Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Primeira coluna no retorno das férias, temos muitas estreias e vários
assuntos na seção Especial. As estreias da semana são o policial “Rota de
Fuga”, a animação “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses”, a ficção “Ridick 3”, o
drama espacial “Gravidade”, o besteirol “É o Fim”, e uma nova versão de “Branca
de Neve”, na sessão Cine Cult do Cinemark. Continuam em cartaz a animação “Tá
Chovendo Hambúrguer 2”, a comédia nacional “Mato Sem Cachorro”, o thriller
“Aposta Máxima” e a ficção-científica “Elysium”.
Estreia 1: “Rota de Fuga”
Ray
Breslin (Sylvester Stallone) é a maior autoridade existente ao se falar em
segurança. Após analisar diversas prisões de segurança máxima, ele desenvolve
um modelo à prova de fugas. Quando é preso, Ray é enviado justamente para a
prisão que criou. Lá ele precisa encontrar uma brecha não imaginada até então,
que permita sua fuga. A direção é de Mikael Hafstrom. Arnold
Schwarzenegger atua como companheiro de cela de Ray. “Rota de Fuga” estreia
nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, e
na Sala 1 do Moviecom. Classificação
indicativa 12 anos. (T. O.: “Escape Plan”)
Estreia 2: “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses”
Após
dormir por 15 anos, o deus da destruição Bills desperta e logo fica surpreso ao
saber que Freeza havia sido derrotado por um jovem sayadin chamado Goku. Não
demora muito para que ele e seu mestre partam para encontrá-lo, ainda mais após
Bills se lembrar de um sonho que teve envolvendo um duelo épico com um deus
super sayadin que ninguém jamais ouviu falar. Ao encontrá-lo, Goku fica logo
animado em enfrentá-lo num duelo, mas logo percebe que seus poderes são ínfimos
perto do poderio de Bills. A direção é de Masahiro Hosoda e Yusuke Watanabe. “Dragon
Ball Z: A Batalha dos Deuses” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom. Classificação indicativa
dez anos. Cópias dubladas. (T. O.: “Dragon
Ball Z: Battle of Gods”)
Estreia 3: “Riddick 3”
Riddick
(Vin Diesel), o homem mais procurado da galáxia, foi abandonado à própria morte
em um planeta destruído pela guerra. Seu único desejo é voltar para o planeta
de onde vem, mas para isso ele precisará enfrentar vários demônios e caçadores
de recompensas. Enfrentando dificuldades para cumprir a tarefa sozinho, ele faz
um pacto com Vaako (Karl Urban), que promete ajudá-lo no retorno à sua terra
natal. Este é o terceiro filme tendo Riddick (Vin Diesel) no papel central. O
primeiro foi Eclipse Mortal (2000), seguido de A Batalha de Riddick (2004). A
direção é de David Twohy. “Riddick 3” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do
Cinemark. Classificação indicativa 16 anos.
(T. O.: “Riddick 3”)
Estreia 4: “Gravidade”
Matt
Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente que está em missão de
conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra
Bullock). Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da
destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no
espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam
encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito
para a vida humana. A direção é de Alfonso Cuarón. “Gravidade” estreia nesta
sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark, e na Sala 7 do Moviecom. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “Gravity”)
Estreia 5: “É o Fim”
Durante
uma festa na casa de James Franco, Seth Rogen, Jay Baruchel, Emma Watson e
outras celebridades deparam-se com o apocalipse. Na trama, seis amigos estão
presos em uma casa em Los Angeles, enquanto catástrofes acabam com o mundo do
lado de fora. Eles precisam descobrir porque foram deixados para trás e como
vão enfrentar o apocalipse. É assim que eles vão descobrir o verdadeiro
significado da amizade e redenção. O detalhe é que todas as celebridades
interpretam a si mesmas no filme. A direção é de Evan Goldberg e do próprio
Rogen. “É o Fim” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Moviecom. Classificação
indicativa 16 anos. (T. O.: “This is the End”)
Estreia 6: “Branca de Neve” – Sessão Cine Cult
Sevilha,
Espanha, 1920. Carmen (Macarena García) viveu toda a infância com sua terrível
madrasta, Encarna (Maribel Verdú). Cansada de ser reprimida, a jovem resolve
fugir de casa para viver diversas aventuras como toureira, na intenção de
apagar seu passado traumático. Durante a viagem, ela recebe a ajuda de sete
anões toureiros, que decidem protegê-la a todo custo. A direção é de Pablo
Berger. “Branca de Neve” será exibido na terça-feira (15/9) e quinta-feira (17/9),
na Sala 2 do Cinemark, na sessão de 20h00. Classificação indicativa 14 anos.
