Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Lula e
Dilma devem ser mesmo as pessoas mais poderosas do mundo, já tem jornalista
global dizendo que a crise da Grécia é culpa do PT... Enquanto isso, nos
cinemas, as estreias são o drama juvenil “Cidades de Papel”, e a cinebiografia “Neruda”.
Nesta semana teremos a reexibição da animação “Detona Ralph”, e do clássico “Cidadão
Kane”, além da pré-estreia de “Home-Formiga”. Continuam em cartaz a
ficção-científica “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, a comédia nacional “Meu
Passado Me Condena 2”, as animações “Minions”, e “Divertida Mente”, e a
aventura “Jurassic World – O Mundo dos
Dinossauros”. Na seção Filmes da Semana, resenha dos filmes ‘A Família Bélier”
e “Alex & Ruth”.
Estreia 1: “Cidades de Papel”
A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat
Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara
Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes
quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso
plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem
deixar pistas sobre o seu paradeiro. Na busca por Margo, Quentin precisa
decifrar as pistas deixadas pela garota, contando com a ajuda dos amigos Ben
(Austin Abrams), Radar (Justice Smith) e Lacey (Halston Sage). Baseado no livro
homônimo de John Green, o mesmo autor de “A Culpa é das Estrelas”. A direção é
de Jake Schreier. “Cidades de Papel” está em exibição nas Salas 2 e 4 do
Moviecom, Salas 1 e 5 do Cinemark, Salas 3, 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3
do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Paper Towns”)
Estreia 2: “Neruda”
O poeta Pablo Neruda (José Secall) recebe no
ano de 1971 o Prêmio Nobel de Literatura. Na cerimônia, em seu discurso, ele
relembra episódios quase esquecidos da sua vida. Em 1948, devido a um Senador,
Neruda (Fabián Cabada) foi tratado como fugitivo da polícia, fazendo arriscar
sua vida correndo pelas montanhas andinas para escapar para a Argentina,
levando-o ao sul do Chile, onde viveu durante sua infância e adolescência. É
neste estágio da vida que ele escreve seu livro fundamental, “Canto General”. A
direção é de Manuel Basoalto. “Neruda” está em exibição na Sala 3 do Natal
Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Neruda”)
Pré-Estreia:
“Homem-Formiga”
Ao receber uma chance de sair da prisão, e
ajudar os homens da lei, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) precisa assumir o
lado heroico, usando um traje com a incrível capacidade de diminuir em escala,
mas crescer em força, e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a
proteger os segredos por trás do espetacular traje do Homem-Formiga de uma nova
geração de ameaças. Contra obstáculos aparentemente intransponíveis, Lang e Pym
precisam planejar e realizar um assalto que salvará o planeta. A direção é de Peyton
Reed. “Homem-Formiga” terá pré-estreia na próxima quarta-feira na Sala 6 do
Moviecom (21h40), Salas 3 (19h20) e 6 (21h30) do Cinemark, Sala 2 do Natal
Shopping (21h15), e Sala 4 do Partage Norte Shopping (20h15). Classificação
indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D. (T. O.: “Ant-Man”)
Clássicos Cinemark: “Cidadão Kane”
O filme inicia com a morte do magnata Charles
Foster Kane (Orson Welles), momentos antes da qual pronuncia a palavra
"Rosebud". Após dias de sensacionalismo em cima da notícia de sua
morte, o jornalista Jerry Thompson (William Alland) é enviado por seu chefe
para investigar a vida de Kane, a fim de descobrir o significado de sua última
palavra. Entrevistando pessoas do passado de Kane, o jornalista mergulha na
vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade
alheia. Ninguém a seu redor importa-se com Kane, que busca por meio da
aquisição de bens a adoração das pessoas. Filme ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Original, sendo indicado
também nas categorias de Melhor Ator (Orson Welles), Direção de Arte,
Fotografia Preto-e-branco, Melhor Diretor, Montagem, Trilha Sonora, Melhor
Filme e Melhor Som. Considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos. A
direção é de Orson Welles. “Cidadão Kane” será exibido no Cinemark no sábado às
0h20 (Sala 3), no domingo às 11h05 (Sala 3), e na quarta-feira às 22h10 (Sala
3). Classificação indicativa 12 anos (T. O.: “Citizen Kane”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Detona Ralph”
Ralph (John C. Reilly) é o vilão de Conserta
Félix Jr., um popular jogo de fliperama que está completando 30 anos. Apesar de
cumprir suas tarefas à perfeição, Ralph gostaria de receber uma atenção maior
de Felix Jr. (Jack McBrayer) e os demais habitantes do jogo, que nunca o
convidam para festas e nem mesmo o tratam bem. Para provar que merece tamanha
atenção, ele promete que voltará ao jogo com uma medalha de herói no peito, no
intuito de mostrar seu valor. É o início da peregrinação de Ralph por outros
jogos, em busca de um meio de obter sua sonhada medalha. “Detona Ralph” será
exibido no Cinemark no sábado e domingo
às 12h00 na Sala 1.
