Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Nestes dias tumultuados, entre compras, confraternizações e correrias, o
que importa mesmo é retribuir o afeto dos que nos são caros, e a Coluna
Claquete deseja um Felicissimo Natal a todos os seus leitores. Neste final de
semana as estreias são a ficção-científica “Ender’s Game: O Jogo do
Exterminador”, com Harrison Ford, a comédia “A Vida Secreta de Walter Mitty”,
com Ben Stiller, e o drama “Frances Ha” na Sessão Cine Cult. Continuam em
cartaz a fantasia “O Hobbit: A Desolação de Smaug” (vejam na seção Filme da Semana), o drama “Última Viagem a Vegas”,
o suspense “Carrie: A Estranha”, a comédia nacional “Crô – O Filme”, e a
ficção-científica “Jogos Vorazes: Em Chamas”. Nas programações exclusivas, o
Cinemark exibe a animação “Um Time Show de Bola”.
Estreia 1: “Ender’s Game: O Jogo do Exterminador”
Em um
futuro próximo, extraterrestres hostis atacaram a Terra. Com muita dificuldade,
o combate foi vencido, graças ao heroísmo do comandante Mazer Rackham (Ben
Kingsley). Desde então, o respeitado coronel Graff (Harrison Ford) e as forças
militares terrestres treinam as crianças mais talentosas do planeta desde
pequenas, no intuito de prepará-las para um próximo ataque. Ender Wiggin (Asa
Butterfield), um garoto tímido e brilhante, é selecionado para fazer parte da
elite. Na Escola da Guerra, ele aprende rapidamente a controlar as técnicas de
combate, por causa de seu formidável senso de estratégia. Com isso, logo se
torna a principal esperança das forças militares para encerrar de uma vez por
todas com a ameaça alienígena. A direção é de Gavin Hood. “Ender’s Game: O Jogo
do Exterminador” estreia nesta sexta-feira,
na Sala 4 do Cinemark, e na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa dez anos.
Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “Ender’s Game”)
Estreia 2: “A Vida Secreta de Walter Mitty”
Walter
Mitty (Ben Stiller) é o gerente de uma loja de produtos fotográficos. Ele é um
homem tímido, levando uma vida simples, perdido em seus sonhos. Quando um negativo
desaparece, Walter é obrigado a embarcar em uma verdadeira aventura. Walter
Mitty é um personagem fictício, criado pelo escritor americano James Thurber em
seu conto "A Vida Secreta de Walter Mitty". Mitty é um personagem
tímido e retraído, mas com uma imaginação muito fantasiosa. O personagem fez
tanto sucesso que seu nome foi incluído em alguns dicionários da língua
inglesa, como sinônimo de sonhador inofensivo. A direção é do próprio Ben
Stiller. “A Vida Secreta de Walter Mitty” estreia
nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom.
Classificação indicativa dez anos. Cópias dubladas e legendadas. (T. O.: “The Secret
Life of Walter Mitty”)
Sessão Cine Cult: “Frances Ha”
Frances
(Greta Gerwig) divide um apartamento em Nova York com Sophie (Mickey Sumner),
sua melhor amiga. Ela recusa o convite do namorado para que more com ele
justamente para não deixar Sophie sozinha, mas a amiga não toma a mesma atitude
quando surge a oportunidade de se mudar para um apartamento melhor. A partir de
então tem início a peregrinação de Frances em busca de um novo lugar que se
adeque às suas finanças, já que ela é apenas aluna em uma companhia de dança à
espera de uma chance de integrar o grupo de bailarinos que encenará o
espetáculo de Natal. Mesmo diante das dificuldades, Frances tenta manter o alto
astral diante os problemas que a vida adulta traz. A direção é de Noah Baumbach.
“Frances Ha” será exibido na segunda-feira (23/12) e quinta-feira (26/12), na
Sala 5 do Cinemark, na sessão de 18h40. Classificação indicativa 16 anos. (T.
