quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Coluna Claquete – 12 de setembro de 2014

 

 

Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete

 

 

O que está em cartaz

Embora estejam ocorrendo coisas muito mais graves mundo afora, é lastimável os atentados no Chile, mais uma dor para um povo tão sofrido. Enquanto isso, nos cinemas, as estreias são a ficção “O Doador de Memórias”, o episódico “Rio, Eu Te Amo”, a animação “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário”, o drama “Deus Não Está Morto”, a aventura “Winter, o Golfinho 2”, e “A Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis”. Teremos também a reexibição do clássico “A Felicidade Não Se Compra”, de Frank Capra. Continuam em cartaz a aventura “Hércules”, o drama “Se Eu Ficar” (vejam na seção Filmes da Semana), a comédia “Anjos da Lei 2”, a ficção “Lucy”, com Scarlett Johansson, a ação “Os Mercenários 3”, e a aventura “As Tartarugas Ninja”. Nas programações exclusivas o Moviecom exibe a aventura “No Olho do Tornado”, enquanto o Cinemark mantém “Os Homens São de Marte... E É Prá Lá Que Eu Vou”.

Estreia 1: “O Doador de Memórias”


Uma pequena comunidade vive em um mundo aparentemente ideal, sem doenças nem guerras, mas também sem sentimentos ou emoções. Para que isto seja possível, uma pessoa da comunidade é escolhida para armazenar estas memórias, de formar a poupar os demais habitantes do sofrimento, e também para guiá-los com sua sabedoria. De tempos em tempos esta tarefa muda de mãos e agora cabe a um jovem (Brenton Thwaites), que precisa passar por um duro treinamento, sob os cuidados do seu antecessor (Jeff Bridges),  para provar que é digno desta tarefa. Tudo isso acontece sob a rigorosa atenção da líder (Meryl Streep). Adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome, escrito por Lois Lowry e publicado nos Estados Unidos em 1993. A direção é de Phillip Noyce. “O Doador de Memórias” está em exibição na Sala 7 do Moviecom, Sala 2 do Cinemark, Sala 3 do Natal Shopping, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Giver”)

 

Estreia 2: “Rio, Eu Te Amo”


Novo episódio da série de filmes Cidades do Amor, “Rio, Eu Te Amo” reúne dez curtas de dez diretores brasileiros e internacionais. Cada uma das histórias revela um bairro e uma característica marcante da Cidade Maravilhosa: “Dona Fulana”, por Andrucha Waddington, “La Fortuna”, por Paolo Sorrentino, “A Musa”, por Fernando Meirelles e Cesar Charlone, “Acho que Estou Apaixonado”, por Stephan Elliott, “Quando Não Há Mais Amor”, por John Turturro, “Texas”, por Guillermo Arriaga, “O Vampiro do Rio”, por Im Sang Soo, “Pas de Deux”, por Carlos Saldanha, “O Milagre”, por Nadine Labaki, “Inútil Paisagem”, por José Padilha. Fernanda Montenegro, Rodrigo Santoro, Vincent Cassel, Jason Isaacs, Cláudia Abreu, John Turturro, Emily Mortimer, Marcelo Serrado, Harvey Keitel e Vanessa Paradis são algumas das celebridades que dão vida a personagens que vivem histórias surpreendentes nos principais lugares da Cidade Maravilhosa. A série Cidades do Amor já suscitou os magníficos “Paris, Je t’Aime” e “New York, I Love You”. “Rio, Eu Te Amo” está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Sala 5 do Cinemark, Salas 4 e 5 do Natal Shopping, e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Rio, Eu Te Amo”)

 

Estreia 3: “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário”


Em uma remota era mitológica, haviam os defensores de Atena. Quando as forças do mal ameaçavam o mundo, eles apareciam. Atualmente, após um longo período de guerra, uma mulher, preocupada devido aos misteriosos poderes que possui, é inesperadamente atacada e salva pelo Cavaleiro de Bronze Seiya. Então Saori começa a entender seu destino e, junto com Seiya e seus companheiros Cavaleiros de Bronze, decidem se dirigir ao Santuário. Lá, porém, além de enfrentar as armadilhas do Mestre do Santuário, terão que lidar com os mais poderosos dos Cavaleiros, os orgulhosos Cavaleiros de Ouro. Este é o sexto filme de Os Cavaleiros do Zodíaco, e o primeiro de uma nova série totalmente em CG. A versão brasileira do filme foi produzida na Dubrasil, estúdio responsável pela dublagem da série desde 2008. O elenco original dos dubladores foi mantido. “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário” está em exibição na Sala 6 do Moviecom, Sala 1 do Cinemark, Sala 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Norte Shopping. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “Saint Seiya: Legend of Sanctuary”)