Classificação indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Wreck-it Ralph”)
Filmes da Semana: “A Família Bélier” e “Ruth & Alex”
Como o cinemão continua insistindo
nas batidas refilmagens, resolvi olhar títulos menos pretensiosos, e neste
final de semana encontrei duas pérolas que merecem ser descobertas, o francês “A
Família Bélier” (“La Famille Bélier”, 2014) e o independente “Ruth & Alex”
(“5 Flights Up”, 2014).
“A Família Bélier” fez parte da
programação do Festival Varilux do Cinema Francês de 2015, mas como o número de
exibições era reduzido, creio que poucos tiveram a oportunidade de conferir o
filme no cinema.
Pela sinopse, poderíamos imaginar o
filme como um destes besteiróis americanos, mas ao assisti-lo, veremos que são
tratados temas importantes, como a comunicação interpessoal e, principalmente,
nas relações familiares.
Paula (Louane Emera) é uma
adolescente de 17 anos, que é obrigada a dividir-se entre as cansativas tarefas
da fazenda da família, e as do colégio. Ela praticamente administra a fazenda,
tratando com bancos, clientes e fornecedores, devido a uma situação peculiar: seu
pai, Rodolphe (François Damiens), a mãe, Gigi (Karin Viard), e o irmão, Quentin
(Luca Gelberg, que é surdo na vida real) são surdos-mudos, e ela ainda precisa
servir de intérprete para eles.
Um dia, quase por acaso, ela é
descoberta pelo professor de música do colégio, o senhor Thomasson (Eric
Elmosnino), que identifica nela uma voz de soprano natural. Enquanto que para a
maioria dos alunos, a aula de música é uma chatice, para Paula abre um leque de
possibilidades com as quais nunca imaginara, inclusive estudar em uma renomada
escola de música em Paris.
Mas, como conciliar esse sonho com
sua situação de administradora e intérprete da família? Para complicar as
coisas, Paula é obrigada a treinar para um dueto com um jovem parisiense,
Gabriel (Ilian Bergala), por quem tem uma queda, e ainda participar da
tresloucada candidatura do pai à prefeitura da cidade.
O que seria tratado em Hollywood
como um grosseiro pastelão, aqui é desenvolvido com uma notável sensibilidade,
em nenhum momento descambando para o ridículo ou piegas, mais uma prova da
habilidade do diretor Eric Lartigau.
Além da história sensível e
envolvente, o filme tem a música como um personagem importante, sendo o
elemento que torna empolgante o clímax do filme, em uma das mais belas cenas do
cinema.
O outro filme em foco é “Ruth &
Alex”, estrelado por dois dos melhores atores de Hollywood da atualidade, os
veteranos Morgan Freeman e Diane Keaton. Na Nova York dos dias atuais,
encontramos o casal Alex (Morgan Freeman) e Ruth (Diane Keaton), ambos na casa
dos setenta anos, encontrando alguma dificuldade no lugar em que moram há
quatro décadas, um apartamento no Brooklin, com uma bela vista para o rio.
O problema é que eles moram no
quinto andar de um prédio sem elevador, o que se configura em uma grande
dificuldade até para a cachorrinha, que sofre um problema na coluna e precisa
ser levada às pressas para o veterinário.
Devido a estas dificuldades, eles
decidem colocar o apartamento à venda, e morar em outro lugar com mais
facilidades, o que se transforma em um histérico processo, conduzido por Lily
(Cinthya Nixon), a sobrinha de Ruth, que é corretora de imóveis.