(T. O.: “Blancanieves”)
Especial: Claquete – O Retorno
Após
renovar as energias em merecidas férias, deparei-me com um agradável problema
para solucionar, vários assuntos que adoraria compartilhar com os meus queridos
leitores. Temos novas descobertas no Velho Mundo, dois bons filmes em cartaz,
“Elysium” e “Aposta Máxima”, e a triste partida de dois nomes importantes do
cinema brasileiro, Norma Bengell e Cláudio Cavalcanti.
Apesar
de disporem de moderníssimas salas multiplex e IMAX, fiquei surpreso ao
constatar que as grandes cidades europeias, no caso, Londres e Paris, ainda
dispõem dos velhos cinemas de rua, salas majestosas ou simples, com a
bilheteria e entrada dando diretamente para a calçada. Vizinho ao nosso hotel
em Paris, no Quartier Latin, havia um pequeno cinema, com programação
selecionada, no estilo cineclube. Outras salas, bem maiores, tinham programação
diversificada, passando desde os blockbusters até filmes em preto e branco da década
de 40.
Aqui
no Brasil, além da decadência do cinema, que perdeu espaço para a televisão e o
videocassete, aconteceu uma crescente pressão da violência urbana, levando os
cinemas para os espaços mais protegidos dos shopping centers. Considerando a sensação
de segurança daquelas cidades europeias, acredito que os espectadores de lá
ainda poderão dispor dessas salas por muito tempo.
Ao
retornar para as plagas natalenses, pude conferir o drama “Aposta Máxima”
(“Runner Runner”), estrelado por Justin Timberlake e Ben Affleck. Mostrando um
lado pouco glamouroso do mundo da jogatina, o filme traz uma situação real, a
dos viciados online, que estão sujeitos aos ditames inescrupulosos de escroques
sem pátria, frutos de um mundo globalizado e instantâneo.
Ao
apostar toda sua reserva em um jogo de pôquer online, Ritchie (Justin
Timberlake) perde tudo. Conhecedor do mundo dos jogos, ele percebe que havia
algo estranho, e consegue evidências de que fora trapaceado. Ele viaja até a
Costa Rica, onde vive o poderoso executivo
Ivan Block (Ben Affleck), o dono do site.
Impressionado
com as habilidades de Ritchie, Ivan oferece-lhe um alto cargo em seu negócio.
Mas, aos poucos, o jovem percebe os aspectos pouco éticos da empresa, e que ele
ficava cada dia mais envolvido neles, ao mesmo tempo em que era duramente
pressionado por um agente do FBI. Para sair dessa situação, ele precisará jogar
com as mesmas armas do inimigo.
O
outro filme que me chamou a atenção foi “Elysium”, uma ficção-científica
apocalíptica que retrata um mundo caótico e desigual, cento e cinquenta anos no
futuro. Enquanto que na superfície da Terra uma população miserável se
engalfinha para sobreviver em condições humilhantes e sub-humanas, a elite
dominante vive em uma imensa estação espacial na órbita do planeta, usufruindo,
entre outras regalias, de máquinas de regeneração celular, capazes de curar
qualquer doença.
Quando
clandestinos tentam penetrar na estação, entra em ação a poderosa Secretária de
Defesa Rhodes (Jodie Foster), que não hesita em aniquilar os reles mortais que
ousam invadir o seu paraíso. Quando sua autoridade é questionada pelo
presidente, ela procura um plano alternativo para conseguir o poder absoluto.
Enquanto
isso, na Terra, o operário Max (Matt Damon) sofre um acidente de trabalho e
fica exposto à radiação. Ao ser informado que dispõe apenas de cinco dias de
vida, ele decide encontrar uma maneira de ir até Elysium para curar-se.
Para
isso, ele precisará da ajuda de Spider (Wagner Moura), o líder de um grupo que
contrabandeia clandestinos para Elysium. Spider propõe que Max faça um serviço
para ele, roubar os segredos escondidos na mente de John Carlyle (William
Fitchner), o dono da fábrica onde ele trabalhara.
O
plano funciona, mas, junto com os segredos roubados da mente de Carlyle estão a
quebra do próprio sistema operacional de Elysium – o que dará poder absoluto a
quem conseguir utilizá-lo.
Perseguido
pelo mercenário Kruger (Sharlto Copley), Max recorre à sua amiga de infância
Frey (Alice Braga), que tenta ajudá-lo, mas, também tem os seus próprios
problemas, pois a filha sofre de leucemia, e está numa fase muito avançada.
O
destino de todos esses personagens será em Elysium, onde uma batalha de
resultado imprevisível poderá mudar o destino do mundo como eles o conhecem.
Apesar de o filme ser uma ficção, não está muito longe da realidade, em um
mundo onde os melhores recursos de saúde só estão disponíveis para os mais
abastados.
Foi
curioso encontrar dois artistas brasileiros no elenco de “Elysium”, uma
produção bem hollywoodiana. Alice Braga já participou de outros filmes
americanos importantes como “Eu Sou a Lenda” e “Ensaio Sobre a Cegueira”.
