Newton Ramalho
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O
que está em cartaz
O mês de junho chega trazendo os escândalos da
FIFA para variar um pouco, embora brasileiros certamente estejam bem representados
nesta quadrilha que não é junina – alguém se lembra do avião de muambas na Copa
de 1994? Enquanto isso, nas salas de cinema, as estreias da semana são a aventura
“Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível”, a comédia nacional “Qualquer
Gato Vira-Lata 2”, o thriller “A Espiã Que Sabia de Menos”, e os dramas “Permanência”
e “As Maravilhas”. Nesta semana teremos a reexibição do clássico “Os Caçadores
da Arca Perdida”, e da animação “Carros 2”, além da pré-estreia da aventura “Jurassic
World – O Mundo dos Dinossauros”. Continuam em cartaz a aventura “Terremoto – A
Falha de San Andreas” (vejam na seção
Filme da Semana), “Trocando os Pés”, “The Last Naruto o Filme”, “Poltergeist
– O Fenômeno”, “Mad Max: Estrada da Fúria”, e “Os Vingadores 2: A Era de
Ultron”. Nas programações exclusivas, o Natal Shopping mantém “A Incrível
História de Adaline”.
Estreia 1: “Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível”
Ligados por um destino, Casey (Britt Robertson), uma adolescente
otimista e vibrante com curiosidade científica, e Frank (George Clooney), um
gênio desiludido, embarcam em uma missão repleta de perigos para desvendar os
segredos de um local enigmático em algum lugar no tempo e no espaço conhecido
como “Tomorrowland”. O que eles precisam fazer lá mudará o mundo — e eles —
para sempre. A direção é de Brad Bird. “Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é
Impossível” está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Sala 4 do Cinemark, Salas 1,
2 e 5 do Natal Shopping, e Sala 6 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Tomorrowland”)
Estreia 2: “Qualquer Gato Vira-Lata 2”
Tati (Cléo Pires) e Conrado (Malvino Salvador), que terminam juntos o
primeiro filme, viajam a Cancún, onde ele participa de uma conferência para o
lançamento de seu livro. Lá, ela aproveita a ocasião para pedi-lo em casamento,
com transmissão via internet para todos os amigos no Brasil. Mas, ao responder,
Conrado solta apenas um “Posso pensar?”. A moça, então, se decepciona e Marcelo
(Dudu Azevedo), ex de Tati, volta a ter esperanças. Para complicar, Ângela
(Rita Guedes), a ex de Conrado, também é convidada para o mesmo evento no
México, com um livro, cuja tese bate de frente com a dele. A direção é de Roberto
Santucci e Marcelo Antunez. “Qualquer Gato Vira-Lata 2” está em exibição na
Sala 1 do Moviecom, Salas 1, 3 e 7 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e
Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Nacional.
(T. O.: “Qualquer Gato Vira-Lata 2”)
Estreia 3: “A Espiã Que Sabia de Menos”
Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma despretensiosa analista de base da
CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência.
Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason
Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de
um traficante de armas mortais e evitar um desastre global. A direção é de Paul
Feig. “A Espiã Que Sabia de Menos” está em exibição na Sala 7 do Moviecom, Salas
3 e 5 do Natal Shopping, e Sala 5 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Spy”)
Estreia 4: “Que Mal Eu Fiz a Deus?”
O casal Verneuils tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um pouco
preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando três de suas filhas se
casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões. Quando a quarta
anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens e toda a
família vai se reunir. Mas logo eles vão descobrir que nem tudo é do jeito que
eles querem. A direção é de Philippe de Chauveron. “Que Mal Eu Fiz a Deus?” será
exibido na Sala 7 do Moviecom, quarta-feira, às 21h00, na programação do Festival
Varilux de Cinema Francês. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Qu'est-ce qu'on a fait au
Bon Dieu?”)
