sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Coluna Claquete – 19 de novembro de 2010



Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com – colunaclaquete.blogspot.com


O que está em cartaz


Hoje à noite acontece a premiação do FestNatal 2010, cujo resultado os senhores saberão na próxima Claquete. Enquanto isso, nos cinemas, a grande estreia da semana é o esperado “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1”, não só nos cinemas de Natal como os da rede Multicine, de Mossoró, cuja programação fará parte da coluna a partir desta edição. A Sessão Cine Cult do Cinemark traz o longa “Como Esquecer”, com Ana Paula Arósio. Continuam em cartaz a ótima ação “RED – Aposentados e Perigosos”, com Bruce Willis, os nacionais “Muita Calma Nessa Hora” e “Tropa de Elite 2”, com Wagner Moura, o terror “Jogos Mortais – O Final”, e a comédia “Um Parto de Viagem”, com Robert Downey Jr. Nas programações exclusivas, o Moviecom mantém a animação “Garfield – Um Super-Herói Animal”, enquanto o Multicine exibe “Atividade Paranormal 2” e “A Lenda dos Guardiões”.


Estreia 1: “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1”

O poder de Voldemort (Ralph Fiennes) está aumentando cada dia mais. Ele agora tem o controle sobre o Ministério da Magia e de Hogwarts. Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) decidem terminar o trabalho de Dumbledore e encontrar o resto das Horcruxes para derrotar o Lorde das Trevas. Mas, a esperança continua pouca para eles, então tudo o que eles fazem tem que sair como planejado. Este filme traz a primeira parte dos eventos do sétimo livro da saga Harry Potter, e o segundo virá em 2011. A direção é de David Yates. “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” estreia nesta sexta-feira, nas Salas 4, 6 e 7 do Moviecom, nas Salas 2 e 7 do Cinemark, e, nas Salas 2 e 3 do Multicine de Mossoró. Classificação indicativa 12 anos. Cópias dubladas e legendadas.

 

Sessão Cine Cult: “Como Esquecer”


“Como Esquecer”, da diretora Malu de Martino, fala sobre o sofrimento e a dor da perda após o rompimento de um relacionamento – no caso, de um casal homossexual. No filme, baseado no livro “Como Esquecer - Anotações Quase Inglesas”, de Myriam Campello, Ana Paula Arósio é Júlia, uma professora de literatura inglesa que tem de lidar com o fim de seu relacionamento de dez anos com a namorada. Mal humorada, extremamente fechada, e quase beirando a grosseria, ela conta como apoio do seu melhor amigo, Hugo (Murilo Rosa), ele próprio se recuperando da perda de um companheiro, vítima de câncer. “Como Esquecer” estreia nesta sexta-feira, na Sala 5 do Cinemark, na sessão de 14h. Classificação indicativa 14 anos.




Confira na TV

 

“Harry Potter e a Câmara Secreta”, no SBT


Na casa dos seus tios, Harry Potter recebe a visita do elfo doméstico Dobby, que o alerta sobre os perigos de seu retorno à Hogwarts. Ignorando o aviso, Harry, ao se dirigir à escola, descobre que a passagem entre os dois mundos foi fechada misteriosamente. Já em Hogwarts, fatos muito estranhos acontecem após sua chegada. Sem falar que o novo e arrogante professor de defesa contra a arte das trevas será mais um problema para o bruxo. Sexta-feira, às 23h10.

 “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, no SBT

Harry Potter está tendo um ano péssimo. Além de receber a visita dos terríveis dementadores e descobrir que Dumbledore fundou a ordem da Fênix, ele ainda é submetido a um julgamento. Em Hogwarts, tudo piora quando o ministro da magia designa a professora Dolore Umbridge para lecionar na escola. Ao perceber que o curso de Dolore não prepara os alunos contra as forças do mal, Harry, incentivado por Hermione e Ron, decide cuidar do problema com suas próprias mãos. Sábado, às 23h10.

 

“Minha Super Ex-Namorada”, na Globo

Após descobrir que a namorada Jenny (Uma Thurman) é a super heroína, Matt (Luke Wilson) acredita que é o homem mais sortudo do mundo. Mas as atividades da namorada como super-heroína acabam sempre atrapalhando seus encontros, o que faz com que ele decida encerrar o relacionamento. O que ele não imaginava é que ter uma ex-namorada vingativa e que com super poderes pode ser perigoso.  Sábado, às 23h.

