Newton Ramalho
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O que está em cartaz
Semana com saudosismo,
confira na Sessão “Filmes da Semana”. Neste final de semana, teremos as
estreias da aventura “Os Três Mosqueteiros”, do drama “Winter, o Golfinho”, e
da produção francesa “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres”, na Sessão
Cine Cult do Cinemark”, além da pré-estreia de “Gigantes de Aço”. Continuam em
cartaz o drama nacional “Capitães da Areia”, o drama espírita “O Filme dos
Espíritos”, e as comédias “O Zelador Animal”, e o romance “Amizade Colorida. Nas
programações exclusivas, o Cinemark exibe “Diário de um Banana 2: Rodrick é o
Cara”, a comédia nacional “Família Vende Tudo”, o musical “Palavra Cantada”, o
nacional “O Homem do Futuro”, com Wagner Moura, e o terror “A Hora do Espanto”, enquanto o
Moviecom mantém “Eu Queria Ter a Sua Vida”, e a ação “Sem Saída”.
Estreia 1: “Os Três Mosqueteiros”
Quando os famosos mosqueteiros Athos (Matthew Macfayden), Aramis
(Luke Evans), e Porthos (Ray Stevenson) roubam o mais cobiçado projeto de
design de uma caixa forte, sentem o doce gosto do sucesso por pouco tempo. Sua
bela parceira de crimes, Milady (Milla Jovovich), droga o trio e vende os
desenhos para um importante nobre inglês, o Duque de Buckingham (Orlando
Bloom). O golpe abate os três espadachins. Quando, três anos depois, o jovem
D’Artagnan viaja para Paris para realizar seu sonho de se tornar um
mosqueteiro, ele encontra-os como uma sombra do que foram, procurando uma causa
que valha à pena servir. Filme
baseado nos personagens do famoso livro de Alexandre Dumas. A
direção é de Paul W. S. Anderson. “Os
Três Mosqueteiros” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. Exibição em 3D.
Estreia 2: “Winter, o Golfinho”
O jovem golfinho Winter nadava livremente pelo oceano até o dia em
que ficou preso em uma armadilha para caranguejos e isso acabou danificando de
maneira definitiva a sua cauda. Resgatada e levada para o Hospital Marinho de
Clearwater, na Flórida, sua luta pela sobrevivência vai depender bastante do
empenho de um menino (Nathan Gamble), disposto a tudo para convencer um médico
(Morgan Freeman) a criar uma prótese que possa ajudar o animal a nadar
novamente. O golfinho Winter que participa do filme é o verdadeiro e sua
recuperação é um exemplo de perseverança, tanto do animal como das pessoas
envolvidas em sua causa. Sem a sua cauda, um golfinho não sobrevive no mar. A
direção é de Charles Martin Smith. “Winter, o Golfinho” estréia nesta sexta-feira,
na Sala 6 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.
Sessão Cine Cult: “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres”
Desde criança Serge Gainsbourg (Eric Elmosnino) demonstrou aptidão
para as artes, em especial o desenho. Dono de uma imaginação fértil, ele via
personagens que retratavam variações de sua própria personalidade. Impulsionado
por um deles, Serge resolve abandonar o desenho para se dedicar integralmente à
música. Aos poucos conquista seu espaço como pianista e compositor, até
estourar de vez ao trabalhar com uma jovem cantora pop. Já um dos artistas mais
populares da França, ele tem casos com atrizes bastante conhecidas, como
Brigitte Bardot (Laetitia Casta) e Jane Birkin (Lucy Gordon). A direção é de Joann Sfar. “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres” estréia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 14h00.
Classificação indicativa 16 anos.
Pré-Estreia 2: “Gigantes de Aço”
“Gigantes de Aço” é estrelado por Hugh
Jackman no papel de Charlie Kenton, um lutador decadente que perdeu sua chance
de ganhar um título quando robôs de aço de mais de 900 quilos e mais de dois
metros e quarenta de altura entraram no ringue. Charlie, então um mero e
insignificante promotor, ganha apenas o suficiente, juntando sucatas de metal
de robôs, para passar de uma arena de boxe para outra. Quando Charlie chega ao
fundo do poço, ele relutantemente se une a seu filho afastado, Max (Dakota
Goyo), para construir e treinar um competidor para disputar o campeonato.
Conforme as apostas na brutal arena sem limites aumentam, Charlie e Max, contra
todas as probabilidades, têm uma última chance de dar a volta por cima. A direção é de Shawn Levy. “Os Gigantes de Aço” terá pré-estréia nos próximos sábado e domingo, na Sala 2 do Moviecom,
na sessão de 16h25. Classificação indicativa dez anos.