 

Estreia 4: “Winter, o Golfinho 2”


Depois de sobreviver graças a uma prótese na cauda em Winter, o Golfinho (2011), a sequência mostra o personagem lutando para não ser transferido para um novo aquário após a morte de sua mãe. De acordo com as regras locais, nenhum golfinho pode permanecer sozinho no tanque, precisando do contato com outros golfinhos. Enquanto isso, Winter faz um novo amigo, chamado Hope. A direção é de Charles Martin Smith. “Winter, o Golfinho 2” está em exibição na Sala 5 do Norte Shopping. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas. (T. O.: “Dolphin Tale 2”)

 

Estreia 5: “Deus Não Está Morto”


Quando o jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um arrogante professor de filosofia (Kevin Sorbo) que não acredita em Deus. O aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para justificar o seu ponto de vista - até se afastar das pessoas mais importantes para eles. A direção é de Harold Cronk. “Deus Não Está Morto” está em exibição na Sala 2 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “God's Not Dead”)

 

Estreia 6: “A Felicidade Não Se Compra”


Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas, tantas pessoas oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de ideia, demonstrando sua importância através de flashbacks. Indicado para cinco categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme, Ator e Diretor. Frank Capra ganhou o Globo de Ouro de Melhor Diretor. “A Felicidade Não Se Compra” será exibido na Sala 3 do Cinemark no sábado às 23h55m, domingo às 12h30m, e na quarta-feira, às 19h30. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “It's a Wonderful Life”)

 

Estreia 7: “Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis”


A Turma da Mônica é convidada por Franjinha para ver um filme numa sala reservada para eles, porém apenas Cebolinha e Cascão chegam no horário combinado e entram para ver o longa. No meio da sessão a Mônica chega e diz que Magali não pôde vir porque estava com catapora. O filme que eles irão assistir contam apenas histórias relacionadas ao Cebolinha, são elas: 01. O Plano Hipnótico 02. O Sumiço da Jujuba 03. Um Plano Levemente Infalível 04. Álbum de Fotografias 05. Diga o Que Eu Digo, Faça o Que Eu Faço 06. Cor de Rosa 07. O Dia em Que o Cebolinha Desistiu dos Planos Infalíveis  A direção é de Maurício de Sousa. “Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis” será exibido na Sala 3 do Natal Shopping, e Sala 6 do Norte Shopping, ambas no sábado às 11h00. Classificação indicativa livre. (T. O.: “Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis”)

 

 

Filmes da semana: “Hércules” e “Se Eu Ficar”

