Newton Ramalho
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O que está em cartaz
À medida que a Copa do Mundo se aproxima, o tom de histerismo – contra e
a favor – parece subir cada vez mais. Por isso, melhor mesmo é conferir a
estreia da ficção-científica “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, com as novas
aventuras dos mutantes, e do drama “Sob a Pele”, com Scarlett Johansson, na
Sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz o blockbuster “Godzilla”, o
drama “Praia do Futuro”, com Wagner Moura, “O Espetacular Homem-Aranha 2: A
Ameaça de Electro”, e a animação “Rio 2. Nas programações exclusivas, o
Cinemark exibe a ficção “Divergente”, enquanto o Moviecom mantém “Copa de
Elite”, e Noé. Lembro que a programação agora muda nas quintas-feiras.
Estreia 1: “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”
No futuro,
os mutantes são caçados impiedosamente pelos Sentinelas, gigantescos robôs
criados por Bolívar Trask (Peter Dinklage). Os poucos sobreviventes precisam
viver escondidos, caso contrário serão também mortos. Entre eles estão o professor
Charles Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), Tempestade (Halle
Berry), Kitty Pryde (Ellen Page) e Wolverine (Hugh Jackman), que buscam um meio
de evitar que os mutantes sejam aniquilados. O meio encontrado é enviar a
consciência de Wolverine em uma viagem no tempo, rumo aos anos 1970. Lá, ela
ocupa o corpo do Wolverine da época, que procura os ainda jovens Xavier (James
McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) para que, juntos, impeçam que este
futuro trágico para os mutantes se torne realidade. A direção é de Bryan
Singer. “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” está em exibição nas Salas 6 e 7
do Moviecom, Salas 2 e 6 do Cinemark, Salas 1, 2 e 6 do Natal Shopping, e Salas 1, 2 e 4 do Norte Shopping. Classificação
indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas, exibição em 2D e 3D. (T.
O.: “X-Men: Days of Future Past”)
Estreia 2: “Sob a Pele” Sessão Cine Cult
Um
alienígena (Scarlett Johansson) chega à Terra e começa a percorrer estradas
desertas e paisagens vazias em busca de presas humanas. Sua principal arma é
sua sexualidade voraz... Mas ao longo do processo, ela descobre uma inesperada
porção de humanidade em si mesma. Ela vaga
pela Escócia, e, por conta de sua aparência sedutora, captura incautos pelas
estradas. Entretanto, ao longo do tempo, ela descobre-se atraída pela vida na
Terra. O filme é baseado no livro homônimo do escritor holandês Michel Faber. A
direção é de Jonathan Glazer. “Sob a Pele” será exibido na Sala 5 do Cinemark, na
segunda-feira (26) e terça-feira (27), na sessão de 21h20. Classificação
indicativa 16 anos. (T. O.: “Under the Skin”)
Especial: A volta dos mortos... vivos?
Desde
que o homem conseguiu pensar em algo além de encher o bucho, a curiosidade
sobre o que acontecia após a morte sempre fascinou todas culturas. Este
fascínio manifestou-se nas mais diversas expressões artísticas, e o cinema não
poderia ficar de fora, como muitos filmes de drama, terror e mistério trazendo
personagens sobrenaturais para o convívio com os vivos. Mas, e se, ao invés de
fantasmas, vampiros, zumbis, o que viesse fosse mesmo as pessoas que um dia
morreram? Esse é o tema de filmes e séries que caíram no agrado dos
espectadores.
O
primeiro a trazer o tema para a telona foi o diretor francês Robin Campillo,
que escreveu e dirigiu o filme “Les Revenants”, em 2004. Nele, sem explicação,
milhões de mortos ressuscitavam, como se nada tivesse acontecido. O curioso é
que, ao invés do medo do sobrenatural, a preocupação de todos era com os
efeitos da superpopulação no mundo.
A
única diferença entre os ressuscitados e os vivos era a temperatura corpórea
mais baixa, e os movimentos mais lentos. Isso permitia aos governos mantê-los
sob vigilância, graças a câmeras térmicas. Algumas leituras foram feitas sobre
o filme, como se fosse uma alegoria à invasão de imigrantes ilegais, mas, como
todo bom filme francês, não há muitas explicações.
Baseado
na mesma ideia, em 2012 foi produzida a série “Les Revenants”, que ganhou o
título internacional de “The Returned”. A série, que teve oito episódios, foi
recebida muito bem, tanto pela crítica quanto pelo público, o que lhe rendeu,
em 2013, o prestigioso Emmy Internacional por Melhor Série de Drama.
Em
uma pequena cidade de montanha, algumas pessoas mortas reaparecem,
aparentemente vivas e normais: Camille (Yara Pilartz) - uma adolescente vítima
de acidente numa estrada há quatro anos atrás; Simon (Pierre Perrier) - noivo
que se suicida; "Victor" (Swann Nambotin) - um garotinho que foi
assassinado por ladrões; e Serge (Guillaume Gouix), um serial killer. Eles tentam
continuar suas vidas de onde as deixaram enquanto fenômenos estranhos
acontecem: entre recorrentes quedas de energia, o nível de água do reservatório
da cidade misteriosamente diminui, revelando a presença de animais mortos e uma
torre de igreja; também estranhas marcas aparecem nos corpos dos vivos e dos
mortos.
Além
dos aspectos técnicos, como a fotografia mais sombria, uma trilha sonora
perfeita, e atores pouco conhecidos, mas, talentosos, o formato do seriado foi
diferente, como oito episódios que se passavam na mesma cidade e com o mesmo
grupo de personagens, mas, cada capítulo focava em um dos ressuscitados.
