Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Embalado por um Papa novo e problemas velhos, o mundo segue em frente. As
estreias da semana são a animação “Os Croods”, a comédia nacional “Vai Que Dá
Certo”, e o policial “Parker”, com Jason Statham. Teremos também a pré-estreia
da ficção “G.I. Joe – Retaliação”. Continuam em cartaz o policial “Linha de
Ação”, o thriller “A Fuga”, o drama nacional “A Busca”, e a fantasia “Oz,
Mágico e Poderoso”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “O Lado Bom
da Vida”, o policial “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”, com Bruce
Willis, e o drama nacional “O Som ao Redor”, na Sessão Cine Cult. Na Sessão
Especial, matéria sobre os novos televisores 4K.
Estreia 1: “Os Croods”
Na época pré-histórica de Croodacious, a Mãe Natureza ainda fazia
experiências, a fauna e a flora eram muito diferentes de hoje em dia. Depois
que a caverna da família Crood é destruída, o clã se vê obrigado a partir em
busca de uma nova casa. Grug, o líder da família, não está nada contente com a
situação, mas, sua filha Eep tem um ponto de vista diferente e anseia explorar
o desconhecido. Em meio à aventura, eles conhecem um forasteiro que é cheio de
novas ideias. A direção é de Chris Sanders. “Os Croods” estreia nesta sexta-feira,
na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 6 do
Moviecom. Classificação indicativa livre.
Cópias dubladas e legendadas, exibição em 3D. (T. O.: “The Croods”)
Estreia 2: “Vai Que Dá Certo”
Na trama, cinco amigos de adolescência compartilham a frustração de não
terem alcançado o sucesso que projetaram para suas vidas. A possibilidade de
recuperar o tempo perdido surge com uma tentadora e arriscada proposta: o
assalto a uma transportadora de valores. O crime (quase) perfeito que prometia
transformar suas trajetórias cumpre o seu propósito, mas não exatamente como
planejaram. O elenco conta com Danton Mello, Lúcio Mauro Filho, Bruno Mazzeo,
Natália Lage, Fábio Porchat e Gregório Duvivier, entre outros. Alexandre
Morcilo, Farias e Porchat assinam o roteiro. A direção é de Mauricio Farias. “Vai
Que Dá Certo” estreia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cinemark, e na Sala 4 do
Moviecom. Classificação indicativa 12 anos.
(T. O.: “Vai Que Dá Certo”)
Estreia 3: “Parker”
Parker (Jason Statham) é um ladrão profissional que vive com uma série
de regras: não roubar de que não tem e não machucar quem não merece. Mas, em
seu mais recente trabalho, sua equipe o trai, rouba sua parte e o deixa para
morrer. Determinado a fazê-los se arrepender, Parker vai até Palm Beach,
playground dos ricos e famosos, onde a equipe está planejando seu maior roubo.
Disfarçado de um texano rico, começa uma parceria com Leslie (Jennifer Lopez),
que conhece a área, está com pouco dinheiro, mas é muito bonita, inteligente e
ambiciosa. Juntos, eles tentarão derrubar a equipe e pegar o dinheiro, além de
saírem limpos. A direção é de Taylor Hackford. “Parker” estreia nesta
sexta-feira, na Sala 1 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.:
“Parker”)
Pré-Estreia: “G.I. Joe - Retaliação”
Um acordo entre as grandes potências define a redução das ogivas
nucleares no mundo todo, mas os Estados Unidos, comandados pela organização
Cobra, desconsideram o acerto e dão início a um plano de proporções alarmantes.
Enquanto isso, seguindo as ordens do presidente americano (Jonathan Pryce), o
esquadrão de elite G.I. Joe é acusado de traição e, após ser atacado
brutalmente, tem vários de seus integrantes mortos em combate. Agora, os poucos
que sobreviveram vão contar com a ajuda do criador dos G.I. Joe, Joe Colton (Bruce
Willis), para, liderados por Roadblock (Dwayne Johnson), revidar o ataque em
grande estilo. A direção é de Jon M. Chu. “G.I. Joe - Retaliação” terá
pré-estreia na próxima quarta-feira, na Sala 7 do Cinemark, em sessão única às
21h30, e nas próximas quarta e quinta-feira, na Sala 1 do Moviecom, nas sessões
de 14h10 e 19h15. Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: “G.I. Joe:
Retaliation”)
Sessão Cine Cult: “O Som ao Redor”
A presença
de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos
moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade
trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão.
Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta
encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho. A direção
é de Kleber Mendonça Filho. “O Som ao Redor” será exibido na terça-feira
(26/03) e quinta-feira (28/03), na sessão de 21h20, na Sala 5 do Cinemark.
Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “O Som ao Redor”)
Especial: Televisor 4K, que bicho é esse?
Nas
últimas semanas, a imprensa especializada no mercado de entretenimento tem dado
um grande destaque às notícias sobre a oferta em escala dos novos televisores
4K. O entusiasmo dos fabricantes chega ao ponto de mandar esquecer os aparelhos
Full HD e 3D, pois já são coisa do passado...
Mas,
antes que os meus queridos leitores fiquem tentados a seguir estes “conselhos”,
vale fazer uma perguntinha básica: o que é mesmo esse tal televisor 4K?
Fazendo
uma retrospectiva hiperdinâmica do mercado de televisores, lembramos que os
velhos aparelhos de tubo tinham uma resolução inferior a 300 linhas
horizontais, assim como os fantásticos videocassetes que adorávamos!
A
chegada do DVD aumentou a necessidade de imagens melhores, o que era conseguido
através de cabos e conexões especiais, como S-VHS e Videocomponente. Mas, só a
chegada dos novos TVs de tela fina, de plasma e LCD puderam oferecer uma
resolução bem melhor, agora em nível de pixels, 1024 x 768.
