segunda-feira, 18 de julho de 2016

Coluna Claquete – 18 de julho de 2016 - Especial: Que TV eu compro - de novo?



 

 

Newton Ramalho

 

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Especial: Que TV eu compro - de novo? 


A longo dos catorze anos de existência desta coluna, a dúvida mais frequente dos leitores não é relativa aos filmes, mas a que tipo de televisor eles devem adquirir. Eu não estranho esta dúvida, pois eu sempre fui um curioso pelas novas tecnologias, e a maior certeza nesta área é que o que é novidade hoje estará superado amanhã – ou mais barato, qualidade mais importante.
Existe uma parcela da população que sempre está ansiosa pelo lançamento tecnológico mais novo. Chama-se essa turma de “early adopters”, o pessoal que é viciado no modelo mais recente de algum produto. Esse vício tem como limitante o preço, que geralmente é alto, para qualquer segmento tecnológico.
Resta aos early-adopters não-milionários esperar o próximo lançamento, o que barateira o modelo anterior – pelo menos deveria ser assim. Mas, eu adicionaria mais uma incógnita nesta complicada equação: qual o uso do novo equipamento?
 O leitor pode achar que é bobagem, mas eu já testemunhei uma pessoa comprar um televisor 4K de sessenta polegadas apenas para assistir as novelas. Mas, quem não tem uma conta bancária tão elástica deve pensar bem antes de sair comprando a primeira novidade do mercado.
Falando em novidades tecnológicas, ao longo destes catorze anos tive a oportunidade de compartilhar com os leitores algum conhecimento sobre vários equipamentos e mídias que encantaram as pessoas, e até fui um dos que gastaram dinheiro com elas.
Fui um dos primeiros usuários do videocassete, do DVD e do Blu-Ray, montei home theater quando as pessoas ainda perguntavam “que bicho é esse?” ao ouvir o nome, fiquei feliz com televisores de 29 polegadas, tela plana, imagem comprimida, TV de plasma (42 e 50 polegadas), LED (45 e 55 polegadas) e 4K.
Qual foi o custo-benefício disto tudo? Bem, considerando que o cinema sempre foi a minha paixão, e durante muito tempo em Natal ficamos sem opções, posso garantir que todos estes equipamentos foram – continuam sendo – usados à exaustão.
E o que isso tem a ver com os meus queridos leitores? Eu considero importante falar sobre algo que se usa, ao invés de repetir a propaganda dos fabricantes. Por isso, volto à questão que todo cidadão deve fazer antes de comprar alguma coisa: que uso vou fazer disso?
A não ser que a pessoa seja um solteirão convicto, um televisor é um bem coletivo, que é utilizado por todas as pessoas de uma família. Por isso, as necessidades podem variar muito, e embora o maior uso seja com novelas, os adolescentes gostam de jogos e acessar Youtube quando a TV é smart, e ainda tem a questão dos filmes.
Para mim a questão do filme é importante, pois dependendo da exigência do espectador, varia muito o tipo de tecnologia utilizado. A equação é simples: menor a exigência, mais simples pode ser o aparelho.
Conheço muita gente que só assiste aos filmes dos canais abertos, dublados e com propaganda. Se a pessoa se satisfaz com isso, para que gastar muito? Absolutamente qualquer televisor do mercado vai atender, principalmente considerando que já dispomos de TV digital.
Quem tem assinaturas em alta definição (que mal chega à resolução do DVD) pode usar um TV maior, de preferência Full HD por uma questão de oferta. Por incrível que pareça, a TV Full HD é capaz inclusive de mostrar a imagem plena de um Blu-Ray, embora para o som seja necessário a utilização de um home theater.
E os famosos televisores UHD ou 4K? A verdade é que ainda não dispomos de mídia adequada para eles. Ainda estão tímidos os lançamentos de leitores de Blu-Ray 4K, para assistir online é necessário uma internet poderosa, e, cá pra nós, é preciso ter olhos de urubu e ouvidos de cachorro para diferenciar o som e imagem de um Blu-Ray normal.
Mas, o que interessa ao mercado é a produção em massa, pois barateia os custos e mantém as fábricas em pleno funcionamento. Assim, as TVs 4K estão cada vez mais comuns nas lojas, a preços mais acessíveis, iniciando em cerca de dois mil reais para um modelo de 40 polegadas e entre três e quatro mil reais para as de 50 polegadas.
O meu conselho continua o mesmo desde a primeira matéria, na virada do milênio: olhe para os seus gostos, bem como das pessoas que irão utilizar o equipamento, e compre o que for mais apropriado para o seu bolso.
Mas, atenção, não compre qualquer modelo xingling do mercado. Eu mesmo tive uma experiência que só foi boa devido à qualidade do fabricante. Com pouco tempo de uso, uma TV de 50 polegadas de quatro mil reais ficou sem imagem. Depois de ficar um mês na assistência técnica sem solução, eles me ofereceram um modelo mais moderno, devido inexistência de peças de reposição!
  



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