Wagner Moura, embora seja um dos atores mais brilhantes de sua geração, faz o
seu debut no mercado internacional.
Norma Bengell em ato contra a censura (segunda à direita) |
E
falando-se em atores brasileiros, lamentamos a morte de Norma Bengell, uma
mulher muito à frente do seu tempo, que brilhou nas telas e palcos brasileiros,
tendo uma postura política de contestação à ditadura, com a qual conviveu
grande parte de sua vida. É de lamentar apenas que uma pessoa que brilhou
como atriz, cineasta, produtora, cantora
e compositora, seja lembrada mais por ter sido a primeira atriz brasileira a
apresentar-se em uma cena de nu frontal, no filme “Os Cafajestes”, de 1962.
A
outra perda lamentável foi a de Claudio Cavalcanti, com um talento
multifacetado, brilhou como ator,
diretor de televisão, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador,
radialista, político e ativista dos direitos dos animais.
Tenho
uma lembrança muito agradável que remete a Claudio Cavalcanti, que foi
protagonista do filme “Memórias de um Gigolô”. O filme, de 1970, era baseado no
livro homônimo de Marcos Rey, sendo dirigido por Alberto Pieralisi, e onde Claudio atuava ao
lado de Rossana Ghessa e Jece Valadão.
Numa
época onde o erotismo era duramente reprimido pela Censura, um filme com cenas
de nudez era considerado impróprio para menores de 18 anos. Contando com a
cumplicidade dos porteiros do cinema, todos nossos conhecidos, os garotos
entravam furtivamente, após o início do filme (nessa época eu tinha 14 anos)
para descobrir os segredos proibidos, que se resumiam a alguns seios desnudos e
uma visão fugaz de pelos pubianos. Mas, o proibido tem um sabor maior, e
aquelas breves imagens perpetuavam-se em nossas memórias juvenis...
E
assim, de Londres e Paris, passando pelo futuro, terminamos no passado da minha
querida Santa Rita, na Paraíba. E para as próximas semanas, retornaremos ao
ritmo normal da Claquete, ao qual os leitores já estão habituados. Boa semana a
todos!
Lançamentos em
DVD/Blu-Ray
“Instrumentos
Mortais: Cidade dos Ossos”
Clary
Fray (Lilly Collins) presenciou um misterioso assassinato, mas ela não sabe o
que fazer porque o corpo da vítima sumiu e parece que ninguém viu os envolvidos
no crime. Para piorar a situação, sua mãe desapareceu sem deixar vestígios e
agora ela precisa sair em busca dela em uma Nova Iorque diferente, repleta de
demônios, magos, fadas, lobisomens, entre outros grupos igualmente fantásticos.
Para ajudá-la, Fray conta com os amigos Simon (Robert Sheehan) e o caçador de
demônios Jace Wayland (Jamie Campbell Bower), mas acaba se envolvendo também em
uma complicada paixão. O disco traz o filme com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Mortal Instruments: City of Bones”).
“Depois de Maio”
Região
de Paris, início da década de 1970. Gilles (Clément Métayer) é um jovem
estudante imerso na atmosfera criativa e política da época. Como os seus
colegas, ele está dividido entre o investimento radical na luta política e a
realização de desejos pessoais. Entre descobertas amorosas e artísticas, sua
busca o leva à Itália e ao Reino Unido, onde ele deverá tomar decisões
essenciais ao resto de sua vida. Retrato interessante de uma época onde os
jovens sonhavam em mudar o mundo. Disco com formato de tela widescreen e áudio DD
5.1. (T. O.: “Après Mai”)
“Therese D.”
França,
década de 1920. Thérèse (Audrey Tautou), é uma adorável e espirituosa jovem
mulher que se casa com Bernard Desqueyroux (Gilles Lellouche), seu vizinho, transformando
assim suas respectivas terras em uma grande propriedade. Bernard tolera a
personalidade e as opiniões fortes de sua brilhante esposa, mas ela logo se vê
sufocada pelo tédio de sua vida provincial e pela mediocridade intelectual de
seu marido. Ela sonha com o a efervescência cultural de Paris e começa a
procurar uma maneira de revolucionar sua vida. O disco traz o filme com formato
de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Thérèse Desqueyroux”)
“Irmãs
& Irmãos”
Esta
comédia dramática acompanha quatro história de jovens homens e mulheres, e suas
relações com os irmãos. Uma das histórias mostra a descoberta de uma
adolescente de que sua mãe tem outra filha; outro segmento trata de uma atriz
tendo que lidar com a irmã dependente e depressiva; a terceira história mostra
um garoto esquizofrênico ajudado pela irmã, e por fim um ator rico recebe a
visita do irmão, em condições financeiras difíceis. O disco traz o filme com
formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Sisters &
Brothers”)
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