 

“Hitch – Conselheiro Amoroso”, na Globo

Alex “Hitch” Hitchens (Will Smith) é um lendário, e propositalmente anônimo, doutor do amor. Em Nova York, em troca de determinada taxa, ele se dispõe a ajudar homens a conquistar as mulheres de seus sonhos. Enquanto trabalha para um contador que se apaixonou por uma socialite, conhece uma linda mulher: a jornalista Sara Melas (Eva Mendes). Domingo, às 13h45.

 

“Na Teia da Aranha”, na Globo


Alex Cross (Morgan Freeman) volta à ativa, com a ajuda de uma agente do serviço secreto americano, para enfrentar um psicopata que planeja seus passos com precisão. Cross estava afastado, se recuperando da morte brutal de seu parceiro, mas é convocado a voltar depois que um criminoso sequestra a filha de um senador americano de dentro do internato em que ela estuda. Domingo, às 0h15.

 

“Corpo Fechado”, na Globo

Um espantoso desastre de trem choca os Estados Unidos. Todos os passageiros morrem, com exceção de David Dunn (Bruce Willis), que sai completamente ileso do acidente, para espanto dos médicos e de si mesmo. Buscando explicações sobre o ocorrido, ele encontra Elijah Price (Samuel L Jackson), um estranho que apresenta uma explicação estranha para o fato. Domingo, às 23h40.

 









 Lançamentos em DVD/Blu-Ray



“O Solteirão”
Após anos em Nova York, Roger Greenberg (Bem Stiller) volta para Los Angeles para dar um rumo em sua vida. Decide ir morar com seu irmão mais velho e acaba cuidando da casa e dos filhos. Greenberg tenta refazer antigos laços de amizade, incluindo o velho companheiro Ivan (Ivan Schrank). Mas, logo percebe que "velhos amigos" não significa "melhores amigos". É quando ele se dá conta de que a única pessoa que lhe dá atenção é a também solitária Florence (Greta Gerwig), assistente pessoal de seu irmão. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.



“A Estrada”
Um evento cataclísmico atingiu a terra, devastando-a por completo. Milhões de pessoas foram erradicadas por incêndios, inundações, a energia elétrica se acabou e outras morreram de fome e desespero. Um pai e seu filho resolvem partir em uma longa viagem pela América destruída, em direção ao oceano, em uma épica jornada de sobrevivência nesse mundo pós-apocalíptico. Os dois devem permanecer unidos, contando com uma imensa força de vontade que mantém suas esperanças vivas, não importa a qual custo. O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.



“Núpcias de Escândalo – Ed. Especial”

Katharine Hepburn, Cary Grant e James Stewart vivem uma deliciosa comédia romântica sobre uma socialite prestes a se casar. Antes, reconhece erros de seu passado e acaba encontrando um príncipe encantado. Nesse filme, Hepburn garantiu a sua volta ao estrelato representando o mesmo papel que viveu na peça original da Broadway. O disco traz o filme com formato de tela standard e áudio em Dolby Digital. Os extras são: Disco 01: Comentários de Jeannine Basinger e Trailers; Disco 02: Katharine Hepburn: Tudo sobre Mim, Um Auto-Retrato, Homens que Fizeram o Cinema: George Cukor, Aquele Sentimento Inferior e A Pulga sem Casa.


“Olhos do Mal”
 
Uma pediatra que passa por um forte trauma pessoal se muda juntamente com seu marido para um local mais tranqüilo. Na nova casa surgem diversos fenômenos que assombram os dias da médica transformando sua vida em um verdadeiro inferno. As visões são cada vez mais freqüentes e as respostas para esses fatos sobrenaturais virão de documentos proibidos e guardados por anos pelas autoridades. Será que esse pesadelo terá fim? O disco traz o filme com formato de tela widescreen e áudio em Dolby Digital 5.1.