O.: “Frances Ha”)
Filme da Semana: “O Hobbit: A Desolação de Smaug”
O
mundo fantástico criado pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien ganha as telas
novamente, no segundo filme baseado no livro “O Hobbit”, publicado pela
primeira vez em 1937. O filme atual, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” dá
sequência às aventuras mostradas em “O Hobbit: Uma Viagem Inesperada”.
Não
há dúvidas que o diretor neozelandês Peter Jackson é o melhor quando se trata
de transformar as palavras de Tolkien em imagens e sons. Tanto a série “Senhor
dos Anéis” quanto a atual compõem-se de filmes longos, repletos de cenas de
ação e efeitos especiais sofisticados, que enchem os olhos dos espectadores.
Se
há um problema a ser levantado, trata-se exatamente das pessoas que nunca leram
os livros de Tolkien, ou estão vendo o filme atual sem ter visto o anterior.
Não há um resumo dos fatos passados, e mesmo o flashback da cena inicial não
traz nenhuma novidade ou esclarecimento, parecendo mais ser um aviso aos
retardatários de que o filme já começou.
No
filme anterior vimos que um poderoso reino dos anões que habitavam o interior
de uma montanha foi atacado e seus habitantes expulsos por Smaug, um terrível
dragão que se apossou do tesouro dos anões.
Anos
mais tarde, um grupo de anões remanescentes, comandados por Thorin (Richard Armitage), com o auxílio do mago
Gandalf (Ian McKellen), recrutam o hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) para
a empreitada de penetrar na montanha dominada pelo dragão.
A
jornada é longa e cheia de imprevistos, e o grupo tem que enfrentar os
monstruosos orcs, inimigos mortais dos anões. Bilbo encontra o deformado Gollum
(Andy Serkis), que enfrenta em um jogo mortal, e de quem rouba um anel dotado
de poderes misteriosos.
O
filme atual dá sequência às aventuras do grupo, logo que conseguem escapar do
mundo subterrâneo dos orcs. Agora, além de seus monstruosos perseguidores,
terão de enfrentar um ser mutante, aranhas gigantes, elfos desconfiados, e até
políticos corruptos.
Quando,
finalmente, conseguem chegar à montanha que é seu destino final, caberá a Bilbo
procurar uma preciosa joia que pode restituir o poder de Thorin como rei dos
anões. Na busca pela joia, Bilbo desperta o dragão, que mantém um interessante
diálogo com ele sobre as ambições de homens e anões.
Embora
os aparentes inimigos sejam os orcs e o dragão Smaug, aos poucos Gandalf
descobre uma ameaça muito mais poderosa preparando-se para disseminar as trevas
na Terra Média.
O
final do filme acontece em um momento crucial, deixando o espectador aflito
pela continuação... que só virá daqui a um ano. Mas, quem está acostumado com
as produções de Jackson conhece bem isso.
Muitas
pessoas estranharam que um livro fininho como “O Hobbit” tivesse sido
transformado em três filmes. Mas, embora o primeiro filme tenha momentos em que
parecia haver “enchimento de linguiça”, no filme atual os 241 minutos passam
sem sentir, tal é o dinamismo do ritmo, e o desenvolvimento dos principais
personagens. São notáveis a fuga em barris numa corredeira, e a perseguição do
dragão na sala do tesouro.
Martin
Freeman mostra-se totalmente à vontade na pele do hobbit Bilbo, numa mistura de
inocência e malandragem, que mantém o espectador cativo. Curioso é que a voz do
dragão é de Benedict Cumberbatch, seu amigo e parceiro na excelente série
“Sherlock”, da BBC.
O
fã de “Senhor dos Anéis” vai gostar de rever o ator Orlando Bloom na pele do
elfo Legolas, que se divide entre exterminar orcs e dar em cima da elfa Tauriel
(Evangeline Lilly), que também se interessa pelo anão Kili (Aidan Turner),
embora este triângulo não saia do nível platônico, como convém a um filme com
censura de doze anos.
Os
efeitos especiais, associados às deslumbrantes paisagens da Nova Zelândia são
de cair o queixo, ficando difícil saber o que é paisagem real, e o que é
computação gráfica. O mesmo pode-se dizer da maquiagem, principalmente nos
orcs, que muitas vezes aparecem em close-ups, numa perfeição impressionante.
