Newton Ramalho
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O que está em cartaz
A
divulgação do balanço da Petrobras foi no aniversário da colonização – será
coincidência? Enquanto isso, nas salas de cinema, as estreias da semana são a
ficção-científica “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”, e o esperado documentário
“Cássia Eller”. No final de semana teremos a reexibição da animação
“Enrolados”, e o clássico “Perfume de Mulher”, com Al Pacino. Continuam em
cartaz a ficção-científica “Chappie” (vejam a resenha na seção Filme da Semana),
“Velozes e Furiosos 7”, “Cada um na Sua Casa”, “Cinderela”, e “A Série
Divergente: Insurgente”. Nas programações exclusivas, o Moviecom exibe “Branco
Sai, Preto Fica”, enquanto o Natal Shopping mantém “Não Olhe Para Trás”.
Estreia 1: “Os Vingadores 2: A Era de Ultron”
Quando Tony Stark (Robert Downey Jr) tenta
alavancar um programa de paz virtual, as coisas dão errado, e os maiores heróis
da Terra, incluindo: Homem de Ferro, Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris
Hemsworth), o Incrível Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e
Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), enfrentam um teste derradeiro enquanto o
destino do planeta está em jogo. A equipe deve voltar a reunir-se para derrotar
Ultron (voz de James Spader), um vilão tecnológico disposto a provocar a
extinção humana. Pelo caminho, enfrentarão dois poderosos seres, a Feiticeira
Escarlate (Elizabeth Olsen) e o Mercúrio (Aaron Johnson) e conhecerão um velho
amigo numa nova forma quando J.A.R.V.I.S se tornar o Visão (Paul Bettany). A direção
é de Joss Whedon. “Os Vingadores 2: A Era de Ultron” está em exibição nas Salas
4, 6 e 7 do Moviecom, Salas 2, 6 e 7 do
Cinemark, Salas 1, 2 e 5 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T. O.:
“The Avengers: Age of Ultron”)
Estreia 2: “Cássia Eller”
Cássia Rejane Eller. Cássia Eller. Cássia. Uma
poderosa força inquieta no palco, a timidez em pessoa fora dele. Um dos grandes
nomes da música brasileira, Cássia Eller marcou a década de 1990 e chocou o
país com sua morte precoce, em 2001. Um filme sobre a cantora, a mãe, a mulher
que expôs sua vida pessoal e rompeu barreiras, deixando um belo legado social e
artístico. Ganhador do prêmio do público de melhor documentário na 38ª Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo. A direção é de Paulo Henrique Fontenelle.
“Cássia Eller” está em exibição na Sala 3 do Natal Shopping. Classificação
indicativa 14 anos. Nacional. (T. O.: “Cássia Eller”)
Clássicos Cinemark: “Perfume de Mulher”
Frank Slade (Al Pacino), um tenente-coronel
cego, viaja para Nova York com Charlie Simms (Chris O'Donnell), um jovem
acompanhante, com quem resolve ter um final de semana inesquecível antes de
morrer. Porém, na viagem ele começa a se interessar pelos problemas do jovem,
esquecendo um pouco sua amarga infelicidade. “Perfume
de Mulher” é a refilmagem de um filme italiano de mesmo nome, lançado em 1974,
dirigido por Dino Risi e estrelado por Vittorio Gassman. A direção é de Martin
Brest. “Perfume de Mulher” será exibido na Sala 5 do Cinemark, na quarta-feira
às 22h35.
Classificação indicativa livre. (T. O.: “Scent of a Woman”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Enrolados”
Flynn Ryder (Zachary Levi/Luciano Huck) é o
bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga, ele se
esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel (Mandy Moore), uma jovem prestes a
completar 18 anos que tem um enorme cabelo dourado, de 21 metros de
comprimento. Rapunzel deseja deixar seu confinamento na torre para ver as luzes
que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para tanto, faz um acordo com
Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha roubado.
Só que a mamãe Gothel (Donna Murphy), que manteve Rapunzel na torre durante
toda a sua vida, não quer que ela deixe o local de jeito nenhum. “Enrolados”
será exibido na Sala 7 do Cinemark no sábado e domingo
às 11h30.
Classificação indicativa livre. Cópia dublada. Exibição em 3D. (T. O.: “Tangled”)
Filme da Semana: “Chappie”
O diretor sul-africano Neill
Blomkamp já havia surpreendido o mundo em 2009, ao lançar o filme “Distrito 9”,
onde mesclava ficção-científica com os contrastes sociais de seu país, em uma
mistura ousada e sem concessões. Agora, Blomkamp repete a dose com “Chappie”,
um filme que certamente irá dividir opiniões.
Em um futuro próximo, encontramos
uma Johanesburgo à beira de uma guerra civil, onde são cometidos 300 homicídios
por dia. A solução encontrada foi a utilização de robôs policiais para proteger
os humanos, ao enfrentar as quadrilhas altamente armadas.
O gênio por trás desses robôs era
Deon (Dev Patel), um jovem cientista pouco ligado a questões comerciais, que
sonhava desenvolver um sistema operacional semelhante à mente humana, capaz de
sentir emoções e aprender coisas novas – ou seja, uma consciência. Mas, seu
idealismo esbarra no senso prático da presidente da companhia, Michelle Bradley
(Sigourney Weaver).
Quem também detesta Deon é o colega
Vincent (Hugh Jackman), que tem um projeto concorrente sempre deixado de lado
por causa do custo.
Do outro lado da lei, o pequeno
bando formado por Ninja (Ninja Visser), Yo-Landi (Yo-Landi Visser) e Amerika
(Jose Pablo Cantillo) está em graves apuros por ter perdido uma carga de drogas
pertencente a outro chefão do crime, Hippo (Brandon Auret). Hippo dá a Ninja
uma semana para que consiga sete milhões de rands.