Estreia 5: “Permanência”
Ivo (Irandhir Santos) é um fotografo pernambucano que viaja a São Paulo
para fazer sua primeira exposição individual. Ele aceita o convite da
ex-namorada Rita (Rita Carelli) para se hospedar na casa dela. Mas hoje, Rita
já está casada com outro homem, e Ivo também deixou um amor em sua cidade
natal. A proximidade entre eles desperta sentimentos antigos. A direção é de Leonardo
Lacca. “Permanência” está em exibição na Sala 3 do Natal Shopping.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “Permanência”)
Estreia 6: “As Maravilhas”
Gelsomina (Maria Alexandra Lungu) é uma jovem moça que vive com seus
pais e suas irmãs na região da Toscana, cercada por natureza. Ela ajuda o pai
na produção artesanal de mel, que é a principal fonte de renda da família, que
vive em dificuldades. A serenidade e calma de seus dias parecem ser perturbadas
com a chegada de Martin em sua vida. Vencedor do Grande Prêmio do Júri do
Festival de Cannes de 2014. A direção é de Alice Rohrwacher. “As Maravilhas” está
em exibição na Sala 4 do Natal Shopping. Classificação indicativa 14 anos. (T.
O.: “Le Meravigle”)
Pré-Estreia: “Jurassic World – O Mundo dos
Dinossauros”
O Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao
público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros
e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados.
Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) passa a
fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies.
Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, logo se tornando uma grande
ameaça para a existência humana. A direção é de Colin Trevorrow. “Jurassic
World – O Mundo dos Dinossauros” terá pré-estreia na meia-noite da
quarta-feira, nas Salas 2 e 6 do Cinemark, e Sala 1 do Partage Norte Shopping.
Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D.
(T. O.: “Jurassic World”)
Clássicos Cinemark: “Os Caçadores da Arca Perdida”
Em 1936, o arqueólogo Indiana Jones (Harrison Ford) é contratado para
encontrar a Arca da Aliança, que segundo as escrituras bíblicas conteria
"Os Dez Mandamentos" que Deus revelou a Moisés no Monte Horeb. Mas
como a lenda diz que o exército que a possuir será invencível, Indiana Jones
terá um adversário de peso na busca pela arca perdida: o próprio Adolf Hitler.
Vencedor do Oscar 1982 em Efeitos Visuais, Direção de Arte, Melhor Montagem,
Montagem de Som, e Mixagem de Som, sendo ainda indicado para Melhor Filme,
Diretor, Fotografia e Trilha Sonora. A direção é de Steven Spielberg. “Os
Caçadores da Arca Perdida” será exibido no Cinemark no sábado às 0h10 (Sala 1),
no domingo às 11h00 (Sala 4) e na quarta-feira às 19h35 (Sala 4). Classificação indicativa livre. (T.
O.: “Raiders of the Lost Ark”)
O Maravilhoso Mundo da Disney:
“Carros 2”
Após ganhar a Copa Pistão pela quarta vez, Relâmpago McQueen e sua
equipe retornam a Radiator Springs para descansar. Lá ele reencontra Mate, seu
maior amigo, que aguarda ansioso pelo retorno. Pouco após sua chegada Relâmpago
toma conhecimento do Grand Prix Mundial, evento organizado pelo empresário
Miles Eixodarroda onde todos os competidores usarão Alinol, um combustível
alternativo. Após ser provocado em um programa de TV por Francesco Bernouilli,
um adversário, Relâmpago resolve também competir. Ele decide levar Mate para
acompanhá-lo nas corridas, mas logo ele é confundido com um espião americano. “Carros
2” será exibido no Cinemark no sábado às 12h30 (Sala 1) e domingo às 11h20 (Sala 3). Classificação
indicativa livre. Cópia dublada. (T. O.: “Cars 2”)
Filme da Semana: “Terremoto –
A Falha de San Andreas”
É bem possível que a maioria dos garotos que estão indo
conferir o filme “Terremoto – A Falha de San Andreas” nem saiba que este gênero
de filme fez muito sucesso nos anos 1970, a ponto de ser considerado um novo gênero
de cinema, o “cinema-catástrofe”, cujo ícone mais significativo foi justamente “Terremoto”,
de 1974, estrelado por Charlton Heston, uma das maiores estrelas da época.
Para ser mais exato, o primeiro filme do gênero foi “Aeroporto”,
de 1970, inspirado pelo livro homônimo de Arthur Hailey. O filme mostrava um
avião com ameaça de bomba em uma noite onde tudo acontecia em um aeroporto. O
filme tinha uma música tema belíssima, e fez tanto sucesso que gerou mais três
sequências.