Sessão
Filme da Semana: “A Hora do Espanto” e “Capitães da Areia”
Saudosismo, essa é a palavra que
melhor exprime as estreias da semana, pelo menos para as pessoas da minha
geração. Como explicar outro sentimento para falar de “A Hora do Espanto”, um
dos filmes que mais marcaram os anos 80, ou, “Capitães da Areia”, um dos
romances mais conhecidos de Jorge Amado?
No início dos anos 80, o gênero
terror havia perdido um pouco sua identidade, pois, após a profusão de filmes B
dos anos 60, vampiros e lobisomens eram imagens de pouca importância para
aquela geração de jovens. Claro, o gênero terror sobrevivia graças aos títulos
“religiosos”, como “O Exorcista” e “Anticristo”.
O filme “A Hora do Espanto”, de
1985, dirigido por Tom Holland, praticamente reinventou o gênero, unindo
elementos do horror clássico com toques de humor, que alguns classificam como
“terrir”. A verdade é que o vampiro protagonizado por Chris Sarandon trouxe de
volta a maldade do personagem unido ao poder de sedução. Para enfrentá-lo, um
ridículo caçador de vampiros vivido magistralmente por Roddy McDowall.
Vinte e cinco anos depois, na onda
de remakes que sustenta a “criatividade” de Hollywood, uma nova versão de
“Fright Night” foi lançada, e muitos fãs do filme original ficaram de orelha em
pé, imaginando as “liberdades” que seriam adotadas na nova versão.
Para o alívio dos conservadores,
posso assegurar que muito do clima da produção original foi mantido. Ao
contrário da crescente onda de vampiros “bonzinhos e vegetarianos”, o
personagem vivido por Collin Farrel penetra fundo na tradição dos chupadores de
sangue, extraindo um Jerry Dandridge bonito, charmoso, sedutor, e,
implacavelmente perigoso.
Quem se defronta com ele é o
adolescente Charlie Brewster (Anton Yelchin), que tenta se livrar da imagem de
nerd, e dos amigos de infância, para provar que é popular, e merece ter
conquistado a sexy Amy Peterson (Imogen Poots).
Quando as mortes começam a acontecer,
e Charlie tem a certeza de que o responsável é Jerry, ninguém acredita nele,
nem mesmo a mãe e a namorada. Ele, então recorre a Peter Vincent, um pretenso
combatente das forças do mal. O caça-vampiros, que na produção original era
vivido por McDowall, foi magistralmente atualizado por David Tennant, que deu
vida a um ícone do show business de Las Vegas, com os estrelismos e efeitos
especiais dignos de Britney Spears.
O desfecho terá lugar no próprio
esconderijo de Jerry, e Charlie precisará de toda a sua coragem e inteligência
para salvar a vida da namorada, que era o alvo principal do vampiro. Conseguirá
ele o seu objetivo?
Um saudosismo diferente é o que
sentimos ao assistir “Capitães de Areia”. O livro homônimo, escrito por Jorge
Amado e publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os
"Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos
de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.
O filme, dirigido pela neta do
escritor, Cecilia Amado, conseguiu algo raro, transmitir a atmosfera do livro
nas telas do cinema. Assim, Pedro Bala, Dora, Sem Pernas, Gato e Pirulito
ganham vida, e mesmo sendo ladrões, malandros, mentirosos, agressivos e
estupradores, conseguem angariar a simpatia dos espectadores, algo que Jorge
Amado também conseguira nas páginas do seu livro.
O grupo de delinqüentes juvenis
apelidados de Capitães da Areia é comandado por Pedro Bala (Jean Luis Amorim),
filho de um líder sindical morto pela repressão da ditadura Vargas. Eles se
abrigam em um trapiche abandonado, vivendo de pequenos furtos, e além de Bala,
tem a orientação do Professor (Roberio Lima) e Gato (Paulo Abade). O malandro e
capoeirista Querido de Deus (Marinho Golçalves) faz a ligação dos meninos com o
mundo dos adultos, orientando-os para o bem e para o mal.
É nesse estado que a menina Dora
(Ana Graciela) se integra ao grupo. Apesar de, a princípio, tentarem
estuprá-la, depois passam a adorá-la, chamando-a de Mãezinha, substituindo a
figura materna que muitos nunca chegaram a conhecer.
Desconfiado, a princípio, aos
poucos Pedro Bala vai rendendo-se aos encantos da menina, apaixonando-se como
todos os outros. Mas, o tipo de vida que viviam nunca poderia chegar a um
desfecho senão trágico.