Desesperado, Ninja procura uma
solução, pois é praticamente impossível combater os policiais-robôs. É aí que
surge a ideia de sequestrar o engenheiro que projetou os robôs, e forçá-lo a
desligá-los.
Deon tem os seus próprios problemas
para solucionar. Embora tenha conseguido desenvolver o sistema operacional da
consciência autônoma, ele não consegue autorização para testar em um protótipo.
Decidido, ele rouba um dos robôs que estava destinado à sucata, e o leva
consigo.
O problema é que, no caminho, ele próprio é sequestrado por Ninja. No
esconderijo do grupo, ele explica que é impossível desativar os robôs, e que o
seu projeto é fazer uma máquina que aprenda as coisas. Ninja fica interessado
pelo projeto e assim nasce Chappie.
Quando é despertado, Chappie nada
sabe, e comporta-se como uma criança. Enquanto Deon tenta ensinar-lhe bons
valores, Ninja o leva pelo caminho do crime, ensinando a usar armas brancas e a
roubar carros.
Vincent, por sua vez, rouba uma
chave que permite penetrar no sistema operacional dos robôs-policiais,
desativando-os todos, para que a sua máquina seja a única disponível. A batalha
final ocorre quando todos esses personagens se encontram, e nada será como era
antes.
É possível que muita gente saia do
cinema detestando “Chappie”. Geralmente os filmes de ficção-científica são
assépticos e brilhantes como um carro zero quilômetro. Por sua vez, os
personagens de Hollywood são praticamente comerciais vivos de pasta de dente ou
margarina. Bem, “Chappie” não tem nada disso.
Como já havia feito em “Distrito
9”, Blomkamp traz um mundo sujo, poeirento, e decadente, com personagens que
parecem saídos de um baile funk de Halloween. Até o bonitão Hugh Jackman
aparece com um corte de cabelo estilo “cuia” – aquele em que botava uma cuia na
cabeça do cidadão e cortava as beiradas.
Nada disso, porém, desmerece o
filme, principalmente o personagem principal, o robô Chappie, dublado pelo ator
favorito de Blomkamp, Sharlto Copley. Chappie torna-se muito divertido pelas
dificuldades em sua “aprendizagem”, e pelas confusões que apronta
inocentemente.
O que é mais interessante do filme
é mensagem sobre os valores pessoais. Poucas pessoas associaram este filme com
algo que o também sul-africano Nelson Mandela falou: "Ninguém nasce
odiando outra pessoa devido a cor de sua pele, a sua origem ou ainda a sua
religião. Para odiar, é preciso aprender. E, se podem aprender a odiar, as
pessoas também podem aprender a amar".
Esta é a bela mensagem embutida em
“Chappie”, que mostra que ainda existe esperança para um mundo tão mergulhado
no ódio.
Título original: "Chappie"
Livros de
cinema:
A Força Está Com Você
Stephen Simon, um dos mais
aclamados produtores de Hollywood, responsável por levar às telas os filmes
"Em algum lugar do Passado" e "Amor Além da Vida", lança
luz neste livro sobre um gênero cada vez mais notado na indústria do cinema:
roteiros que se prepõem a explorar questões fundamentais da natureza humana com
um olhar que extravasa o entretenimento e convida a reflexão, inspira e cativa.
Citando mais de 70 filmes, clássicos como “2001: Uma Odisséia no Espaço” e
fenômenos como “Matrix”, o autor faz uma análise dessa nova categoria e do
alcance da mensagem cinematográfica. 280
p – Editora Best Seller.
Lançamentos
em DVD/Blu-Ray:
“Uma Noite
no Museu 3: O Segredo da Tumba”
O segurança Larry Daley (Ben Stiller) segue com seu
inusitado trabalho no Museu de História Natural de Nova York. Determinado dia,
descobre que a peça que faz os objetos do museu ganharem vida está sofrendo um
processo de deteriorização. Com isso, todos dos amigos de Larry correm o risco
de não ganharem mais vida. Para tentar salvar a turma, ele vai para Londres
pedir a orientação do faraó (Ben Kingsley) que está em exposição no famoso Museu
Britânico. Última aparição de Robin William e Mickey Rooney. O disco traz o
filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T.
O.: “Night at the Museum 3: Secret of the Tomb”)
“Grandes
Olhos”
O drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane
(Amy Adams), uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950
graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores.
Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no
tribunal, já que o também pintor Walter Keane (Christoph Waltz) afirmava ser o
verdadeiro autor de suas obras. O disco traz o filme com tela widescreen
anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Big Eyes”)
“A Família
Bélier”
Paula (Louane Emera) é uma adolescente francesa que
enfrenta todas as questões comuns de sua idade: o primeiro amor, os problemas
na escola, as brigas com os pais... Mas, a sua família tem algo diferente: seu
pai (François Damiens), sua mãe (Karin Viard) e o irmão são surdos e mudos. É
Paula quem administra a fazenda familiar, e que traduz a linguagem de sinais
nas conversas com os vizinhos. Um dia, ela descobre ter o talento para o canto,
podendo integrar uma escola prestigiosa em Paris. Mas, como abandonar os pais e
os irmãos? Filme com formato de tela
widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “La Famille Bélier”)
“Relatos
Selvagens”
Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens
deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie.
Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de
um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um
lugar fora de controle. Representante da Argentina ao Oscar 2015 na categoria de
Melhor Filme Estrangeiro, foi um dos finalistas da premiação. Filme com formato
de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Relatos
Salvajes”)