Esta semana quero falar de dois filmes interessantes, que quebraram a mesmice das produções hollywoodianas dos últimos tempos: o épico “Hércules”, com Dwayne Johnson no papel-título, e o drama “Se Eu Ficar”.
Meu desencanto com os filmes com o personagem mitológico Hércules vem de longe. Depois de ler vários livros com as aventuras do herói grego na minha infância, era obrigado a ver filmes italianos de segunda categoria onde fisiculturistas bombados viviam algumas ridículas aventuras que nada tinham a ver com a imagem que eu criara a partir da leitura.
O Hércules de Dwayne Johnson parecia ir pelo mesmo caminho, mostrando o herói vivendo como mercenário, ao lado de vários amigos, Autolycus (Rufus Sewell), Sitacles (Peter Mullan), Tydeus (Aksel Hennie), Atalanta (Ingrid Bolso Berdal) e Iolaus (Reece Ritchie), cada um com suas habilidades, vendendo serviço para quem pagasse melhor.
É com esse trabalho mercenário que Hércules e seus amigos são contratados por Ergenia (Rebecca Fergunson) para ajudar seu pai, o rei Cotys (John Hurt) a enfrentar o perigoso Rhesus (Tobias Santelmann), que promove uma guerra civil na Trácia.
Os heróis enfrentam o inimigo em batalhas com grandes perdas para ambos os lados, e enfim Rhesus é derrotado. É quando Hércules percebe que existe um plano maligno em andamento, e que envolve o passado trágico em que ele perdeu a mulher e os filhos no reino de Eurystheus (Joseph Fiennes).
O filme desconstrói a imagem do Hércules mítico, mostrando que ele só realizou os famosos Doze Trabalhos porque teve a ajuda dos companheiros, embora a história contada por Iolaus sempre o coloque como um personagem invencível.
O que poderia ser uma liberdade poética fajuta termina trazendo um aspecto interessante sobre o que é ser herói: afinal, o que vale mais, os fatos reais, ou a imagem que fica no imaginário popular? Isso vale tanto para os heróis quanto para os vilões. Mas, ao final, restará ao herói acreditar nele mesmo, para salvar sua vida, seus amigos e sua honra.
Independente das especulações levantadas, o filme é um bom entretenimento para os que gostam de filmes de ação, com os costumeiros exageros de sempre, como jogar um cavalo para o alto, ou derrubar uma estátua de várias toneladas, e para quem for assistir a versão 3D, foram filmadas muitas cenas em que as coisas se projetam na direção do espectador. Nos créditos finais, as imagens em animação mostram como foram realizados os perigosos Trabalhos.
O outro filme em foco é bem diferente. A personagem central, Mia Hall (Chlöe Grace Moretz), uma adolescente de 17 anos, julga-se uma estranha no ninho no seio de sua família, formada pelo pai, um ex-roqueiro convertido em professor (Josua Leonard), a mãe, uma ex-grupie sempre de alto astral (Mireille Enos), e o irmão caçula Teddy (Jakob Davies).
A família extremamente unida, e amante do rock, tem em Mia uma aspirante a violoncelista muito promissora, que ama as obras de Ludwig van Beethoven acima de tudo. Mia vive uma fase difícil, onde precisa escolher entre o namorado, Adam (Jamie Blackley), e a prestigiosa escola de música Julliard.
Se as coisas em vida já estão complicadas, ficam mais ainda quando Mia e a família sofrem um horrível acidente de carro onde apenas ela sobrevive, ficando em coma profundo.
Montado de uma forma muito bem feita, o filme inicia com o acidente, e vai mostrando, através de flashbacks, os acontecimentos da vida de Mia, que presencia tudo no seu estado pendente, entre a vida e a morte, e parece não ter motivos que justifiquem a sua permanência no mundo dos vivos.
Certamente quem professa o espiritismo irá reconhecer muitos elementos no filme, embora não haja nada muito explícito. Contudo, ficou muito crível o tormento e indecisão da protagonista, na dúvida entre a matéria e o espiritual.
O filme consegue, além da trama central, unir a paixão pela música em gêneros que parecem extremos, como o rock pesado e a doce música clássica, mostrando que ambos podem ser vigorosos e apaixonantes.
“Se Eu Ficar” é um drama leve, porém, interessante, que trata de um tema bastante discutido nos meios médico e espírita, o da vida suspensa, entre a vida e a morte, baseado no livro homônimo escrito por Gayle Forman. Recomendo, principalmente para os amantes da música, que certamente gostarão dessa saborosa combinação de mundos.


Livros de cinema:

Brasil em tempo de cinema

Produzido no calor da hora, Brasil em tempo de cinema, de Jean-Claude Bernardet é a análise ambiciosa de uma cinematografia às voltas com um país em rápida transformação. Em Brasil em tempo de cinema, Jean-Claude Bernardet faz a interpretação crítica dos filmes realizados no Brasil entre 1958 e 1966, época do surgimento e da consolidação do Cinema Novo. Mas sua reflexão não se limita ao movimento liderado por Glauber Rocha. Seu leque abrange desde a suposta sofisticação de um Walter Hugo Khouri até o suposto primitivismo de um José Mojica Marins. O autor se empenha em mostrar as conexões entre filmes aparentemente díspares e o modo como eles se relacionam com o país em transformação. 232 p – Editora Companhia das Letras.


Lançamentos em DVD/Blu-Ray:

“A Culpa É das Estrelas”

Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Fault In Our Stars”)

“Em Segredo”

Em Sarajevo vivem uma mãe e sua filha adolescente. A garota pensa ser filha de um herói de guerra desaparecido no conflito dos Balcãs, mas na verdade a mãe esconde dela o fato de ter sofrido abusos sexuais durante a guerra, época em que ela foi gerada. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Grbavica”)



“Amazônia”

Castanha (voz de Lúcio Mauro Filho) é um macaco prego, criado em cativeiro, que é liberado na Floresta Amazônica. Seguindo o ponto de vista do animal, o documentário revela os mistérios da fauna e da flora da região, destacando dificuldades enfrentadas pelo animal e ainda algumas amizades, como a com a macaca Gaia (Isabelle Drummond). O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Amazônia”)


“Anos Felizes”

Em Roma, nos anos 1970, o relacionamento entre o artista Guido e sua esposa Serena passa por dificuldades. Enquanto ele não esconde a atração cada vez maior por suas modelos, ela começa a pensar se não deveria também experimentar as paixões extraconjugais. Enquanto isso, os dois filhos do casal observam as brigas, os amores e as manipulações em família. Filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Anni Felici”)


Nenhum comentário: