Newton Ramalho
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O
que está em cartaz
Chegamos em agosto, o mês dos ventos. Pena que
estes mesmos ventos que ameaçam o nosso país não sejam suficientes para limpar
o congresso. E, neste final de semana temos as estreias da ficção-científica “Quarteto
Fantástico”, do drama “O Dançarino do Deserto” e da comédia francesa “Que Mal
Eu Fiz a Deus?”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico “Top Gun: Ases
Indomáveis”, e da animação “A Bela e a Fera”. Continuam em cartaz o terror
“Sobrenatural: A Origem”, o drama “Magic Mike XXL” a animação “Pixels”, “Homem-Formiga”,
“Carrossel – O Filme”, “Meu Passado Me Condena 2”, e “Minions”. Nas
programações exclusivas, o Natal Shopping exibe o policial “Jogada de Mestre”,
e a animação “Divertida Mente”. Na seção Filme da Semana vejam a resenha do
drama “A Dama Dourada”.
Estreia 1: “Quarteto Fantástico”
Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas
dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em
uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com
sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o
Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha
Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger
a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell). Este é um restart da
série Quarteto Fantástico, que já esteve em outros dois filmes: “Quarteto
Fantástico” (2005) e “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado” (2007). A
direção é de Josh Trank. “Quarteto Fantástico” está em exibição nas Salas 4 e 6 do Moviecom, Salas 2, 3 e 4 do
Cinemark, Sala 1 do Natal Shopping, e Salas 1 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Fantastic Four”)
Estreia 2: “O Dançarino do Deserto”
Afshin Ghaffarian (Reece Ritchie) é um iraniano rebelde que desafia as
leis e ignora o clima constantemente tenso fazendo aquilo que mais gosta:
dançar. Ele forma uma companhia clandestina com amigos próximos e ensaia em
casa assistindo vídeos de Michael Jackson, Pina Bausch e Gene Kelly na
internet. Como dançar em público é proibido no país, ele planeja uma
performance do grupo no meio do deserto. Baseado em uma história real. A
direção é de Richard Raymond. “O Dançarino do Deserto” será exibido na Sala 3 do Natal Shopping.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Desert Dancer”)
Estreia 3: “Que Mal Eu Fiz a Deus?”
O casal Verneuils tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um pouco
preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando três de suas filhas se
casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões. Quando a quarta
anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens e toda a
família vai se reunir. Mas logo eles vão descobrir que nem tudo é do jeito que
eles querem. A direção é de Phillippe de Chauveron. “Que Mal Eu Fiz a Deus” será exibido na Sala 5 do Natal Shopping.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Qu'est-ce qu'on a fait au Bon Dieu?”)
Clássicos Cinemark: “Top Gun: Ases Indomáveis”
Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de jato que voa mais por
instinto do que por regras. Ele e seu amigo Goose (Anthony Edwards) são
enviados à Top Gun, o local de treinamento da elite da Marinha para os melhores
pilotos de jatos de combate do mundo. Maverick terá que superar seus próprios
traumas para vencer num mundo em que não há lugar para segundo colocado.
Top Gun é um dos melhores filmes de ação
já feitos, com incríveis cenas de voo, levando em consideração a época em que
foi filmado, com um elenco razoável e uma história pra lá de eletrizante. No
elenco estão também Kelly McGillis, Val Kilmer, Tom Skerritt, Michael Ironside,
Tim Robbins, e Meg Ryan. A direção é de Tony Scott. “Top Gun: Ases Indomáveis”
será exibido no Cinemark no sábado às 23h55 (Sala 1), no domingo às 12h10 (Sala
5), e na quarta-feira às 19h50 (Sala 5). Classificação indicativa 12 anos. (T.
O.: “Top Gun”)
O Maravilhoso Mundo da Disney:
“A Bela e a Fera”
Em uma pequena aldeia da França vive Belle, uma jovem inteligente que é
considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um
inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar
com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito,
Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida. Quando o
pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se
perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo
em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo,
que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando
negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua
procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse
libertado ela ficaria no castelo para sempre. “A Bela e a Fera” será exibido no
Cinemark no sábado e domingo às 11h30 na Sala 6. Classificação indicativa livre. Cópia dublada,
exibição em 3D. (T. O.: “Beauty and the Beast”)
Filme da Semana: “A Dama
Dourada”
Nesta infindável campanha eleitoral que o Brasil vivencia,
muitas vezes somos surpreendidos por pessoas que parecem desconhecer fatos
ocorridos vinte, trinta anos atrás, e que fazem parte da nossa história
recente. Isso não é um fenômeno isolado, pois quem participa de atos
condenáveis sempre tenta jogar a sujeira para baixo do tapete. Um filme que
mostra isso com uma clareza impressionante é “A Dama Dourada”, baseado em fatos
lamentavelmente reais.