Como
a indústria não fica quieta, logo foi inventado o Blu-ray, que exigiu
televisores melhores. Para exibir a imagem do disquinho azul, era necessário um
display com uma resolução de 1920 por 1080, a famosa Full HD, ao pé da letra, alta
definição máxima.
Pois
bem, os famosos 4K são aparelhos capazes de reproduzir imagens com 3840 x 2160
pixels, também chamados de TVs Ultra HD. Em bom português, dá para enfiar 8
milhões de pontinhos luminosos na tela – e enxergar cada um deles!
Após
este abre-alas, o leitor deve estar se perguntando pra que raios precisamos de
um televisor assim, que oferece o dobro da resolução que um Blu-ray necessita?
E mais, se a nossa TV aberta digital só oferece conteúdo em 1080i? E, num coupe
de grace, pra que isso, num país onde a maioria da população só assiste TV
aberta, ou no máximo um DVD pirata ligado direto na TV?
Bem,
certamente os fabricantes das novas 4K não investiram nos novos displays
pensando nos brasileiros, mas nos nossos primos americanos, japoneses e
coreanos, bem mais chegados a uma nova tecnologia.
Destes
países, só o Japão estuda oferecer conteúdo em 4K, mas ainda está em fase de
projeto. O que se oferece de imediato é a possibilidade de fazer uma
up-conversion para 4K, ou seja, a partir de um conteúdo HD ou Full HD, converter
através de um processo eletrônico essa imagem para os oito milhões de pixels.
Quem já comparou um conteúdo em 4K original para esse produto convertido
considera que é algo muito inferior.
O
entusiasmo dos fabricantes talvez reflita não o mercado doméstico, mas, o da
indústria e comércio. Afinal de contas, há um enorme potencial para produtos de
alta resolução na área médica (exames que exijam um nível alto de resolução),
na indústria (painéis de controle com um grande número de detalhes), ou ainda
no comércio (displays gigantes para shopping centers e assemelhados). Seu uso
na televisão ou cinema também pode ser atrativo.
O
calcanhar de Aquiles desta equação está exatamente na indústria de conteúdo, os
que produzem e ofertam filmes, jogos e shows. Ainda não existe mídia física
digamos, “popular”, para oferecer esse conteúdo. Uma resolução dessas exige um
grande espaço de armazenamento, e mesmo para oferecer em streaming, através da
internet, vai demandar uma altíssima velocidade de acesso e um grande volume de
download.
Por
enquanto, os novos displays são apenas brinquedos de meninos ricos, já que
modelos como a Samsung LCD Precision Pro Black S9, de 85 polegadas, custa
apenas trinta e oito mil dólares. Lá, e sem os impostos de importação, que
elevariam esse preço ao dobro, para quem estiver pensando em importar um. Mais
em conta é o modelo da Sony, de 84 polegadas, que custa módicos cem mil reais
nas plagas tupiniquins. E ai, vai encarar?
Lançamentos em
DVD/Blu-Ray
“Amor”
Georges
(Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são professores de música
erudita que já passaram dos 80 anos. A filha, que possui a mesma profissão,
vive fora do país com o marido. Um dia, Anne é vítima de um acidente e o amor
que une este casal é posto à prova. A direção é de Michael Haneke. Ganhador do
Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2013. O disco traz o filme com formato de
tela 16x9 letterbox e áudio em DD 5.1. (T.O.: “Amour”).
“E Agora, Aonde
Vamos?”
Muçulmanos
e católicos vivem em uma pequena comunidade no Líbano, cujo único elo de
ligação com o mundo exterior é uma velha ponte, cercada por antigas minas
terrestres que jamais foram removidas. O sinal de TV pega muito mal, o que faz
com que não tenham muitas notícias sobre o que acontece no mundo. Apesar de a comunidade
ser dividida religiosamente, ela vive em paz. Até mesmo a igreja e a mesquita
dividem espaço em uma mesma casa. Até que, um dia, os homens da comunidade
começam a brigar entre si. É quando as mulheres entram em ação, procurando
meios de mantê-los ocupados, de forma que não possam entrar em conflito. Disco
com formato de tela widescreen e áudio DD 5.1. (T. O.: “Et Maintenant, On Va Où?”)
“À Beira do
Caminho”
A
história de João (João Miguel), um homem que encontra na estrada uma saída para
esquecer os dramas de seu passado. Por acaso ou sorte, seu caminho se cruza com
o de um menino (Vinicius Nascimento) em busca do pai que nunca conheceu. A
partir desse encontro, nasce uma bela relação que movimentará o delicado
equilíbrio construído por João para enfrentar seus fantasmas. O disco traz o
filme com formato de tela widescreen e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras,
Making Of e Trailer de Cinema. (T.O.: “À
Beira do Caminho”).
“A
Tentação”
Filosofias
opostas de dois homens envolvidos em um complicado triângulo amoroso com uma
linda mulher (Liv Tyler) se transformam em uma séria batalha que aborda as
forças de vontades de ambos. Na trama, o fundamentalista cristão (Patrick
Wilson) força o ateu (Charlie Hunnam) a ficar dependurado no topo de um alto
edifício. O fundamentalista dá ao ateu uma hora para escolher entre a própria
vida e a vida de outra pessoa, enquanto um policial (Terrence Howard) tenta
convencê-lo a descer do topo desse edifício. Sem acreditar na vida após a
morte, seria ele capaz de fazer tal sacrifício? O disco traz o filme com
formato de tela widescreen e áudio em DD 5.1. (T.O.: “The Ledge”).