sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Coluna Claquete – 14 de outubro de 2011





Newton Ramalho

 

colunaclaquete@gmail.comwww.colunaclaquete.blogspot.com  - @colunaclaquete



O que está em cartaz

Semana com saudosismo, confira na Sessão “Filmes da Semana”. Neste final de semana, teremos as estreias da aventura “Os Três Mosqueteiros”, do drama “Winter, o Golfinho”, e da produção francesa “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres”, na Sessão Cine Cult do Cinemark”, além da pré-estreia de “Gigantes de Aço”. Continuam em cartaz o drama nacional “Capitães da Areia”, o drama espírita “O Filme dos Espíritos”, e as comédias “O Zelador Animal”, e o romance “Amizade Colorida. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe “Diário de um Banana 2: Rodrick é o Cara”, a comédia nacional “Família Vende Tudo”, o musical “Palavra Cantada”, o nacional “O Homem do Futuro”, com Wagner Moura, e o terror “A Hora do Espanto”, enquanto o Moviecom mantém “Eu Queria Ter a Sua Vida”, e a ação “Sem Saída”.  

 Estreia 1: “Os Três Mosqueteiros


Quando os famosos mosqueteiros Athos (Matthew Macfayden), Aramis (Luke Evans), e Porthos (Ray Stevenson) roubam o mais cobiçado projeto de design de uma caixa forte, sentem o doce gosto do sucesso por pouco tempo. Sua bela parceira de crimes, Milady (Milla Jovovich), droga o trio e vende os desenhos para um importante nobre inglês, o Duque de Buckingham (Orlando Bloom). O golpe abate os três espadachins. Quando, três anos depois, o jovem D’Artagnan viaja para Paris para realizar seu sonho de se tornar um mosqueteiro, ele encontra-os como uma sombra do que foram, procurando uma causa que valha à pena servir. Filme baseado nos personagens do famoso livro de Alexandre Dumas. A direção é de Paul W. S. Anderson. “Os Três Mosqueteiros” estreia nesta sexta-feira, na Sala 2 do Cinemark, e na Sala 6 do Moviecom. Classificação indicativa 14 anos. Cópias dubladas e legendadas. Exibição em 3D.

Estreia 2: “Winter, o Golfinho


O jovem golfinho Winter nadava livremente pelo oceano até o dia em que ficou preso em uma armadilha para caranguejos e isso acabou danificando de maneira definitiva a sua cauda. Resgatada e levada para o Hospital Marinho de Clearwater, na Flórida, sua luta pela sobrevivência vai depender bastante do empenho de um menino (Nathan Gamble), disposto a tudo para convencer um médico (Morgan Freeman) a criar uma prótese que possa ajudar o animal a nadar novamente. O golfinho Winter que participa do filme é o verdadeiro e sua recuperação é um exemplo de perseverança, tanto do animal como das pessoas envolvidas em sua causa. Sem a sua cauda, um golfinho não sobrevive no mar. A direção é de Charles Martin Smith. “Winter, o Golfinho estréia nesta sexta-feira, na Sala 6 do Cinemark. Classificação indicativa livre. Cópias dubladas.

Sessão Cine Cult: “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres


Desde criança Serge Gainsbourg (Eric Elmosnino) demonstrou aptidão para as artes, em especial o desenho. Dono de uma imaginação fértil, ele via personagens que retratavam variações de sua própria personalidade. Impulsionado por um deles, Serge resolve abandonar o desenho para se dedicar integralmente à música. Aos poucos conquista seu espaço como pianista e compositor, até estourar de vez ao trabalhar com uma jovem cantora pop. Já um dos artistas mais populares da França, ele tem casos com atrizes bastante conhecidas, como Brigitte Bardot (Laetitia Casta) e Jane Birkin (Lucy Gordon). A direção é de Joann Sfar. “Gainsbourg – O Homem Que Amava as Mulheres” estréia nesta sexta-feira, na Sala 4 do Cinemark, na sessão de 14h00. Classificação indicativa 16 anos.

 

Pré-Estreia 2: “Gigantes de Aço


Gigantes de Aço é estrelado por Hugh Jackman no papel de Charlie Kenton, um lutador decadente que perdeu sua chance de ganhar um título quando robôs de aço de mais de 900 quilos e mais de dois metros e quarenta de altura entraram no ringue. Charlie, então um mero e insignificante promotor, ganha apenas o suficiente, juntando sucatas de metal de robôs, para passar de uma arena de boxe para outra. Quando Charlie chega ao fundo do poço, ele relutantemente se une a seu filho afastado, Max (Dakota Goyo), para construir e treinar um competidor para disputar o campeonato. Conforme as apostas na brutal arena sem limites aumentam, Charlie e Max, contra todas as probabilidades, têm uma última chance de dar a volta por cima. A direção é de Shawn Levy. Os Gigantes de Açoterá pré-estréia nos próximos sábado e domingo, na Sala 2 do Moviecom, na sessão de 16h25. Classificação indicativa dez anos.