É do conhecimento de todos que os nazistas dominaram o
poder político na Alemanha, através da liderança de Adolf Hitler, invadiram
países vizinhos e provocaram a Segunda Guerra Mundial. Neste percurso foram
cometidas atrocidades, em especial contra os judeus, no que foi denominado
Holocausto.
O que pouca gente sabe é que nem tudo foi imposição de
Hitler. Muita gente participou com entusiasmo das ideias do maluco do bigodinho,
não apenas dos ideais de supremacia ariana, mas também da hostilidade declarada
contra judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais e outras minorias
indesejadas. Isso aconteceu não só na Alemanha, como também na Áustria, França,
Suécia e outros lugares “civilizados”, muito antes de se dar o primeiro tiro da
Segunda Guerra.
Como já foi demonstrado no filme “Caçadores de
Obras-Primas”, houve um programa institucional do governo de Hitler para
confiscar obras de arte, quer fossem elas de museus dos países conquistados,
quer fossem propriedade particular dos “indesejáveis” judeus. Entre as milhares
de obras roubadas, uma delas foi o quadro que ficou conhecido mundialmente como
“A Dama Dourada”, de autoria do pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918).
A modelo do quadro foi Adele Bloch-Bauer, uma dama da
sociedade vienense casada com um magnata do açúcar, e que ajudava muitos
artistas. Adele morreu jovem, em 1925, muito antes dos eventos terríveis que se
sucederiam com o seu país e particularmente com a sua família. Posteriormente,
este quadro e outros que haviam pertencido à família foram recuperados e
exibidos em museus austríacos.
Na década de 1980 vamos encontrar a sobrinha de Adele, e última
descendente da família em Los Angeles, Estados Unidos. Maria Altmann (Helen
Mirren) conseguira fugir com o marido pouco antes do início da guerra, enquanto
via sua família ser dilapidada pelos nazistas e seus simpatizantes austríacos.
Após a morte da irmã, Maria procura o jovem advogado Randol
Schoenberg (Ryan Reynods), que era filho de uma amiga, para aconselhá-la sobre
seu desejo de recuperar obras de arte da família.
Randy acabara de assumir um emprego em um grande escritório
de advocacia, e consegue convencer os chefes sobre o caso. Ele e Maria viajam
para Viena, onde são recebidos por todos com indiferença e frieza,
principalmente porque a obra em questão era considerada a Mona Lisa da Áustria.
Uma ajuda inesperada veio da parte de Hubertus Czernin
(Daniel Brühl), jornalista investigativo que procurava corrigir atos de pessoas
como o próprio pai, que fora um ativista do nazismo na Áustria.
Apesar de conseguirem documentos que provavam a propriedade
da família, tanto as autoridades quanto o judiciário austríaco se mostraram
inacessíveis para Maria e Randy. Sentindo-se derrotados, eles retornaram para
suas vidas.
Contudo, o caso tornou-se uma obsessão para Randy, que
descobriu brechas jurídicas que permitiriam ingressar com uma ação nos Estados
Unidos. O caso seria levado até a Suprema Corte, alcançando proporções
inimagináveis.
Embora o filme foque principalmente na batalha de Maria, é
mostrada em flashback sua vida ainda jovem, vivida pela atriz Tatiana Maslany,
sua vida em família com a famosa tia Adele (Antje Trauer), o marido Fritz (Max
Irons), e os pais Gustav (Allan Corduner) e Therese (Nina Kunzendorf). Essas
memórias permitem ter um vislumbre da dor e humilhação pela qual passaram
muitos cidadãos honrados, denegridos unicamente pela raça e religião.
Tecnicamente o filme é impecável, não apenas pelas ótimas
atuações como também pela fantástica trilha sonora, e uma fotografia que
enriquece bastante as maravilhosas locações em Viena.
