NA TELONA – “Senna” (UK, 2010), é uma biografia sobre a carreira dentro e fora das pistas desse esportista morto em 1994. Se você já usou seus domingos para ver corrida de Formula 1 na tv, agora vá ao cinema. Abrangendo desde Kart até Xuxa, não é um documentário automobilístico, é a vida de Senna. Todos os elementos do herói estão ali: a ascensão meteórica (em Mônaco, 1984), um forte rival (Prost), os duelos (sobretudo em Suzuka), o vilão (Jean-Marie Balestre, presidente da FIA), o drama e o triste final. Até a morte do mito, era comum que a cada duas ou três corridas morresse um piloto. Apesar da queda de mortalidade nos anos 90, F1 era o esporte mais perigoso do mundo. Nessa roleta russa era raro um piloto passar dos 30 anos. Provavelmente esse foi o maior legado do herói, devido ao carisma e à preocupação com segurança, sua partida serviu para tornar esse esporte seguro ou pelo menos não mais fatal. O doc é bom, mas podia ser melhor. Ao contrário de Alan Prost, Senna era emotivo, ingênuo e carismático; isso por si só já dá um bom material, mas derraparam na curva. Nenhum material exclusivo foi feito para o filme, é todo em cima de arquivo e a narração em inglês com legendas em português, o que pode dificultar a popularização. Tive a impressão que foi feito – literalmente - para inglês ver.
Legenda: Lenda, mito e herói num só, pena que não viram a curva.
Créditos: Paramount
NA TV – Continuação. Battlestar Galáctica ou BSG (Battlestar Galactica, EUA, 1978-presente). Devido à pressão dos fãs, os produtores criaram uma nova versão chamada “Galáctica 1980”. Quiseram aproveitar o sucesso da primeira sem o efeito colateral, custos. Resultado: o roteiro ficou tão fraco que os atores da primeira versão se recusaram a mostrar a cara, e com apenas 10 episódios foi um fracasso. Em 2003, fizeram uma minissérie, com três horas, sondando a viabilidade e recepção de público. Acertaram em cheio, uma boa estória bem contada deu o sinal verde à reimaginação da série. 2004 é o ano do “remake” que já começa em alta definição. Passou aqui no canal fechado TNT, e, de forma rara, com legendas e o áudio original. Para efeito de comparação, a Enterprise (de jornada nas estrelas) é a melhor nave da frota, com a melhor tripulação, tendo a melhor das intenções, que usa a diplomacia como pano de fundo. Galáctica ao contrário, é uma lata velha, com uma tripulação decadente, que no dia da sua aposentadoria e do seu comandante é atacada de surpresa, escapando pelo fato de ser tão ultrapassada que nem os atacantes encaram com seriedade. Sabe aquela série que você vê quando está cansado, quer desligar o cérebro e talvez até rir? Pois é, não é essa. Nessa estória nada otimista, todos os gatos são pardos. Não existe mocinho ou bandido e sim interesses, e esses são conflitantes tendo conseqüência sempre. Sendo uma ópera espacial, seria fácil categorizar como uma estória de batalha espacial ou futurista, mas não poderia estar mais longe da verdade. Continua.
NA NET – Termina amanha a IV Edição do Festival Goiamum Audiovisual, no Palácio da Cultura. Para os que ainda não foram, o destaque desse ano é a I edição competitiva de curtas nacionais. Mais informações no 3211-2921 ou www.goiamumaudiovisual.org.br.
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