Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Embora estejam ocorrendo coisas muito mais graves mundo afora, é
lastimável os atentados no Chile, mais uma dor para um povo tão sofrido. Enquanto
isso, nos cinemas, as estreias são a ficção “O Doador de Memórias”, o episódico
“Rio, Eu Te Amo”, a animação “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário”,
o drama “Deus Não Está Morto”, a aventura “Winter, o Golfinho 2”, e “A Turma da
Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis”. Teremos também a reexibição do
clássico “A Felicidade Não Se Compra”, de Frank Capra. Continuam em cartaz a
aventura “Hércules”, o drama “Se Eu Ficar”
(vejam na seção Filmes da Semana), a comédia “Anjos da Lei 2”, a ficção
“Lucy”, com Scarlett Johansson, a ação “Os Mercenários 3”, e a aventura “As
Tartarugas Ninja”. Nas programações exclusivas o Moviecom exibe a aventura “No
Olho do Tornado”, enquanto o Cinemark mantém “Os Homens São de Marte... E É Prá
Lá Que Eu Vou”.
Estreia 1: “O Doador de Memórias”
Uma
pequena comunidade vive em um mundo aparentemente ideal, sem doenças nem
guerras, mas também sem sentimentos ou emoções. Para que isto seja possível,
uma pessoa da comunidade é escolhida para armazenar estas memórias, de formar a
poupar os demais habitantes do sofrimento, e também para guiá-los com sua
sabedoria. De tempos em tempos esta tarefa muda de mãos e agora cabe a um jovem
(Brenton Thwaites), que precisa passar por um duro treinamento, sob os cuidados
do seu antecessor (Jeff Bridges), para
provar que é digno desta tarefa. Tudo isso acontece sob a rigorosa atenção da
líder (Meryl Streep). Adaptação cinematográfica do livro de mesmo nome, escrito
por Lois Lowry e publicado nos Estados Unidos em 1993. A direção é de Phillip
Noyce. “O Doador de Memórias” está em exibição na Sala 7 do Moviecom, Sala 2 do
Cinemark, Sala 3 do Natal Shopping, e Sala 6 do Norte Shopping. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas
e legendadas. (T. O.: “The Giver”)
Estreia 2: “Rio, Eu Te Amo”
Novo
episódio da série de filmes Cidades do Amor, “Rio, Eu Te Amo” reúne dez curtas
de dez diretores brasileiros e internacionais. Cada uma das histórias revela um
bairro e uma característica marcante da Cidade Maravilhosa: “Dona Fulana”, por
Andrucha Waddington, “La Fortuna”, por Paolo Sorrentino, “A Musa”, por Fernando
Meirelles e Cesar Charlone, “Acho que Estou Apaixonado”, por Stephan Elliott,
“Quando Não Há Mais Amor”, por John Turturro, “Texas”, por Guillermo Arriaga,
“O Vampiro do Rio”, por Im Sang Soo, “Pas de Deux”, por Carlos Saldanha, “O Milagre”,
por Nadine Labaki, “Inútil Paisagem”, por José Padilha. Fernanda Montenegro,
Rodrigo Santoro, Vincent Cassel, Jason Isaacs, Cláudia Abreu, John Turturro,
Emily Mortimer, Marcelo Serrado, Harvey Keitel e Vanessa Paradis são algumas
das celebridades que dão vida a personagens que vivem histórias surpreendentes
nos principais lugares da Cidade Maravilhosa. A série Cidades do Amor já
suscitou os magníficos “Paris, Je t’Aime” e “New York, I Love You”. “Rio, Eu Te
Amo” está em exibição na Sala 4 do Moviecom, Sala 5 do Cinemark, Salas 4 e 5 do
Natal Shopping, e Sala 4 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Rio, Eu Te Amo”)
Estreia 3: “Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário”
Em uma
remota era mitológica, haviam os defensores de Atena. Quando as forças do mal
ameaçavam o mundo, eles apareciam. Atualmente, após um longo período de guerra,
uma mulher, preocupada devido aos misteriosos poderes que possui, é
inesperadamente atacada e salva pelo Cavaleiro de Bronze Seiya. Então Saori
começa a entender seu destino e, junto com Seiya e seus companheiros Cavaleiros
de Bronze, decidem se dirigir ao Santuário. Lá, porém, além de enfrentar as
armadilhas do Mestre do Santuário, terão que lidar com os mais poderosos dos
Cavaleiros, os orgulhosos Cavaleiros de Ouro. Este é o sexto filme de Os
Cavaleiros do Zodíaco, e o primeiro de uma nova série totalmente em CG. A
versão brasileira do filme foi produzida na Dubrasil, estúdio responsável pela
dublagem da série desde 2008. O elenco original dos dubladores foi mantido. “Os
Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário” está em exibição na Sala 6 do
Moviecom, Sala 1 do Cinemark, Sala 6 do
Natal Shopping, e Sala 3 do Norte Shopping. Classificação indicativa dez anos. Cópias
dubladas. (T. O.: “Saint Seiya: Legend of Sanctuary”)
Estreia 4: “Winter, o Golfinho 2”
Depois de
sobreviver graças a uma prótese na cauda em Winter, o Golfinho (2011), a
sequência mostra o personagem lutando para não ser transferido para um novo
aquário após a morte de sua mãe. De acordo com as regras locais, nenhum
golfinho pode permanecer sozinho no tanque, precisando do contato com outros
golfinhos. Enquanto isso, Winter faz um novo amigo, chamado Hope. A direção é
de Charles Martin Smith. “Winter, o Golfinho 2” está em exibição na Sala 5 do Norte
Shopping. Classificação indicativa livre.