Uma das coisas que Jorge Amado
trouxe para o mundo foi a visão de uma Bahia que não existe, e provavelmente
nunca existiu. Claro, não me refiro à Bahia do Olodum, do elevador Lacerda, dos
trios elétricos, do Pólo Petroquímico, do trânsito infernal e da favela de
Alagados. Esta, aliás, é a minha grande decepção com a Bahia, que conheci ao
entrar na Petrobras, e que não tinha nada a ver com o que eu conhecia das obras
de Jorge Amado.
O genial escritor baiano conseguiu
criar um mundo poético, onde até os delinqüentes juvenis se tornavam figuras
amadas, críveis e dolorosamente reais. Sua extensa obra está repleta de figuras
incríveis, como o Quincas Berro-D Água, Gabriela Cravo e Canela e Tereza
Batista Cansada de Guerra.
Em todos os seus livros, Amado nos
transporta para um mundo mágico habitado por malandros, prostitutas, coronéis,
jogadores e amantes, sempre nos transformando em cúmplices de seus personagens,
amando e odiando como eles.
Cecília Amado, em sua estréia como
diretora, conseguiu o feito incrível de transpor o universo do avô para as
telas, apoiando-se em um elenco juvenil, mas, muito talentoso, e uma excelente
recriação de época.
Este filme é uma das melhores
surpresas do cinema nacional em 2011, e é um dos eventos que marcam o
centenário do genial escritor baiano, que será comemorado em 2012. Até lá,
confiram “Capitães da Areia”.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray
“Arthur: A Guerra dos Dois Mundos”
M., o Maldito, sempre maquiavélico,
aproveitou a abertura do raio da Lua para crescer e passar para o mundo dos
humanos. Todos temem o pior, pois essa criatura abominável agora mede mais de
dois metros de altura e está decidida a conquistar novas terras. Diante de uma
ameaça tão terrível, Arthur e seus amigos usarão todas as artimanhas,
aproveitarão todas as situações mais inesperadas, enfim, farão de tudo para
estragar o assustador plano de Maltazard. Mas será que vale a pena lutar contra
um monstro gigantesco quando se mede apenas dois milímetros de altura? Disco com formato de tela widescreen
anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.
“Conduzindo Miss Daisy – Edição Definitiva”
Sul dos Estados Unidos, década de
50. Após um acidente, um rico empresário decide contratar um motorista negro
para a sua mãe, a excêntrica Miss Daisy. No início, a convivência dos dois é
difícil, mas com o tempo eles se tornam amigos e confidentes, algo impensável
na sociedade racista da época. Embalado
por uma nostálgica trilha sonora, que inclui canções de Louis Armstrong e Ella
Fitzgerald, Conduzindo Miss Daisy é um drama comovente para se ver e rever
muitas vezes. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em
Dolby Digital 2.1, e, como extras, Miss Daisy: do teatro ao cinema, Jessica
Tandy, uma homenagem, Making of, Trailer
de cinema.
“Matemática do Amor”
Mona Grey (Jessica Alba) é uma
garota que vive em seu próprio mundo. Mas seu isolamento se torna maior quando
seu pai (John Shea), um brilhante matemático, adoece e a mãe (Sônia Braga) a
coloca para fora de casa. Na verdade, ela deseja que a filha tenha amigos e um
trabalho. Sem seu companheiro de números, a tímida e introvertida Mona começa a
lecionar matemática em seu antigo colégio. Um emprego arranjado por sua mãe.
Apesar de nunca ter dado aulas, Mona desenvolve um método que conquista os
novos e problemáticos alunos do segundo ano. A convivência com eles e com um
professor de ciências (Chris Messina) a leva a conhecer e interagir com um novo
mundo. O disco traz o filme com formato
de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Ficha Técnica e
Trailers.
“A Garota de Rosa Shocking”
Molly Ringwald é a garota esperta
do lado errado da cidade. Andrew McCarthy é o garoto rico que realmente a ama.
E Jon Cryer é... apenas Duckie. Todos eles estão de volta nessa Edição Especial
de A Garota de Rosa-Shocking. Escrito por John Hughes e dirigido por Howard
Deutch, A Garota de Rosa-Shocking vai levar você de volta à formatura... aos
risos, às lágrimas e até ao primeiro beijo. O disco traz o filme com formato de
tela widescreen e áudio em
Dolby Digital 5.1, e, como Extras, De Volta à Formatura, A
Primeira Vez: O Making Of de A Garota de Rosa-Shocking, Cenas Comentadas, e
Áudio Comentário com o Diretor Howard Deutch.
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