“O
Hobbit: A Desolação de Smaug” consegue traduzir para o espectador atual o mesmo
encantamento que os livros de Tolkien conseguiram com os leitores das décadas
de 1930. É um filme repleto de ação, com uma história linear, sem grandes
complexidades, e personagens críveis e com os quais o espectador se identifica.
Para
entrar na sala de cinema bem afinado, eu recomendo aos leitores revisitarem o
primeiro filme, pois essa continuidade só aumentará o prazer de testemunhar uma
obra apaixonante.
Livros de cinema:
“Uma Vida Muito
Além Das Expectativas - Cartas Para A Minha Bisneta” – Sidney Poitier
A
ideia deste livro surgiu quando a pequena Ayele chegou ao mundo para
representar a sexta geração da família Poitier. Seu bisavô Sidney Poitier
resolveu presenteá-la com um relato sobre a própria história. Resgatando
lembranças e fatos marcantes - decepções, conquistas, descobertas, amores,
desafios, carreira, família -, Poitier descreve o decorrer de sua vida e
reflete sobre como os valores se transformam à medida que se amadurece. 304 p –
Editora Larousse.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“Um Final de Semana em Hyde Park”
Em junho de 1939, o Rei George VI
(Samuel West) e sua esposa, a Rainha Elizabeth (Olivia Colman), fizeram uma
visita à propriedade do presidente Franklin D. Roosevelt (Bill Murray) no Hyde
Park, Nova York. Enquanto isso, o chefe de estado norte-americano se apaixona
cada vez mais de sua prima e amante eventual, Margaret Suckley (Laura Linney).
Nenhum monarca britânico havia visitado os EUA antes e Roosevelt espera unir
forças com o Reino Unido, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Hyde Park on
Hudson”)
“Mundos Opostos”
Adam (Jim Sturgess) e Eden (Kirsten
Dunst) se apaixonam ainda na adolescência. Um amor impossível, separado pela
gravidade. Eles vivem em planetas com forças gravitacionais opostas: ele no
mundo inferior, pobre; ela no superior, explorador. São brutalmente afastados
quando um patrulheiro interplanetário os flagra, provocando um acidente
aparentemente fatal para Eden. Dez anos se passam e Adam é apenas mais um cara
normal tentando levar a vida, ainda abalado pela perda da amada. Mas eis que
Adam vê Eden na televisão e descobre que ela está trabalhando num prédio que
conecta os dois planetas. Ele agora fará de tudo para, finalmente, reencontrar
o amor de sua vida. Tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1.
(T. O.: “Upside Down”)
“Meu Passado me Condena – O Filme”
Quando Fábio (Fábio Porchat) e Miá
(Miá Mello) se encontram, é amor à primeira vista. Eles se casam um mês depois
de se conhecerem e decidem viajar à Europa em um cruzeiro em lua de mel. Só
que, durante a viagem, eles encontram seus antigos namorados, Beto (Alejandro
Claveaux) e Laura (Juliana Didone), que hoje estão juntos e também passam sua
lua de mel. Adaptação da série de televisão de mesmo nome, escrita por Tati
Bernardi. Direção de Julia Rezende. Tela
widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Meu Passado me
Condena – O Filme”)
“As Irmãs Brontë”
Inglaterra, início do século XIX.
Charlote Brontë relembra alguns episódios de sua vida com seu pai, o reverendo
Brontë, suas duas irmãs, Emily e Anne, assim como seu irmão Branwell, um
pintor. Enquanto as três irmãs escrevem seus romances e poemas, o irmão,
apaixonado por uma mulher que se recusa a se casar com ele, entrega-se ao
álcool e às drogas. Elas ficaram célebres por suas obras, Emily Brontë (“O
morro dos ventos uivantes”), Charlotte Brontë (“Jane Eyre”) e Anne Brontë (“A
moradora de Wildfell Hall”). Além do filme, o disco traz o documentário “Os Fantasmas
de Haworth”, com 58 min, e o trailer de cinema. A direção é de André Téchine.
Filme com tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Les
Soeurs Brontë”)
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