Cópias dubladas. (T. O.: “Dolphin Tale 2”)
Estreia 5: “Deus Não Está Morto”
Quando o
jovem Josh Wheaton (Shane Harper) entra na universidade, ele conhece um
arrogante professor de filosofia (Kevin Sorbo) que não acredita em Deus. O
aluno reafirma sua fé, e é desafiado pelo professor a comprovar a existência de
Deus. Começa uma batalha entre os dois homens, que estão dispostos a tudo para
justificar o seu ponto de vista - até se afastar das pessoas mais importantes
para eles. A direção é de Harold Cronk. “Deus Não Está Morto” está em exibição
na Sala 2 do Moviecom. Classificação
indicativa dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “God's Not Dead”)
Estreia 6: “A Felicidade Não Se Compra”
Em Bedford
Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou a todos,
pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry
Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região. Mas, tantas pessoas
oram por ele que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para
ganhar asas é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de ideia,
demonstrando sua importância através de flashbacks. Indicado para cinco
categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme, Ator e Diretor. Frank Capra ganhou
o Globo de Ouro de Melhor Diretor. “A Felicidade Não Se Compra” será exibido na
Sala 3 do Cinemark no sábado às 23h55m, domingo às
12h30m, e na quarta-feira, às 19h30.
Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “It's a Wonderful Life”)
Estreia 7: “Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis”
A Turma da
Mônica é convidada por Franjinha para ver um filme numa sala reservada para
eles, porém apenas Cebolinha e Cascão chegam no horário combinado e entram para
ver o longa. No meio da sessão a Mônica chega e diz que Magali não pôde vir
porque estava com catapora. O filme que eles irão assistir contam apenas
histórias relacionadas ao Cebolinha, são elas: 01. O Plano Hipnótico 02. O
Sumiço da Jujuba 03. Um Plano Levemente Infalível 04. Álbum de Fotografias 05.
Diga o Que Eu Digo, Faça o Que Eu Faço 06. Cor de Rosa 07. O Dia em Que o
Cebolinha Desistiu dos Planos Infalíveis A direção é de Maurício de Sousa. “Turma da
Mônica: Cinegibi 3 – Planos Infalíveis” será exibido na Sala 3 do Natal Shopping,
e Sala 6 do Norte Shopping, ambas no sábado às 11h00.
Classificação indicativa livre. (T. O.: “Turma da Mônica: Cinegibi 3 – Planos
Infalíveis”)
Filmes da semana: “Hércules” e “Se Eu Ficar”
Esta
semana quero falar de dois filmes interessantes, que quebraram a mesmice das
produções hollywoodianas dos últimos tempos: o épico “Hércules”, com Dwayne
Johnson no papel-título, e o drama “Se Eu Ficar”.
Meu
desencanto com os filmes com o personagem mitológico Hércules vem de longe.
Depois de ler vários livros com as aventuras do herói grego na minha infância,
era obrigado a ver filmes italianos de segunda categoria onde fisiculturistas
bombados viviam algumas ridículas aventuras que nada tinham a ver com a imagem
que eu criara a partir da leitura.
O
Hércules de Dwayne Johnson parecia ir pelo mesmo caminho, mostrando o herói
vivendo como mercenário, ao lado de vários amigos, Autolycus (Rufus Sewell),
Sitacles (Peter Mullan), Tydeus (Aksel Hennie), Atalanta (Ingrid Bolso Berdal)
e Iolaus (Reece Ritchie), cada um com suas habilidades, vendendo serviço para
quem pagasse melhor.
É
com esse trabalho mercenário que Hércules e seus amigos são contratados por
Ergenia (Rebecca Fergunson) para ajudar seu pai, o rei Cotys (John Hurt) a
enfrentar o perigoso Rhesus (Tobias Santelmann), que promove uma guerra civil
na Trácia.
Os
heróis enfrentam o inimigo em batalhas com grandes perdas para ambos os lados,
e enfim Rhesus é derrotado. É quando Hércules percebe que existe um plano
maligno em andamento, e que envolve o passado trágico em que ele perdeu a
mulher e os filhos no reino de Eurystheus (Joseph Fiennes).
O
filme desconstrói a imagem do Hércules mítico, mostrando que ele só realizou os
famosos Doze Trabalhos porque teve a ajuda dos companheiros, embora a história
contada por Iolaus sempre o coloque como um personagem invencível.