Sessão Filme da Semana: “A Hora do Espanto” e Capitães da Areia”


Saudosismo, essa é a palavra que melhor exprime as estreias da semana, pelo menos para as pessoas da minha geração. Como explicar outro sentimento para falar de “A Hora do Espanto”, um dos filmes que mais marcaram os anos 80, ou, “Capitães da Areia”, um dos romances mais conhecidos de Jorge Amado?
No início dos anos 80, o gênero terror havia perdido um pouco sua identidade, pois, após a profusão de filmes B dos anos 60, vampiros e lobisomens eram imagens de pouca importância para aquela geração de jovens. Claro, o gênero terror sobrevivia graças aos títulos “religiosos”, como “O Exorcista” e “Anticristo”.
O filme “A Hora do Espanto”, de 1985, dirigido por Tom Holland, praticamente reinventou o gênero, unindo elementos do horror clássico com toques de humor, que alguns classificam como “terrir”. A verdade é que o vampiro protagonizado por Chris Sarandon trouxe de volta a maldade do personagem unido ao poder de sedução. Para enfrentá-lo, um ridículo caçador de vampiros vivido magistralmente por Roddy McDowall.
Vinte e cinco anos depois, na onda de remakes que sustenta a “criatividade” de Hollywood, uma nova versão de “Fright Night” foi lançada, e muitos fãs do filme original ficaram de orelha em pé, imaginando as “liberdades” que seriam adotadas na nova versão.
Para o alívio dos conservadores, posso assegurar que muito do clima da produção original foi mantido. Ao contrário da crescente onda de vampiros “bonzinhos e vegetarianos”, o personagem vivido por Collin Farrel penetra fundo na tradição dos chupadores de sangue, extraindo um Jerry Dandridge bonito, charmoso, sedutor, e, implacavelmente perigoso.
Quem se defronta com ele é o adolescente Charlie Brewster (Anton Yelchin), que tenta se livrar da imagem de nerd, e dos amigos de infância, para provar que é popular, e merece ter conquistado a sexy Amy Peterson (Imogen Poots).
Quando as mortes começam a acontecer, e Charlie tem a certeza de que o responsável é Jerry, ninguém acredita nele, nem mesmo a mãe e a namorada. Ele, então recorre a Peter Vincent, um pretenso combatente das forças do mal. O caça-vampiros, que na produção original era vivido por McDowall, foi magistralmente atualizado por David Tennant, que deu vida a um ícone do show business de Las Vegas, com os estrelismos e efeitos especiais dignos de Britney Spears.
O desfecho terá lugar no próprio esconderijo de Jerry, e Charlie precisará de toda a sua coragem e inteligência para salvar a vida da namorada, que era o alvo principal do vampiro. Conseguirá ele o seu objetivo?
Um saudosismo diferente é o que sentimos ao assistir “Capitães de Areia”. O livro homônimo, escrito por Jorge Amado e publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os "Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.
O filme, dirigido pela neta do escritor, Cecilia Amado, conseguiu algo raro, transmitir a atmosfera do livro nas telas do cinema. Assim, Pedro Bala, Dora, Sem Pernas, Gato e Pirulito ganham vida, e mesmo sendo ladrões, malandros, mentirosos, agressivos e estupradores, conseguem angariar a simpatia dos espectadores, algo que Jorge Amado também conseguira nas páginas do seu livro.
O grupo de delinqüentes juvenis apelidados de Capitães da Areia é comandado por Pedro Bala (Jean Luis Amorim), filho de um líder sindical morto pela repressão da ditadura Vargas. Eles se abrigam em um trapiche abandonado, vivendo de pequenos furtos, e além de Bala, tem a orientação do Professor (Roberio Lima) e Gato (Paulo Abade). O malandro e capoeirista Querido de Deus (Marinho Golçalves) faz a ligação dos meninos com o mundo dos adultos, orientando-os para o bem e para o mal.
É nesse estado que a menina Dora (Ana Graciela) se integra ao grupo. Apesar de, a princípio, tentarem estuprá-la, depois passam a adorá-la, chamando-a de Mãezinha, substituindo a figura materna que muitos nunca chegaram a conhecer.
Desconfiado, a princípio, aos poucos Pedro Bala vai rendendo-se aos encantos da menina, apaixonando-se como todos os outros. Mas, o tipo de vida que viviam nunca poderia chegar a um desfecho senão trágico.
Uma das coisas que Jorge Amado trouxe para o mundo foi a visão de uma Bahia que não existe, e provavelmente nunca existiu. Claro, não me refiro à Bahia do Olodum, do elevador Lacerda, dos trios elétricos, do Pólo Petroquímico, do trânsito infernal e da favela de Alagados. Esta, aliás, é a minha grande decepção com a Bahia, que conheci ao entrar na Petrobras, e que não tinha nada a ver com o que eu conhecia das obras de Jorge Amado.
O genial escritor baiano conseguiu criar um mundo poético, onde até os delinqüentes juvenis se tornavam figuras amadas, críveis e dolorosamente reais. Sua extensa obra está repleta de figuras incríveis, como o Quincas Berro-D Água, Gabriela Cravo e Canela e Tereza Batista Cansada de Guerra.
Em todos os seus livros, Amado nos transporta para um mundo mágico habitado por malandros, prostitutas, coronéis, jogadores e amantes, sempre nos transformando em cúmplices de seus personagens, amando e odiando como eles.
Cecília Amado, em sua estréia como diretora, conseguiu o feito incrível de transpor o universo do avô para as telas, apoiando-se em um elenco juvenil, mas, muito talentoso, e uma excelente recriação de época.
Este filme é uma das melhores surpresas do cinema nacional em 2011, e é um dos eventos que marcam o centenário do genial escritor baiano, que será comemorado em 2012. Até lá, confiram “Capitães da Areia”.



