correta. Ao invés de querer avançar, ou, retardar o tempo, melhor, é fazer como o saudoso Mário Lago, que dizia “Eu fiz um acordo pacífico com o tempo, nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia, a gente se encontra.”.
Quatro anos de Claquete!
Neste mês de agosto, a coluna Claquete completa quatro anos de existência, tendo, como principais frutos, o incentivo carinhoso dos leitores, e, o apoio constante do Jornal de Hoje. Um imenso abraço a todos que me honraram com o privilégio de servi-los!
Concurso define a nova estrela de “A Noviça Rebelde”
Um concurso na TV britânica BBC vai decidir quem será a nova Maria Von Trapp na recriação do musical "A Noviça Rebelde". A nova versão estreará em dezembro nos teatros londrinos. Semelhanças com Julie Andrews não são um requisito, nem ter uma carreira em artes dramáticas. Entre as mil inscritas, foi selecionado um grupo de 54 candidatas. Destas, 20 foram escolhidas após três dias de audições intensas, de onde saíram as dez finalistas. A versão do musical para o cinema, de 1965, com Julie Andrews no papel de Maria, foi um dos maiores sucessos da história do cinema.
Cineclube Natal exibe “Doutor Fantástico”
O Cineclube Natal, no próximo domingo, dia 20, exibirá o filme “Doutor Fantástico”, do diretor Stanley Kubrick. O filme é uma pérola da era da Guerra Fria, mostrando, com ironia mordaz, a paranóia militarista dos anos 50, com interpretação múltipla do genial Peter Sellers. Também serão apresentados o curtas-metragens “Camareira", de Zonda Bez, e, “Transtorno”, de Pablo Cunha, Daniel Bosi, Fabíola Trinca, Márcio Bertoni e Bruno Cabús. A sessão começa às 19h, no Teatro de Cultura Popular (TCP), ao lado da Fundação José Augusto. Após os filmes, haverá debate com a platéia e sorteio de um DVD. Os ingressos custam R$ 2,00.
Abertas as inscrições para a II Mostra do Curta Nordestino
Estão abertas as inscrições para a II Mostra do Curta Nordestino, que se realizará de 18 a 20 de setembro. As fichas de inscrição e as cópias em DVD serão aceitas até 31 de agosto, na sede do Festnatal, na Av. Campos Sales, 930, Tirol, Cep: 59020-300 – Natal/RN. Somente poderão concorrer filmes produzidos nos estados nordestinos. O melhor curta nordestino, escolhido pelo Júri Oficial, receberá o Troféu Estrela do Mar e o Prêmio BNB Cinema, no Valor de R$ 5.000,00, patrocinado pelo Banco do Nordeste. Mais informações no site www.festnatal.com.
Filme da Semana: “Click”
Viagem sem retorno
Quem for assistir a comédia “Click”, com Adam Sandler, certamente espera ver algum besteirol, tipo “A Herança de Mr Deeds”, ou, “O Paizão”, do agrado dos adolescentes pouco exigentes. Contudo, surpresa!, existe alguma inteligência em Hollywood, apesar de todas as evidências em contrário.
Michael Newman (Adam Sandler) é o típico americano de cinema. Casado com a gatíssima Donna (Kate Beckinsale), é pai de Ben (Joseph Castanon) e Samantha (Tatum McCann), duas crianças lindas e saudáveis. Michael tem tido dificuldades em ver os filhos, já que trabalha feito louco, num escritório de arquitetura, para chamar a atenção de seu chefe (David Hasselhoff), e, conseguir a tão sonhada condição de sócio. O objetivo principal, é ganhar mais dinheiro, obviamente.
Um dia, exausto devido ao trabalho, Michael tem dificuldades em encontrar qual dos controles remotos de sua casa liga a televisão, o que já é motivo de piada na família. Irritado, ele resolve comprar um controle remoto universal, que funcione para todos os aparelhos eletrônicos de sua casa. Em uma loja meio estranha, ele encontra um funcionário mais estranho ainda, chamado Morty (Christopher Walken), que lhe entrega um controle remoto experimental, afirmando que este irá mudar a sua vida.
Michael aceita a oferta, e, fica satisfeito, ao constatar que o controle funciona com todos os aparelhos. A surpresa fica por conta da descoberta de que ele, agora, consegue até diminuir o barulho dos latidos do cachorro, “congelar” discussões com a mulher, voltar no tempo, para descobrir qual a música que estava tocando na hora do primeiro beijo, etc..
Na fase da descoberta, tudo é festa. Michael “pula” o tempo durante as brigas com a mulher, passando direto para a hora da reconciliação. Na hora do sexo, como a mulher quer uma massagem, ele aperta no avanço rápido, para não perder tempo (vê se pode...). Quando o chefe o irrita, é só dar um pause, e, estapeá-lo à vontade.
Os problemas começam quando o controle ganha vida própria, e, repete todos os comandos que Michael utilizou. Sem que queira, passa da dar grandes saltos no tempo, pulando etapas importantes de sua vida e dos filhos, o que causa muitos problemas. Quando se dá conta, já está divorciado, e, a mulher casada com o professor de ginástica. Revendo essas fases “puladas”, ele descobre que estava em modo “automático”, vivendo como um robô, sem sentimentos ou emoções.
Já no casamento do filho, chega a um ponto em que tem que escolher entre manter-se vivo, ou, mostrar para o rapaz o risco que ele mesmo estará correndo, ao imitar as mesmas coisas erradas que ele, Michael, fez, em sua vida acelerada. Ponto. Para saber mais, assista ao filme.
É muito comum as pessoas afirmarem, principalmente quando estão mais velhas, que sentem o tempo passar mais depressa do que na infância, ou, na juventude. Li, em algum lugar, que isto se deve ao fato de que, quando executamos atividades rotineiras e sem desafios, o nosso cérebro tende a fazer isso de maneira inconsciente, de modo que deixamos de prestar atenção nelas. Quanto mais essas atividades fazem parte do nosso dia a dia, mais depressa passa o tempo percebido, já que tudo o mais entra no modo automático. Fazendo a correlação, é o mesmo que Michael fazia, ao adiantar o tempo com o seu controle superpoderoso.
A solução estaria em procurar novos desafios, mudar a forma de fazer as mesmas coisas, procurar novos ângulos para encarar a vida. Ou seja, forçar a barra para fazer o cérebro “pegar no tranco”, evitando a atrofia da nossa inteligência.
Certamente, isso é mais fácil de dizer do que fazer. Mas, ao contrário do cinema, com seus happy-end, na vida, não dá para rebobinar (que termo mais antigo, ainda do tempo longínquo do videocassete), e, vive-la de uma maneira mais correta. Ao invés de querer avançar, ou, retardar o tempo, melhor, é fazer como o saudoso Mário Lago, que dizia “Eu fiz um acordo pacífico com o tempo, nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia, a gente se encontra.”.
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