Mas, os filmes que realmente caracterizaram o novo gênero
foram “O Destino do Poseidon”, de 1972, onde um transatlântico vira de cabeça
para baixo, “O Inferno na Torre”, onde
um megaedifício pega fogo, e “Terremoto”, onde Los Angeles é destruída por um
gigantesco abalo sísmico, ambos de 1974, “Terror na Montanha Russa”, de 1977, e
uma infinidade de imitações baratas, tanto de Hollywood quanto de outras partes
do mundo.
Essa era uma época onde o cinema já lutava pela
sobrevivência contra a televisão, e experimentava tudo, novos gêneros, novos
efeitos, e novas formas de exibição. Para o filme “Terremoto” havia um efeito
sonoro chamado Sensurround, que devia ser o tataravô do subwoofer, e exigia
enormes caixas de som especiais. O efeito era tanto que era possível sentir as
vibrações do lado de fora do cinema.
O mais interessante, e difícil de acreditar, é que naquela
época não havia computação gráfica. Os computadores existiam, claro, mas eram
máquinas gigantescas, destinadas a fins mais “nobres” como indústrias, bancos e
universidades. Steve Jobs e Bill Gates ainda estavam brigando para aparecer no
mercado nessa época.
Assim, todos aqueles efeitos especiais que apareciam na
telona eram feitos com modelos em escala, num verdadeiro trabalho de artista.
Mas, a indústria evoluiu, e hoje é possível criar uma
história que se passa no espaço, no centro da Terra, na Roma antiga, ou até em
outra galáxia graças aos efeitos gerados por computador. Resta aos atores
apenas ficar diante de uma tela verde e atuar imaginando o cenário ao seu
redor.
E assim, chegamos a “Terremoto – A Falha de San Andreas”. O
filme atual tem como tema uma situação geológica real, e um temor que está presente
no íntimo de todo habitante da Califórnia.
A falha de San Andreas é uma falha geológica que atravessa
diagonalmente o estado da Califórnia, resultante do encontro de duas placas continentais,
a Placa do Pacífico e a Placa Norte-americana. Por conta deste encontro, e do
atrito entre as mesmas, existe a possibilidade real de terremotos, na verdade,
o efeito de simples acomodações entre as duas massas. Já ocorreram grandes
sismos na região, sendo o mais famoso o de 1906, que deixou três mil mortos em
São Francisco.
No filme atual, o cientista Lawrence (Paul Giamatti), da
CalTech, desenvolve um novo tipo de pesquisa de prevenção de terremotos.
Desacreditado até então, ele parece estar tendo resultados, embora ninguém dê
muita atenção aos seus avisos.
Enquanto isso, o piloto de helicóptero Ray (Dwayne Johnson)
vive em sua rotina de salvamentos de acidentados, enquanto passa pelo drama da
separação, já que a ex-mulher Emma (Carla Gugino) está se mudando para viver
com o milionário Daniel Riddick (Ioan Gruffudd, o Sr Fantástico do Quarteto
Fantástico), enquanto a filha Blake (Alexandra Daddario) segue para a
universidade.
É quando um gigantesco terremoto, mais impactante que
qualquer outro na história, abala São Francisco, envolvendo todos os
personagens. Ray, então, faz o que parece impossível, encontrar e proteger sua
família, mesmo que para isso tenha que percorrer todo o detonado estado da
Califórnia.
O mais interessante é que o protagonista, colocando sua
família acima de tudo, usa um helicóptero do governo para fins pessoais, rouba
um carro e uma lancha, e esquece totalmente os seus deveres como bombeiro, que
seria ajudar a comunidade. A filha, Blake, também não tem escrúpulos de saquear
uma loja e até um carro de bombeiros tendo como justificativa a sua
sobrevivência...
O filme tem efeitos especiais impressionantes, e várias
situações onde o espectador fica realmente envolvido com a emoção do momento. O
elenco não tem muito trabalho, embora mereça destaque a atuação de Paul Giamatti,
que mesmo baixinho, gordinho e sem grandes atrativos físicos, consegue
convencer como protagonista.
Obviamente, este é um daqueles filmes em que se deve
desligar o cérebro e curtir as situações mais absurdas e inverossímeis, tudo em
nome da diversão. Afinal de contas, este é o espírito imortal do
cinema-catástrofe!