Lançamentos em DVD/Blu-Ray


“Arthur: A Guerra dos Dois Mundos”

M., o Maldito, sempre maquiavélico, aproveitou a abertura do raio da Lua para crescer e passar para o mundo dos humanos. Todos temem o pior, pois essa criatura abominável agora mede mais de dois metros de altura e está decidida a conquistar novas terras. Diante de uma ameaça tão terrível, Arthur e seus amigos usarão todas as artimanhas, aproveitarão todas as situações mais inesperadas, enfim, farão de tudo para estragar o assustador plano de Maltazard. Mas será que vale a pena lutar contra um monstro gigantesco quando se mede apenas dois milímetros de altura?  Disco com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 5.1.

“Conduzindo Miss Daisy – Edição Definitiva”
 
Sul dos Estados Unidos, década de 50. Após um acidente, um rico empresário decide contratar um motorista negro para a sua mãe, a excêntrica Miss Daisy. No início, a convivência dos dois é difícil, mas com o tempo eles se tornam amigos e confidentes, algo impensável na sociedade racista da época.  Embalado por uma nostálgica trilha sonora, que inclui canções de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald, Conduzindo Miss Daisy é um drama comovente para se ver e rever muitas vezes. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 2.1, e, como extras, Miss Daisy: do teatro ao cinema, Jessica Tandy, uma homenagem, Making of,  Trailer de cinema.

“Matemática do Amor”

Mona Grey (Jessica Alba) é uma garota que vive em seu próprio mundo. Mas seu isolamento se torna maior quando seu pai (John Shea), um brilhante matemático, adoece e a mãe (Sônia Braga) a coloca para fora de casa. Na verdade, ela deseja que a filha tenha amigos e um trabalho. Sem seu companheiro de números, a tímida e introvertida Mona começa a lecionar matemática em seu antigo colégio. Um emprego arranjado por sua mãe. Apesar de nunca ter dado aulas, Mona desenvolve um método que conquista os novos e problemáticos alunos do segundo ano. A convivência com eles e com um professor de ciências (Chris Messina) a leva a conhecer e interagir com um novo mundo.  O disco traz o filme com formato de tela cheia e áudio Dolby Digital 5.1, e, como extras, Ficha Técnica e Trailers.

“A Garota de Rosa Shocking”

Molly Ringwald é a garota esperta do lado errado da cidade. Andrew McCarthy é o garoto rico que realmente a ama. E Jon Cryer é... apenas Duckie. Todos eles estão de volta nessa Edição Especial de A Garota de Rosa-Shocking. Escrito por John Hughes e dirigido por Howard Deutch, A Garota de Rosa-Shocking vai levar você de volta à formatura... aos risos, às lágrimas e até ao primeiro beijo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1, e, como Extras, De Volta à Formatura, A Primeira Vez: O Making Of de A Garota de Rosa-Shocking, Cenas Comentadas, e Áudio Comentário com o Diretor Howard Deutch.

Nenhum comentário: