Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Ano Novo, vida nova, o velho chavão continua verdadeiro, desde que
sempre mantenhamos o espírito de constante autorrenovação. Enquanto isso, nos
cinemas, a grande estreia da semana é a aventura “Uma Noite no Museu 3 – O
Segredo da Tumba”, com Ben Stiller. Neste final de semana teremos também a
pré-estreia da comédia nacional “Loucas Pra Casar”, com Ingrid Guimarães e
Márcio Garcia, e o infantil “Tinker Bell – O Segredo das Fadas”. Continuam em cartaz
o épico “Êxodo: Deuses e Reis”, a animação “Operação Big Hero”, a comédia
nacional “Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel”, e a aventura “O
Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”. Nas programações exclusivas o Cinemark
exibe a comédia nacional “A Noite da
Virada”, enquanto o Moviecom mantém o terror “Ouija – O Jogo dos Espíritos”. Na
seção Especial, Retrospectiva do cinema em 2014.
Estreia 1: “Uma Noite no Museu 3 – O Segredo da Tumba”
O
segurança Larry Daley (Ben Stiller) segue com seu inusitado trabalho no Museu
de História Natural de Nova York. Determinado dia, descobre que a peça que faz
os objetos do museu ganharem vida está sofrendo um processo de danificação. Com
isso, todos dos amigos de Larry correm o risco de não ganharem mais vida. Para
tentar salvar a turma, ele vai para Londres pedir a orientação do faraó (Ben
Kingsley) que está em exposição no museu local. A direção é de Shawn Levy.
Terceiro filme da franquia. Os anteriores foram “Uma Noite no Museu” e “Uma
Noite no Museu 2”. Este também é o último filme de Robin Williams e Mickey
Rooney, a quem o filme é dedicado. “Uma Noite no Museu 3 – O Segredo da Tumba”
está em exibição na Sala 7 do Moviecom, nas
Salas 4 e 6 do Cinemark, Salas 4, 5 e 6 do Natal Shopping, e Salas 3 e 5 do Partage
Norte Shopping. Classificação indicativa livre.
Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Night
at the Museum 3: Secret of the Tomb”)
Pré-Estreia:
“Loucas Pra Casar”
Malu
(Ingrid Guimarães) tem 40 anos e trabalha como secretária de Samuel (Márcio Garcia),
o homem de sua vida. Apesar de estarem namorando há três anos, não há o menor
indício de que um pedido de casamento esteja por vir. Um dia, Malu percebe que
faltam algumas camisinhas no estoque pessoal de Samuel e logo deduz que ele tem
uma amante. Após contratar um detetive particular, logo descobre que há mais
duas mulheres na vida de Samuel: a dançarina de boate Lúcia (Suzana Pires) e a
fanática religiosa Maria (Tatá Werneck). É claro que as três irão disputar a
preferência do amado. A direção é de Roberto Santucci. “Loucas Pra Casar” está
em exibição na Sala 5 do Cinemark, Sala 4 do Natal Shopping,
e Sala 3 do Partage Norte Shopping. Classificação
indicativa 14 anos. (T. O.: “Loucas Pra Casar”)
O Maravilhoso Mundo da Disney: “Tinker Bell - O Segredo das Fadas ”
Tinker
Bell, também conhecida como Sininho, é uma fada do verão que habita o Vale das
Fadas. Curiosa e arteira, ela decide quebrar uma importante regra e vai parar
no Bosque do Inverno. Lá, ela não pode voar porque está agasalhada e quando
buscava entender a razão de suas asas terem um brilho especial, acaba
conhecendo uma fada do inverno que tem o mesmo "poder". Com a ajuda
do Guardião, um sábio local, elas descobrirão um importante segredo que mudará
para sempre as suas vidas, mas também colocarão em risco o dia a dia de outros
seres de toda a região. “Tinker Bell – O
Segredo das Fadas” será exibido na Sala 6 do Cinemark no
sábado e domingo às 11h10.
Classificação indicativa livre. Cópia
dublada. (T. O.: “Tinker Bell: Secret of the Wings”)
Retrospectiva 2014
Gosto
é único e pessoal. Este conceito simples, que se aplica a time de futebol,
modelo de calcinha, comida favorita, e até candidato a presidente, também
influencia a opinião do espectador de cinema. Por isso, nenhuma lista dos “melhores
do ano” será idêntica, e corro o risco de ser apontado como sacrílego ao dizer
que detestei “Pulp Fiction” e a maioria das comédias americanas e brasileiras.
Dito
isto, podemos adentrar o assunto escolhido, a minha visão do que foi o cinema
em 2014. Poderíamos dizer, sem sombra de dúvida que este foi o ano da fantasia,
ficção-científica e de heróis de quadrinhos, embora muitos dramas
surpreendessem também.
Entre
estes últimos, “A Culpa é das Estrelas”, baseado no livro homônimo de John
Green foi um dos mais lembrados, dado a tocar em temas como o câncer na
juventude e o despertar da sexualidade, tudo numa linguagem próxima da
juventude. “12 Anos de Escravidão”, o grande vencedor do Oscar, trouxe uma
história real, que toca em uma ferida que continua aberta até os dias de hoje.
O
cinema nacional trouxe dois títulos interessantes, “Boa Sorte”, com Deborah
Secco, sobre a relação de amor entre um jovem drogado e uma soropositiva, e
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, que trata de homossexualidade e deficiência
visual.
Numa
visão mais extremada, “O Lobo de Wall Street” trouxe a biografia de vigarista
da bolsa de valores americana com um Leonardo DiCaprio inspirado, enquanto Lars
Von Trier, polêmico como sempre, lançou “Ninfomaníaca” em duas partes, onde
explora a sexualidade de uma mulher da adolescência à meia-idade.
Correndo
por fora, e candidatíssimo ao Oscar 2015, está “Boyhood – Da Infância à
Juventude”, que tem como principal atrativo o fato de ter sido rodado em 12
anos, com os mesmos atores, retratando o crescimento do personagem principal.
No
gênero animação, tivemos as habituais continuações, como “Rio 2”, “Aviões 2:
Heróis do Fogo ao Resgate”, e “Como Treinar o Seu Dragão 2”, que sempre
levantam reclamações quanto a ser inferior ao original. Contudo, não há dúvidas
quanto à qualidade de “Frozen – Uma Aventura Congelante”, dos Estúdios Disney,
embora os saudosistas tenham amado a versão cinematográfica de “Os Cavaleiros
do Zodíaco – A Lenda do Santuário”.
Alguns
títulos não atingem grande público, mas não deixam de ser surpreendentes, como
“O Congresso Futurista”, onde Robin Wright vive uma situação confusa, quando é
obrigada a vender a própria imagem, a surpreendente “Aventura Lego”, onde os
simpáticos bonequinhos vivem grandes aventuras, ou o maravilhoso “Vidas ao
Vento”, do japonês Hayao Miyazaki, ganhador do Oscar com “A Viagem de Chihiro”.
No
gênero fantasia, indiscutivelmente “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”
manteve o nível de excelência de Peter Jackson da saga Senhor dos Anéis.
Contudo, a melhor adaptação de contos de fadas foi “Malévola”, não apenas pela
atuação fantástica de Angelina Jolie, como pela habilidade em recontar uma
história conhecidíssima de uma maneira diferente e verossímil.
Nas
adaptações de quadrinhos, o campeão indiscutível foi “Guardiões da Galáxia”,
unindo ação e humor, além de efeitos especiais prodigiosos. Correndo atrás veio
“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, que conseguiu revigorar uma série de
muitas sequências. Ainda neste segmento, destacaram-se “Capitão América 2: O
Soldado Invernal”, que conseguiu ser melhor que o filme original, “O
Espetacular Homem-Aranha 2”, e a versão de “Robocop”, dirigida pelo brasileiro
José Padilha.
Mas,
o ano foi mesmo da ficção-científica. No topo da lista, “Interestelar”, de
Christopher Nolan, fez uma belíssima homenagem a “2001: Uma Odisséia no
Espaço”, e conseguiu a façanha de provocar o público com conceitos de física
quântica e relatividade. Tivemos “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1”,
penúltima parte da saga, “Maze Runner: Correr ou Morrer”, “O Doador de
Memórias”, “Transcendence”, “Sob a Pele” e “Lucy”, os dois últimos estrelados
pela prodigiosa Scarlet Johansson.
Embora
o cinema continue prestigiando os objetivos comerciais, com seguidas
continuações, blockbusters e comédias sem graça, a Sétima Arte mantém sua aura
de encanto ao despertar a imaginação das pessoas, transportando-as para um
universo paralelo.
Esperemos
que 2015, e os anos vindouros continuem a prodigalizar novas produções, de boa
qualidade, ajudando a criar as futuras gerações de cinéfilos. Um maravilhoso
Ano Novo para todos!
Livros de cinema:
Cine Bijou
No
momento em que a praça Roosevelt é devolvida aos paulistanos, a Cosac Naify e
as Edições SESC SP nos brindam com a publicação de “Cine Bijou”, escrito pelo
jornalista Marcelo Coelho. O papel principal cabe ao Cine Bijou, um pequeno
cinema especializado em filmes de vanguarda que funcionou na Roosevelt de 1962
a 1996, frequentado por estudantes, intelectuais, artistas, militantes de
esquerda - e por Marcelo Coelho, em seus quinze, dezesseis anos. O autor nos
apresenta, por meio de um texto memorialístico, de cunho assumidamente
autobiográfico, suas experiências no cinema, único onde conseguia assistir a
filmes proibidos para menores de dezoito anos - embora muitas vezes ele mesmo
não entendesse nada do que se passava na tela. À censura etária somavam-se
ainda as proibições que atingiam também os adultos, em tempos de ditadura
militar. 64 p – Editora Cosac & Naify.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Vidas ao Vento”
A animação conta a vida do designer
de aviões Jiro Horikoshi e os principais acontecimentos históricos que afetaram
sua trajetória. O jovem Jiro sonha em voar e desenhar lindos aviões, inspirado
pelo designer aeronáutico italiano Caproni. Não podendo tornar-se piloto por
ter miopia desde a infância, Jiro entra na divisão de aviões de uma grande
empresa de engenharia japonesa em 1927. Ele conhece e se apaixona por Nanoko,
disfruta de sua amizade com o colega Honjo e traz grandes inovações para o
mundo da aviação. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio
em Dolby Digital. (T. O.: “Kaze Tachinu”)
“Ponyo - Uma Amizade Que Veio do Mar”
Sosuke (Hiroki Doi) é um garoto de
cinco anos que mora em um penhasco, com vista para o Mar Interior. Um dia, ao
brincar na praia, encontra Ponyo (Yuria Nara), uma peixinho dourado cuja cabeça
está presa em um pote de geleia. Ele salva a peixinho e a coloca em um balde
verde. Trata-se de amor à primeira vista, já que Sosuke promete que irá cuidar
dela. Só que Fujimoto (Jôji Tokoro), que um dia foi humano e hoje é feiticeiro
no fundo do mar, exige que Ponyo retorne às profundezas do oceano. Para ficar
ao lado de Sosuke, Ponyo toma a decisão de tornar-se humana. Filme com formato
de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Gake no ue no
Ponyo”)
“O Mundo dos Pequeninos”
Nos subúrbios de Tóquio, sob o
assoalho de uma casa velha, Arrietty (Saoirse Ronan) vive em seu minúsculo
mundo com a família, fazendo de tudo para manter em segredo a existência de
todos. Sobrevivendo como pequenos ladrões, eles conhecem as regras para que
nunca sejam percebidos pelos verdadeiros - e grandes - donos da casa. Para
isso, procuram manter a desconfiança deles em cima dos gatos e ratos e tomam
todos os cuidados possíveis para evitar serem vistos. Contudo, quando um jovem
rapaz se hospeda na casa, a pequenina Arietty acredita que poderá manter uma
amizade com ele, apesar da diferença dos tamanhos. O disco traz o filme com
formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital. (T. O.: “Kari-gurashi
no Arietti”)
“O Castelo Animado”
Sofia é uma jovem de 18 anos que
trabalha na chapelaria de seu pai. Em uma de suas raras idas à cidade ela
conhece Hauru, um mágico bastante sedutor mas de caráter duvidoso. Ao confundir
a relação existente entre eles, uma feiticeira lança sobre Sofia uma maldição
que faz com que ela tenha 90 anos. Desesperada, Sofia foge e termina por
encontrar o Castelo Animado de Hauru. Escondendo sua identidade, ela consegue
ser contratada para realizar serviços domésticos no local, se envolvendo com os
demais moradores do castelo. Filme com formato de tela standard e Áudio em Dolby
Digital 2.0. (T. O.: “Hauru no ugoku shiro”)
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