Livros de cinema:
Cinema
de Novo: um balanço crítico da Retomada
O cinema nacional foi dado como morto no começo da década
de 1990. Mas, como aconteceu outras vezes em sua história, ele renasceu e
sobreviveu. Ao longo desses anos, a nova produção brasileira cresceu,
afirmou-se e atingiu certa estabilidade. A esse processo laborioso, por vezes
tenso e dolorido, deu-se o nome de “Retomada do cinema nacional”. Cinema de
Novo: um balanço crítico da Retomada busca apresentar uma primeira visão
analítica de um processo que desaguou em obras tão marcantes quanto “Terra
Estrangeira”, “Sábado”, “O Invasor” e “Cidade de Deus”, para citar apenas
alguns. No texto, o autor discute as tendências desta novíssima cinematografia
que nasce da carência e das cinzas de um momento negro de nossa história
recente, e se afirma com teimosia. Constata que, dentro da diversidade apontada
como marca da produção contemporânea, algumas linhas de força comuns se
esboçam. Tão diferentes entre si, esses filmes discutem a relação do país com a
sua história e com a recorrente questão da identidade nacional. 256 p – Editora
Estação Liberdade.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Sniper
Americano”
Adaptado do livro American Sniper: The Autobiography of the
Most Lethal Sniper in U.S. Militar History, este filme conta a história real de
Chris Kyle (Bradley Cooper), um atirador de elite das forças especiais da
marinha americana. Como muitos americanos o fizeram, após o ataque terrorista
às Torres Gêmeas de Nova York, Kyle alistou-se nos SEALs, e serviu em quatro
temporadas na invasão do Iraque. Durante cerca de dez anos, ele matou mais de
150 pessoas, tendo recebido diversas condecorações por sua atuação. Porém, esta
eficiência como executor aos poucos ameaça transformá-lo em algo que ele não
quer, uma pessoa sem humanidade. Bradley Cooper recebeu uma indicação ao Oscar
de Melhor Ator por este filme. A direção é de Clint Eastwood. O disco traz o
filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “American
Sniper”)
“Corações
de Ferro”
Durante os meses finais da Segunda Guerra Mundial, um grupo
de cinco soldados americanos que opera um tanque de guerra é encarregado de uma
missão no coração da própria Alemanha. O grupo, liderado pelo dedicado sargento
Wardaddy (Brad Pitt), luta ferozmente para manter-se vivo, embora embrutecidos
por uma guerra selvagem, que transforma homens em animais. O novato Norman
(Logan Lerman) vê tudo isso horrorizado, pois não consegue conceber que seres
humanos possam agir assim. Quando se veem encurralados por uma unidade de elite
alemã, e apesar de estarem em número inferior, eles precisam lutar com todas as
forças para sobreviver. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Fury”)
“Annie”
Annie (Quvenzhané Wallis) é uma jovem órfã que vive em um
orfanato comandado com mão de ferro pela senhora Hannigan (Cameron Diaz). Sua
vida muda ao ser escolhida para passar alguns dias na mansão de um milionário
político (Jamie Foxx), onde acaba fazendo amizade com seus funcionários e sendo
usada para fins eleitoreiros. O livro de Thomas Meehan já foi
adaptado anteriormente para o cinema em Annie (1982) e, para a TV americana, em
Annie (1999). Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby
Digital. (T. O.: “Annie”)
“Nós Que
Aqui Estamos Por Vós Esperamos”
“Nós Que Aqui Estamos Por Vós Esperamos” é um filme-memória
do século XX, a partir de recortes biográficos de pequenos e grandes
personagens que por aqui passaram. 95% das imagens são de arquivo: filmes
antigos, fotos e material da TV. Não há locução, nem depoimentos orais. A
sonorização é toda música de Wim Mertens, efeitos sonoros e silêncio. O filme
ganhou 17 prêmios nacionais e internacionais e ficou oito meses em cartaz em SP
e Rio. O disco tem como extras Um Minuto
na Vida de André e Liza, Um Pouco Mais, Um Pouco Menos, vídeos documentários
das exposições: Adote um satélite / TVs Esculturas, Totens domésticos / TVs Esculturas, e Volto
Logo Favor Aguardar / Mapas Esculturas (T. O.: “Nós Que Aqui Estamos Por Vós
Esperamos”)
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