Diferente do Brasil, nos Estados
Unidos se faz um evento chamado de “open house”, onde a casa, do jeito em que
se encontra, é aberta à visitação de possíveis compradores. Após a visita, é
aberta a fase de ofertas, que lembra um dos meus programas favoritos, “Quem Dá
Mais?” (“Storage Wars”), onde há uma frenética oferta de dinheiro pelo lote,
ganhando o que der mais.
Enquanto a coisa acontece, Alex
sente-se cada vez mais incomodado, odiando a maneira como os visitantes invadem
o seu espaço, e lembrando momentos importantes de suas vidas quando jovens, em
que ele como um pintor iniciante (Korey Jackson) e ela uma modelo artística
(Claire van der Boom) precisaram enfrentar preconceitos da sociedade e até da
própria família, pois nessa época o casamento entre negros e brancos ainda era
ilegal em vinte estados dos Estados Unidos.
Quando começam a procurar um novo
lugar para morar, Alex e Ruth começam a descobrir o quanto o seu próprio
apartamento era perfeito, mesmo com todos os problemas que tinha. Mais ainda,
eles também descobrem o que realmente tinha valor em suas vidas, mesmo que isso
significasse gastar milhares de dólares em uma cadela com pouca perspectiva de
sobrevivência.
“Alex & Ruth” é um filme
sensível e cativante, não apenas por mostrar que o amor é o sentimento mais
importante, não importa a idade que tenham as pessoas, mas também por chamar a
atenção daquilo que precisa ser levado em conta em uma tomada de decisão, onde geralmente
a única coisa que é considerada decisiva seja a oferta mais alta.
“A Família Bélier” já está
disponível em DVD e “Alex & Ruth” estreará nos cinemas nos próximos dias.
Livros de
cinema:
Pré-Cinemas & Pós-Cinemas
Quanto mais os historiadores se
debruçam sobre as origens do cinema, na tentativa de desenterrar o primeiro
ancestral do moderno espetáculo audiovisual, mais são remetidos para trás, até
os mitos e ritos dos primórdios. Quando terá começado o cinema? E pode-se dizer
que o cinema acaba em algum momento? Como "escrita em movimento", o
cinema é dinâmico, mutável, e se transforma conforme os desafios que lhe lança
a sociedade. Autor: Arlindo Machado. 272 p. Editora: Papirus.
Lançamentos
em DVD/Blu-Ray:
“Blind”
Após perder a visão, Ingrid (Ellen Dorrit Petersen) resolve
ficar isolada em sua própria casa, onde se sente mais segura. Seu grande
parceiro nesta difícil adaptação é o marido (Henrik Rafaelsen). Mas quando as
lembranças do mundo que ela conheceu vão desaparecendo gradativamente, ela
percebe que o maior perigo está dentro de si mesma. O disco traz o filme com
tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. Produção norueguesa. (T.
O.: “Blind”)
“Enquanto
Houver Amor”
Jane viaja para Nápoles com seu marido Leonard. Ela é uma
escritora norte-americana, ele um músico que fará uma apresentação com a
orquestra local. O casamento dos dois está em crise, o que faz com que ela
tente se concentrar em seu próximo livro, que é baseado em entrevistas
realizadas com sua avó, uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial. O disco
traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T.
O.: “And While We Were Here”)
“Trocando os Pés”
Um solitário sapateiro de Nova York (Adam Sandler) costuma
consertar os sapatos de clientes experientes na arte de viver: que
frequentemente tiram férias e vivem aventuras. Ao lado de seu amigo barbeiro
(Steve Buscemi), ele espera a sua própria aventura, e vê a vida passar diante
de seus olhos. Quando recebe uma generosa herança de família, surge a
possibilidade de o trabalhador assumir outro papel e ver o mundo de uma forma
diferente. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital. (T. O.: “The Cobbler”)
“Amor à
Primeira Briga”
Arnaud (Kevin Hazaïs) é um jovem que acaba de perder o pai,
e decide seguir os passos dele, tornando-se carpinteiro. Um dia, ele conhece
Madeleine (Adèle Haenel), uma garota bruta e de poucos amigos, que acredita no
fim do mundo e no caos social. Por isso, ela pensa apenas em sobreviver a
qualquer custo; já ele não se preocupa com essas coisas. O sonho de Madeleine é
entrar na divisão mais difícil do exército. Arnaud fica fascinado com ela, e
passa a acompanhar o treinamento da amiga. Quando a garota parte para a divisão
militar, ele decide se alistar também. Filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Les Combattants”)
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