Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Aos poucos
os natalenses deixam a ressaca do Natal, Ano Novo e Reis, para retornar à vida
normal. As estreias da semana são a mais nova obra de Quentin Tarantino, “Os
Oito Odiados”, a animação “O Bom Dinossauro”, e a comédia nacional “Vai Que Dá
Certo 2”. Continuam em cartaz a ficção-científica “Star Wars: O Despertar da
Força”, a live-action “Alvin e os Esquilos: Na Estrada”, o drama “Quarto de
Guerra”, e a comédia nacional “Até Qua a Sorte Nos Separe 3”. Nas programações
exclusivas, o Natal Shopping exibe “Macbeth: Ambição e Guerra”. Na seção Filme
da Semana, resenha do filme “Perdido em Marte”, de Ridley Scott.
Estreia 1: “Os Oito Odiados”
Durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt
Russell) está transportando uma prisioneira, a famosa Daisy Domergue (Jennifer
Jason Leigh), que ele espera trocar por grande quantia de dinheiro. No caminho,
os viajantes aceitam transportar o caçador de recompensas Marquis Warren
(Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix
(Walton Goggins), prestes a ser empossado em sua cidade. Como as condições
climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros
desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a
descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável
confronto entre eles. A direção é de Quentin Tarantino. “Os Oito Odiados” está
em exibição nas Salas 1 e 3 do Moviecom, Salas 5 e 6 do Cinemark, Sala 5 do
Natal Shopping. Classificação indicativa 18
anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Hateful Eight”)
Estreia 2: “O Bom Dinossauro”
Os dinossauros foram extintos após a colisão de
um gigantesco asteroide com o planeta Terra. E se este evento não tivesse
ocorrido? O filme parte desta premissa para trazer a história de dinossauros
que ainda hoje controlam o planeta. E mostra a amizade de Arlo, dinossauro
adolescente de 70 metros de altura, com um jovem menino humano, Spot. A direção
é de Peter Sohn. “O Bom Dinossauro” está em exibição nas Salas 3 e 6 do
Moviecom, Sala 6 do Cinemark, Salas 1 e 2 do Natal Shopping, e Salas 1 e 4 do
Partage Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas,
exibição em 2D e 3D. (T. O.: “The Good Dinosaur”)
Estreia 3: “Vai Que Dá Certo 2”
Como os primeiros planos de enriquecer não
deram certo, Rodrigo (Danton Mello), Tonico (Felipe Abib) e Amaral (Fábio
Porchat) ainda precisam de dinheiro. Eles encontram um vídeo com cenas
comprometedoras de Elói (Vladimir Brichta), e tentam chantageá-lo, mas os
planos não funcionam como planejado. Até porque uma prima nada confiável
(Verônica Debom) e uma dupla de policiais corruptos também está interessada em
faturar com essa história. A direção é de Mauricio Farias. “Vai Que Dá Certo 2”
está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Salas 1 e 4 do Cinemark, Salas 2 e 3 do
Natal Shopping, e Salas 3 e 5 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa
14 anos. (T. O.: “Vai Que Dá Certo 2”)
Filme da Semana: “Perdido em Marte”
O gênero ficção-científica, por
definição, trata de coisas que não são verdadeiras, daí a “ficção” no nome.
Contudo, como se dizia na Roma antiga, não basta ser honesto, é preciso parecer
honesto. Uma boa obra de ficção-científica precisa ter verossimilhança, ou
seja, sabemos que não é verdade, mas a história é tão bem contada que parece
ser verdade. Este é o caso de “Perdido em Marte”, o mais recente filme do
diretor Ridley Scott.
Embora tenha lidado com temas que
exploraram a descoberta da América (“1492 – A Conquista do Paraíso”), o êxodo
dos judeus do Egito (“Êxodo: Deuses e Reis”), o olhar feminino (“Thelma &
Louise”), e muitos outros, a praia de Ridley Scott sempre foi a
ficção-científica, que granjeou a fama com dois grandes filmes, “Alien, o 8º
Passageiro” e “Blade Runner, o Caçador de Andróides”, voltando ao tema em “Prometheus”,
um prequel da série Alien.
Claro que foram muitos os fãs
destes filmes – eu, inclusive – mas, ainda não havia aquele filme do “quase
verdade”. “Perdido em Marte” conduz a este patamar, pois embora sejam interessantes
as histórias de replicantes e alienígenas, não fazem parte da nossa realidade.
Uma viagem tripulada para Marte,
entretanto, não está fora das nossas possibilidades atuais, dependendo mais de
investimentos descomunais do que novas tecnologias. Já existe até um projeto
real de uma viagem deste tipo que amealhou milhares de voluntários para dela
participar.
No início do filme vemos a missão
já meio realizada, já que um grupo de astronautas chegou em Marte e executa
pesquisas científicas, liderados por Melissa Lewis (Jessica Chastain). A
expedição precisa ser interrompida bruscamente devido a uma perigosa tempestade
que ameaça até o retorno dos astronautas. Ao tentar voltar para a nave, Mark
Watney (Matt Damon) é atingido por partes de equipamento e não mais responde,
sendo dado como morto. Extremamente abalado pela perda do companheiro, o
restante do grupo retorna para a nave-mãe e inicia o regresso para a Terra.
Mas, embora ferido, Mark
sobrevivera, e consegue retornar à base, tomando consciência de que estava
sozinho em Marte, e precisaria sobreviver por anos a fio, até que uma expedição
de resgate chegasse – se e quando descobrissem que ele estava vivo!
Assim, Mark precisa descobrir como
sobreviver, já que as provisões de comida e ar são limitadas, e ele desenvolve
técnicas para produção de alimentos, usando seus conhecimentos de botânica,
além dos recursos que ficaram no laboratório.
Ao longo das duas horas e dez
minutos de filme acompanhamos os sucessos e insucessos de Mark ao longo dos
dias para garantir sua sobrevivência, enquanto a NASA é surpreendida com a
notícia de que ele está vivo – e que precisa ser resgatado.
Tem início, então, uma corrida
desenfreada na Terra buscando soluções para o resgate de Mark, esbarrando nos
interesses políticos e financeiros, além das restrições físicas – só a viagem
entre a Terra e Marte leva mais de ano.
A solução possível depende não
apenas da decisão de um homem mas da cooperação de muitos, desde um louquíssimo
astrofísico até o franco motim dos colegas astronautas de Mark, que renunciam
ao retorno de seus lares para salvar o amigo.
Marte já faz parte do imaginário cinematográfico
desde 1913, com o filme “A Message From Mars”. Só site IMDB lista mais de
quinhentos filmes e séries de TV que trazem o planeta vermelho como tema.
Mas, ao contrário dos recentes “Planeta
Vermelho” e “Missão Marte”, “Perdido em Marte” traz um equilíbrio razoável
entre ciência e fantasia, evitando tanto o ambiente space-opera carnavalesco de
Star Wars quanto o rigor científico de “2001: Uma Odisséia no Espaço”.
Scott poderia ter explorado o lado
psicológico de alguém que está sozinho a milhões de quilômetros de casa,
preferindo focar no inventismo e vontade de viver de um sobrevivente, mas isso
não desmerece o filme, e mantém a atenção do espectador ao longo de todo o
filme.
Certamente este filme renova o
gênero ficção-científica tanto quanto o recente “Star Wars: O Despertar da
Força” - cada um com o seu público, e mantém o cinema com a sua mágica de entretenimento
e despertar de emoções. Recomendo.
Título Original: “The Martian”
Livros de
cinema:
De Volta Para o Futuro - Os Bastidores da Trilogia
O futuro é agora! O livro oficial
sobre os bastidores da Trilogia O futuro está de volta. Há 30 anos, Marty McFly
fazia sua primeira viagem no tempo, a bordo de um DeLorean. Tinha início uma
das maiores trilogias da história do cinema. De Volta Para o Futuro é um marco
da cultura pop, conquistando gerações de fãs leais a cada reprise na tv ou nos
relançamentos em todas as mídias possíveis, do vhs piratão aos modernos vídeos
on demand. Para comemorar o 30º aniversário da saga que reinventou a ficção
científica, com boas doses de humor e aventura, a DarkSide® Books tem o prazer
de anunciar mais um lançamento imperdível para qualquer geek que se preze: De
Volta Para o Futuro: We Don’t Need Roads – Os Bastidores da Trilogia. O livro
de Caseen Gaines é o documento mais completo sobre a trilogia De Volta Para o
Futuro, além de ser uma verdadeira aula sobre cinema. 248 p. Editora Darkside.
Lançamentos
em DVD/Blu-Ray:
“Maze
Runner: Prova de Fogo”
Após escapar do labirinto, Thomas (Dylan O'Brien) e os
garotos que o acompanharam em sua fuga da Clareira precisam agora lidar com uma
realidade bem diferente: a superfície da Terra foi queimada pelo sol e eles
precisam lidar com criaturas disformes chamadas Cranks, que desejam devorá-los
vivos. Segundo capítulo da trilogia Maze Runner, precedido por “Maze Runner -
Correr ou Morrer” (2014). O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Maze Runner: The Scorch Trials”)
“Hitman:
Agente 47”
Agente 47 (Rupert Friend) é um assassino de elite
geneticamente modificado criado para ser a máquina de matar perfeita. Ele
precisa caçar uma mega operação que pretende usar o segredo de sua criação para
a formação de um exército imbátivel. Ao juntar forças com uma misteriosa jovem,
que pode ser o diferencial para o sucesso da missão, ele vai descobrir segredos
de sua origem em uma batalha épica contra seu maior inimigo. O disco traz o filme com tela widescreen
anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Hitman: Agent 47”)
“A
Travessia”
A história real do equilibrista Philippe Petit (Joseph
Gordon-Levitt), famoso por atravessar as Torres Gêmeas usando apenas um cabo.
Mesmo sem ter autorização legal para a arriscada aventura, ele reuniu um grupo
de assistentes internacionais e contou com a ajuda de um mentor para bolar o
plano, que sofreu diversos obstáculos poder ser finalmente executado. A
travessia ocorreu na ilegalidade em 7 de agosto de 1974 e ganhou destaque no
mundo inteiro. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital. (T. O.: “The Walk”)
“Geronimo”
Geronimo (Céline Salette) é uma professora vinda de uma
família de ciganos. Ela percebe a crescente rivalidade entre turcos e ciganos
na região onde mora, e faz o possível para evitar as brigas. Mas quando uma
jovem turca recusa o casamento arranjado pelos pais para fugir com o namorado cigano,
a sociedade fica à beira da guerra. Filme
com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Geronimo”)
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