Embora o título “A Dama Dourada” se refira ao quadro, não
podemos deixar de imaginar que a verdadeira dama de ouro seja a própria Maria
Altmann, vivida com notável brilhantismo por Helen Mirren. Maria, falecida em
2011, demonstrou com seus atos não apenas uma inquebrantável firmeza de caráter
e perseverança, como também de altruísmo, como demonstram as informações
fornecidas no final do filme.
Livros de cinema:
Cinema
no Mundo – América Latina
Impulsionada pelo surgimento de novas tecnologias e pela
globalização, a indústria cinematográfica apresenta particularidades e
oportunidades que são analisadas na coleção Cinema no Mundo - indústria,
política e mercado. O segundo volume da coleção Cinema no Mundo, de Alessandra
Meleiro, aborda as cinematografias da América Latina e do Caribe, suas
indústrias, produções e mercados (Octavio Getino), a política cinematográfica
brasileira para o século XXI (Jom Tob Azulay), o mercado cinematográfico brasileiro
(André Gatti), a circulação global e local do novo cinema argentino (Tamara L.
Falicov), as iniciativas sinérgicas de coprodução, distribuição e exibição no
cinema latino-americano (Libia Villazana) e a cinematografia dos países andinos
(Nora de Izcue). 232 p. Editora Escrituras.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Velozes e
Furiosos 7”
Após os acontecimentos em Londres, Dom (Vin Diesel), Brian
(Paul Walker), Letty (Michelle Rodriguez) e o resto da equipe tiveram a chance
de voltar para os Estados Unidos e recomeçarem suas vidas. Mas a tranquilidade
do grupo é destruída quando Deckard Shaw (Jason Statham), um assassino
profissional, quer vingança pela morte de seu irmão. Agora, a equipe tem que se
reunir para impedir este novo vilão. Mas dessa vez, não é só sobre ser veloz. A
luta é pela sobrevivência. Último filme da série com Paul Walker, morto em um
acidente de carro. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio
em Dolby Digital. (T. O.: “Furious 7”)
“Chappie”
Em um futuro próximo, a África do Sul decidiu substituir os
seus policiais humanos por uma frota de robôs ultra resistentes e dotados de
inteligência artificial. O criador destes modelos, o brilhante cientista Deon
(Dev Patel), sonha em embutir emoções nos robôs, mas a diretora da empresa de
segurança (Sigourney Weaver) desaprova a ideia. Um dia, ele rouba um modelo
defeituoso e faz experiências nele, até conseguir criar Chappie (Sharlto
Copley), um robô capaz de pensar e aprender por conta própria. Mas Chappie é
roubado por um grupo de ladrões que precisa da ajuda para um assalto a banco.
Quando Vincent (Hugh Jackman), um engenheiro rival de Deon, decide sabotar as
experiências do colega de trabalho, a segurança do país e o futuro de Chappie
correm riscos. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em
Dolby Digital. (T. O.: “Chappie”)
“Deixa
Rolar”
Um roteirista (Chris Evans) se vê em apuros quando um
produtor, Bryan (Anthony Mackie), lhe encomenda o roteiro de uma comédia
romântica típica. O problema é que ele acredita que filmes deste tipo idealizam
o amor de uma forma que ele nunca é na vida real, mas Bryan lhe promete que,
caso aceite esta tarefa, o colocará para escrever o sonhado roteiro de um filme
de ação. Desta forma, ele aceita a tarefa. Entretanto, em meio a todo seu
pessimismo sobre o romantismo em geral, ele conhece uma garota (Michelle
Monaghan) com um senso de humor bastante sarcástico, por quem acaba se
apaixonando. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital. (T. O.: “Playing It Cool”)
“Quero Ser
Grande”
Em um passeio num parque de diversões Josh (David Moscow)
acaba barrado na montanha-russa. Revoltado, ele pede à máquina dos desejos para
ser grande. No dia seguinte o pedido foi realizado e a mãe o expulsa de casa,
pois não conhece aquele estranho de trinta anos (Tom Hanks). Josh, porém,
continua sendo apenas uma criança e agora precisa aprender a se relacionar no
mundo dos adultos. O filme teve três indicações ao Oscar de 1989, e cuja cena
do piano gigante já pertence à antologia do cinema. Filme com formato de tela
widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Big”)
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