Especial: Comédia ao gosto do freguês

Eu percebi que havia alguma coisa errada na minha relação com as comédias ao assistir “Se Beber Não Case”. Eu detestei o filme, e não conseguia entender por que as pessoas se dobravam de rir. Logo descobri que eu era, provavelmente, o único habitante da Terra que não tinha gostado, pois foi sucesso de público e uma sequência está a caminho, com direito a uma ponta do próprio Bill Clinton!...
Quando “Um Parto de Viagem”, dos mesmos produtores, estreou nos cinemas, não hesitei em conferir, já que o protagonista era Robert Downey Jr, um dos meus atores favoritos. Bem, descobri que eu realmente tenho algum problema com esse tipo de comédia.
Gosto é íntimo, pessoal e intransferível, caro Newton, dirão filosoficamente os meus queridos e sábios leitores. Este é um axioma que se aplica a quase tudo, e, com certeza, aos espectadores. Poderia acrescentar que, em função da história de vida de cada um, pode haver uma identificação – positiva ou negativa – com o que é mostrado na tela, e, daí, o famoso "não gostei”.
Bem, é difícil, para mim, achar engraçado a repetida situação onde um desafortunado fica à mercê de um completo imbecil que não para de fazer asneiras. Será que é engraçado ver o sujeito gastar todo o dinheiro que tem comprando maconha, não saber que não pode usar um nome artístico para descontar um cheque, ou, espancar uma criança para que pare de importunar? A plateia inteira gargalhava até não poder mais.
É curioso como o gênero comédia consegue ser tão variado. Qualquer pessoa que tenha nascido há menos de cem anos certamente assistiu as deliciosas comédias mudas de Charlie Chaplin, com o seu personagem Carlitos. Se olharmos com atenção, veremos que o mais interessante do personagem era a inocência que o fazia levar a melhor sobre os bigodudos inimigos.
Esse tipo de personagem, característico da comédia pastelão, fez escola com Chaplin, o Gordo e o Magro (Oliver Hardy e Stan Laurel), os irmãos Marx (Groucho, Chico, Harpo e Zeppo), Harold Lloyd, os Três Patetas e Jerry Lewis, que reinaram sobre a comédia até os anos 60. No Brasil, Mazzaropi e Renato Aragão foram dignos representantes desse tipo de humor.
Nesse range de tempo, é preciso destacar duas personalidades importantes, cada um em sua época. Buster Keaton, apesar de utilizar os mesmos elementos de corridas, quedas e fugas, tinha uma característica à parte. Era conhecido como o homem que nunca ri, o que não impedia que fosse um sucesso de público e de gargalhadas.
Outra figura interessante, que fez sucesso até os anos 70 foi o inglês Peter Sellers, mais conhecido pelos filmes da Pantera Cor-de-rosa, embora tenha atuado com maestria em filmes dramáticos, como “Dr. Strangelove” e “Muito Além do Jardim”. Um digno representante desse tipo de atuação é Steve Carell, cujo ultimo sucesso foi o remake de “Agente 86”.
Duas figuras importantes do cinema dessa época firmaram-se no mundo das comédias, com resultados ora geniais, ora medíocres. Foram eles Mel Brooks e Woody Allen, antes de entrar na sua fase de dramas verborrágicos.
Os anos 80 trouxeram duas vertentes de comédias americanas. A primeira, com humoristas oriundos da TV, como Jim Carrey, Eddie Murphy, Martin Lawrence, Chris Rock, Gene Wilder e outros. Esses são os careteiros e gritadores. Jim Carrey atuou muito bem em filmes dramáticos como “O Show de Truman”, mas, as suas comédias são lamentáveis. O mesmo com Murphy, que fez sucesso com a série “Um Tira da Pesada”, mas, suas comédias resumem-se a maquiagem, gritos e caretas.
O outro tipo de comédia que fez sucesso nos 80 inspirou-se na revista MAD, que satirizava tudo e incluía piadas nas bordas e entrelinhas que eram mais engraçadas que as piadas principais. A primeira versão cinematográfica foi “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”.
Por fazer gozações com filmes famosos, entremeado por piadas secundárias, este subgênero fez muito sucesso, gerando frutos como “Top Secret – Superconfidencial”, a série “Corra Que a Polícia Vem Aí”, e o recente “Vampiros Que Se Mordam”. Esse tipo de comédia renasceu com a série “Todo Mundo em Pânico”, dos irmãos Wayans, que satirizava os filmes de terror e misturava piadas escatológicas com referências a muitos filmes.
Seria injusto não citar as comédias do outro lado do Atlântico, que vão desde os escrachados pastelões italianos, como “O Exército de Brancaleone”, até a sutileza das comédias inglesas, como “Um Peixe Chamado Wanda”, “Quatro Casamentos e um Funeral” e “Ou Tudo, Ou Nada”.
Enfim, fazer humor é uma coisa muito séria, depende do público-alvo, e as risadas nem sempre são garantidas. Mas, como se diz na minha terra, há sempre uma chinela velha para um pé torto. Portanto, amantes das comédias sem graça, esqueçam dos críticos chatos e sejam felizes!    

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