Outro
aspecto que chamou a atenção, foi a dissociação dos aspectos religiosos, e
embora haja um padre na trama, em nenhum momento há questionamentos se os
mortos-vivos estavam no céu ou no inferno, ou que poder os trouxera de volta à
vida. A verdade é que a volta dos mortos
não é confortável para ninguém, nem para os familiares, nem para os
ex-defuntos.
Bem
mais livre que seus congêneres americanos, os produtores europeus são mais ousados
em suas criações, e as questões dramáticas são mais aprofundadas, bem como os
ingredientes de horror e erotismo.
Há
rumores de que uma segunda temporada está em andamento, e que será exibida em
2014 ou 2015, o que está deixando os fãs da série em polvorosa.
Transitando
pelo mesmo tema, a ABC americana lançou a série “Ressurection”, que mostra uma
pequena cidade do interior dos Estados Unidos sendo perturbada pela aparição de
diversas pessoas que morreram. Embora seja muiiito parecida com a série
francesa, os produtores americanos afirmam que a sua fonte de inspiração seja o
livro “Ressurection”, de Jason Mott. A primeira temporada do seriado segue o
formato consagrado por “Lost”, com uma história contada em oito episódios, com
muitas interrogações e nenhuma explicação.
Nesta
série, um agente federal, J. Martin Bellamy (Omar Epps), ao escoltar um garoto
perdido para a sua cidade, descobre que o menino é o primeiro de uma série de
pessoas mortas que estão retornando à vida. Em meio ao preconceito e à
intolerância religiosa da comunidade, Bellamy conta com a ajuda da médica
Lucille (France Fisher) e do pastor Tom Hale (Mark Hildreth).
O
mais interessante das produções citadas é que, diferentemente dos inúmeros
filmes e séries de zumbis e vampiros, eles suscitam discussões sobre os valores
das sociedades ditas “civilizadas”, mas que entram em pânico ao entrar em
contato com uma realidade diferente do “normal”.
Livros de cinema:
“Mutações”
Um
relato sincero e simples, mas com estilo literário refinado, Mutações é o livro
que transformou a atriz norueguesa Liv Ullmann em um ícone feminino. Com
posição de destaque entre as grandes atrizes do século XX, Liv relembra flashes
de sua infância, seus primeiros momentos de atriz, amores e desamores, e sua
relação com o cineasta Ingmar Bergman, com quem foi casada. Dedica a obra à
filha Linn, sobre quem fala em diversas passagens, revelando suas preocupações
de mãe. No dia em que foi lançado, em 1976, Mutações atingiu a vendagem de
vinte mil exemplares só na Noruega. O livro tornou-se um sucesso internacional
que marcou e continuará marcando diversas gerações. 224 p – Editora Cosac &
Naify.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Tarzan – A Evolução da Lenda”
Após seus pais serem mortos, um
bebê é criado por uma gorila, que passa a tratá-lo como se fosse seu filho. Ao
crescer ele se torna Tarzan (Kellan Lutz), o rei da selva. É quando precisa
enfrentar um exército de mercenários enviado à floresta por um malvado
executivo da Greystoke Energies, a empresa que um dia pertenceu aos pais de
Tarzan. Para enfrentá-los ele conta com a ajuda de Jane Porter (Spencer Locke),
uma jovem que chega à floresta após um acidente no avião em que estava. O disco
traz o filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T.
O.: “Tarzan”)
“47 Ronins”
Kai (Keanu Reeves) é um mestiço que
vive em Ako desde quando era garoto, sempre sob a proteção do lorde Asano (Min
Tanaka). Entretanto, por mais que habite o local há muitos anos, ele nunca foi
aceito por Oishi (Hiroyuki Sanada), o chefe dos samurais. Um dia, o shogun
Tsunayoshi (Cary-Hiroyuki Tagawa) visita Ako e leva consigo o lorde Kira
(Tadanobu Asano), que possui um pacto secreto com uma feiticeira (Rinko
Kinkuchi). Juntos, eles tramam contra Asano e fazem com Oishi caia em desgraça.
Um ano depois, Mika (Ko Shibasaki), a filha de Asano, está de casamento marcado
com Kira. É o suficiente para que Oishi procure a ajuda de Kai, que sempre
nutriu um forte sentimento por ela. Filme
com formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.:
“47 Ronin”)
“Álbum de Família”
Barbara (Julia Roberts), Ivy
(Julianne Nicholson) e Karen (Juliette Lewis) são três irmãs que são obrigadas
a voltar para casa e cuidar da mãe viciada em medicamentos e com câncer (Meryl
Streep), após o desaparecimento do pai delas (Sam Shepard). O encontro provoca
diversos conflitos e mostra que nenhum segredo estará protegido. Enquanto tenta
lidar com a mãe, Barbara ainda terá que conviver com os problemas pessoais, com
difíceis relações com o ex-marido (Ewan McGregor) e com a filha adolescente
(Abigail Breslin). O disco traz o filme com formato de tela widescreen
anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “August: Osage County”)
“Teia de Mentiras”
Uma brilhante geneticista,
Christine Hartley (Amanda Detmer), está fazendo uma importante pesquisa, pois
conseguiu isolar o DNA que faz certas pessoas serem viciadas. Assim ao destruir
este DNA consequentemente o vício do indivíduo acabará. Toda a verba que pediu
para continuar a pesquisa, US$ 40 milhões, foi obtida através de um
patrocinador, o que significa que em breve ela será rica e famosa. Mas nem tudo
são flores em sua vida, pois o relacionamento com Chuck (Anthony Lemke), seu
marido, está em crise, ela tem sua gravidez interrompida e o pior de tudo:
alguém quer matá-la. Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby
Digital 5.1. (T. O.: “Proof of Lies”)
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