O
que poderia ser uma liberdade poética fajuta termina trazendo um aspecto
interessante sobre o que é ser herói: afinal, o que vale mais, os fatos reais,
ou a imagem que fica no imaginário popular? Isso vale tanto para os heróis
quanto para os vilões. Mas, ao final, restará ao herói acreditar nele mesmo,
para salvar sua vida, seus amigos e sua honra.
Independente
das especulações levantadas, o filme é um bom entretenimento para os que gostam
de filmes de ação, com os costumeiros exageros de sempre, como jogar um cavalo
para o alto, ou derrubar uma estátua de várias toneladas, e para quem for
assistir a versão 3D, foram filmadas muitas cenas em que as coisas se projetam
na direção do espectador. Nos créditos finais, as imagens em animação mostram
como foram realizados os perigosos Trabalhos.
O
outro filme em foco é bem diferente. A personagem central, Mia Hall (Chlöe
Grace Moretz), uma adolescente de 17 anos, julga-se uma estranha no ninho no
seio de sua família, formada pelo pai, um ex-roqueiro convertido em professor
(Josua Leonard), a mãe, uma ex-grupie sempre de alto astral (Mireille Enos), e
o irmão caçula Teddy (Jakob Davies).
A
família extremamente unida, e amante do rock, tem em Mia uma aspirante a
violoncelista muito promissora, que ama as obras de Ludwig van Beethoven acima
de tudo. Mia vive uma fase difícil, onde precisa escolher entre o namorado,
Adam (Jamie Blackley), e a prestigiosa escola de música Julliard.
Se
as coisas em vida já estão complicadas, ficam mais ainda quando Mia e a família
sofrem um horrível acidente de carro onde apenas ela sobrevive, ficando em coma
profundo.
Montado
de uma forma muito bem feita, o filme inicia com o acidente, e vai mostrando,
através de flashbacks, os acontecimentos da vida de Mia, que presencia tudo no
seu estado pendente, entre a vida e a morte, e parece não ter motivos que
justifiquem a sua permanência no mundo dos vivos.
Certamente
quem professa o espiritismo irá reconhecer muitos elementos no filme, embora
não haja nada muito explícito. Contudo, ficou muito crível o tormento e
indecisão da protagonista, na dúvida entre a matéria e o espiritual.
O
filme consegue, além da trama central, unir a paixão pela música em gêneros que
parecem extremos, como o rock pesado e a doce música clássica, mostrando que
ambos podem ser vigorosos e apaixonantes.
“Se
Eu Ficar” é um drama leve, porém, interessante, que trata de um tema bastante
discutido nos meios médico e espírita, o da vida suspensa, entre a vida e a morte,
baseado no livro homônimo escrito por Gayle Forman. Recomendo, principalmente
para os amantes da música, que certamente gostarão dessa saborosa combinação de
mundos.
Livros de cinema:
Brasil em tempo
de cinema
Produzido
no calor da hora, Brasil em tempo de cinema, de Jean-Claude Bernardet é a
análise ambiciosa de uma cinematografia às voltas com um país em rápida
transformação. Em Brasil em tempo de cinema, Jean-Claude Bernardet faz a
interpretação crítica dos filmes realizados no Brasil entre 1958 e 1966, época
do surgimento e da consolidação do Cinema Novo. Mas sua reflexão não se limita
ao movimento liderado por Glauber Rocha. Seu leque abrange desde a suposta
sofisticação de um Walter Hugo Khouri até o suposto primitivismo de um José
Mojica Marins. O autor se empenha em mostrar as conexões entre filmes
aparentemente díspares e o modo como eles se relacionam com o país em
transformação. 232 p – Editora Companhia das Letras.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“A Culpa É das Estrelas”
Diagnosticada com câncer, a
adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a
uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada
pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus
Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem
visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que
poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no
mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os
principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se
manter otimistas e fortes um para o outro. O disco traz o filme com tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The Fault In Our
Stars”)
“Em Segredo”
Em Sarajevo vivem uma mãe e sua
filha adolescente. A garota pensa ser filha de um herói de guerra desaparecido
no conflito dos Balcãs, mas na verdade a mãe esconde dela o fato de ter sofrido
abusos sexuais durante a guerra, época em que ela foi gerada. Filme com formato
de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Grbavica”)
“Amazônia”
Castanha (voz de Lúcio Mauro Filho)
é um macaco prego, criado em cativeiro, que é liberado na Floresta Amazônica.
Seguindo o ponto de vista do animal, o documentário revela os mistérios da
fauna e da flora da região, destacando dificuldades enfrentadas pelo animal e
ainda algumas amizades, como a com a macaca Gaia (Isabelle Drummond). O disco
traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital
5.1. (T. O.: “Amazônia”)
“Anos Felizes”
Em Roma, nos anos 1970, o
relacionamento entre o artista Guido e sua esposa Serena passa por
dificuldades. Enquanto ele não esconde a atração cada vez maior por suas
modelos, ela começa a pensar se não deveria também experimentar as paixões
extraconjugais. Enquanto isso, os dois filhos do casal observam as brigas, os
amores e as manipulações em família. Filme com formato de tela widescreen
anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Anni Felici”)
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