Newton Ramalho - colunaclaquete@gmail.com
O que está em cartaz
Enquanto as bombas chovem em Gaza e os temporais castigam o Sul-Maravilha, Natal continua – literalmente – com céu de brigadeiro, para alegria de turistas e estudantes em férias. E, como ninguém é de ferro, depois da praia, nada melhor que um cineminha. Neste final de semana estréia “O Curioso Caso de Benjamim Button”, com Brad Pitt, a animação “O Corajoso Ratinho Despereaux”, o terror “Quarentena”, o romance “Surpresas do Amor” (só no Moviecom), e “Gesto Obsceno”, no Projeto Moviecom Arte. Continuam em cartaz a ficção “O Dia em Que a Terra Parou” (vejam em Filmes da Semana), a animação “O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes”, os dramas “Marley e Eu”, com Owen Wilson, e “Sete Vidas”, com Will Smith, a animação “Bolt – Supercão”, a comédia nacional “Se Eu Fosse Você 2”, e a animação “Madagascar 2 – A Grande Escapada”. Nas programações exclusivas, o Cinemark exibe o romance “Crepúsculo” e o drama “La Leonera” na Sessão Cult.
Estréia 1: “O Curioso Caso de Benjamim Button”
Drama baseado no clássico romance homônimo

Estréia 2: “O Corajoso Ratinho Despereaux”
Despereaux Tilling é um pequeno rato que sonha com aventuras. Certo dia, ao visitar a biblioteca do castelo real, onde se diverte com histórias de

Estréia 3: “Quarentena”

Estréia 4: “Surpresas do Amor”
Todo Natal Brad (Vince Vaughn) e Kate (Reese

Sessão Cult: “La Leonera”

Projeto Moviecom Arte: “Gesto Obsceno”
Michael Klienhouse é o típico homem comum,

Confira na TV
“Penetras Bons de Bico”, no SBT
Dois amigos que têm como hobby invadir festas de casamento sem serem convidados se envolvem com a filha de um influente político, que está noiva. Com Owen Wilson, Vince Vaughn e Will Ferrell. Sexta-feira, às 22h.
“A Sogra”, no SBT
Após perder o emprego, uma jornalista tenta atrapalhar o relacionamento do filho com sua nova namorada, por temer também perdê-lo. Com Jane Fonda e Jennifer Lopez. Sábado, às 22h.
“Entre Dois Amores”, na Band
Uma jovem advogada, bonita e inteligente, fica indecisa entre dois homens que a cortejam. Não é o filme de Sidney Pollack. Sábado, às 0h45.
“O Dia Depois de Amanhã”, na Globo
Uma série de alterações climáticas modificam drasticamente o planeta, fazendo com que milhões partam rumo ao sul. Porém, um cientista decide ir a Nova York, na esperança de que seu filho ainda esteja vivo. Com Dennis Quaid e Jake Gyllenhaal. Domingo, às 13h20.
“As Apimentadas – Tudo ou Nada”, na Record
A capitã das cheerleaders Britney Allen (Hayden Panettiere) precisa treinar sua equipe para participar da gravação de um clipe de uma famosa cantora pop. Domingo, às 22h.
“Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, no SBT
Um perigoso assassino foge de uma prisão tida como à prova de fugas, colocando em risco a vida de Harry Potter em Hogwarts. Com Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint e Gary Oldman. Após o Domingo Legal.
“Carga Explosiva”, na Globo
Um ex-soldado do exército norte-americano que agora trabalha como transportador descobre em sua carga uma bela garota, que está presa. Após soltá-la eles precisam fugir de um chefão do crime asiático e também de um policial, que desconfia que ele esteja envolvido em atividades ilegais. Com Jason Statham. Domingo, às 22h35.
“Homem-Aranha 2”, na Globo
Peter Parker precisa lidar com a raiva crescente de Harry Osborne e ainda o aparecimento de um novo inimigo: o Dr. Octopus. Com Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Alfred Molina e James Franco. Vencedor do Oscar de Efeitos Especiais. Segunda-feira, às 21h40.
Lançamentos em DVD
“Perigo em Bangkok”, em DVD


“Cop Land – Edição do Diretor”, em DVD
Em virtude do seu modo gentil, um homem meio surdo (Sylvester Stallone) que nunca conseguiu ser um policial em Nova York, foi eleito xerife de um pequeno vilarejo em Nova Jersey, onde moram vários policiais. É lá que o pacato guardião da lei vai tomando consciência da rede de corrupção e assassinato que envolve alguns dos mais sérios moradores da região. O disco traz o filme com formato de tela widescreen anamórfico e áudio Dolby Digital 2.0, e, como extras, Por trás das câmeras de um western urbano, Sequência de tiroteio e duas cenas inéditas com comentários opcionais.
“Cruzada – Uma Jornada Através do Tempo”, em DVD

“Operação Yakuza”, em DVD

Eventos

Em diversas culturas ancestrais o ano de 2012 é marcado nos calendários como o “apocalipse”, “o fim do mundo”, “o fim de um ciclo”, etc.. Pois bem, o diretor Roland Emmerich, que já destruiu o mundo em “Independence Day”, “Godzilla” e “O Dia Depois de Amanhã”, já está com a mão na massa, para oferecer a sua visão do que virá em 2012. Só um detalhe: o lançamento será mesmo em julho de 2009, pois quem é que vai ser bobo de esperar para 2012? Afinal de contas, tem que dar tempo para lançar em DVD, Blue-Ray, videogame e ainda passar na Tela Quente, antes do mundo acabar...
Morre Ricardo Montalban

Morreu, no último dia 14, o ator Ricardo Montalban. Nascido no México, Montalban foi para Hollywood em 1946, contratado pela Metro Goldwyn Meyer. Na televisão, conquistou o Emmy por sua atuação na série “A conquista do ouro” (1978) e participou da série "Star Trek" no cinema como o vilão Khan. Mas, o papel que tornou Montalban mais famoso foi o do misterioso Sr. Roarke, no seriado “Ilha da Fantasia”. Mesmo paraplégico, após um acidente, continuou fazendo dublagens em Freakazoid, Buzz Lightyear e, mais recentemente, Family Guy e Kim Possible. A última aparição dele foi no filme infantil “Pequenos Espiões 3D”, em que fazia o sogro do personagem de Antonio Banderas.
Filmes da Semana: “O Dia em Que a Terra Parou”
Os dias em que a Terra parou
Quando soube que Hollywood faria uma refilmagem de “O Dia em Que a Terra Parou”, cujo original foi dirigido por Robert Wise em 1951, fiquei curioso para saber qual seria a abordagem do filme atual, já que o primeiro tinha um caráter declaradamente pacifista. O filme de 2008 direciona os esforços para a preservação do meio-ambiente, é curioso assistir os dois, e tentar entender o que mudou entre um filme e outro.
Graças à maravilha do DVD, eu já dispunha, em minha coleção, do filme de Wise, remasterizado digitalmente, de maneira que até os arames utilizados em uma cena ficam visíveis. É gente, em 1951, computador era um troço que ocupava três andares e só uns poucos cientistas tinham acesso. Todos os efeitos especiais de cinema eram feitos “no braço”.
O filme começa com os controladores de vôo observando a chegada de um objeto voador não identificado voando a uma velocidade incrível. O objeto, que se revela um disco voador pousa em um parque de Washington, a capital americana. Cercado por curiosos, policiais e militares, um homem, vestido com um traje espacial sai da nave, e é alvejado por um soldado mais nervoso. Gort, o robô que acompanhava o homem destrói as armas e só para quando este lhe dá uma ordem.
Klaatu (Michael Rennie), o recém-chegado, é levado para um hospital onde surpreende os médicos com a rapidez com que se recupera. Um assessor do presidente americano conversa com ele, mas, ele diz que a mensagem que trouxe terá que ser comunicada a todos os líderes da Terra.

Percebendo que os militares queriam mantê-lo aprisionado, ele foge do hospital e se mistura aos homens, indo morar em uma pensão, onde fica amigo da viúva Helen (Patrícia Neal) e seu filho Bobby (Billy Gray). Ele pretende conhecer melhor os homens, enquanto procura uma maneira de entregar a mensagem.

Mesmo depois de ser ferido mortalmente, Klaatu consegue dar o seu recado. Ele vinha de uma sociedade altamente evoluída que havia abolido a violência e as guerras. Ao perceber que os terráqueos haviam descoberto a energia atômica, viera avisá-los de que se a usassem de forma errada, poderiam ser simplesmente aniquilados.
Na versão atual, o alienígena Klaatu é vivido por Keanu Reeves. Ele também chega de forma escandalosa, só que, desta vez, sua nave pousa em Nova York. A nave é imediatamente cercada pelas forças armadas americanas, e um grupo de cientistas é convocado, entre eles, a astrobióloga Helen (Jennifer Connelly).
Mal o ser aparece, e alguém o alveja, na velha filosofia de atirar primeiro e perguntar depois. O visitante é levado para um centro de pesquisa do governo, onde se descobre que tem o corpo exatamente igual ao de um ser humano.
Recuperando-se rapidamente, Klaatu é apresentado à secretaria de Estado Regina (Kathy Bates), que não gosta nada do recém-chegado, já que este mantém uma postura silenciosa.
Logo, vamos descobrir a missão do visitante. Os extraterrestres vem acompanhando a evolução da Humanidade e preocuparam-se ao perceber que a Terra, um dos poucos planetas capaz de suportar vida múltipla, está sendo destruído pelo Homem. A solução? Destruir o homem, para salvar o planeta.

O robô que acompanhava Klaatu, apesar de aprisionado em um reduto militar, inicia o processo de destruição. A maneira como faz isso é interessante, pois ele transforma-se em uma imensa nuvem de insetos minúsculos que simplesmente destroem tudo o que vêem pela frente.
Nesse meio tempo, Helen luta para convencer Klaatu de que a Humanidade merece uma chance, pois tem condição de mudar, como sempre fez ao longo de sua história, sempre que enfrentou uma crise séria. Para dar esta chance, porém, Klaatu terá que alcançar sua nave antes que a nuvem destruidora chegue até ela.
Como falei no início da resenha, a mesma história teve enfoques diferentes, cada um alinhado aos problemas de sua época. No filme de Wise, de 1951, o mundo vivia o começo assustador da Guerra Fria. Apenas seis anos tinham transcorrido desde a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, e, em 1949, foi a vez da Rússia demonstrar que também podia fazê-lo. A ONU, ainda cambaleante, era mais um conceito do que um organismo atuante. Ninguém sabia direito o que a energia nuclear era capaz, a não ser matar muita gente.
No filme de 2008, a situação nuclear do mundo talvez seja até pior do que em 1951, quando apenas dois países possuíam armas atômicas. Hoje elas estão nas mãos de países que vivem se estranhando, como Índia e Paquistão, e, talvez, Israel, que está em plena guerra com o Hamas.

Como cinema, os dois filmes tem atrativos, embora a versão original seja em preto e branco, formato de tela standard e com efeitos especiais que chegam a ser engraçados, de tão toscos. O filme atual, com um custo estimado de 80 milhões de dólares, tem efeitos especiais altamente técnicos, embora as cenas de destruição de “Independence Day” ainda estejam entre as melhores já feitas.
Contudo, ambos os filmes são interessantes para se ver e discutir se as ameaças ali apresentadas não são reais, embora não haja necessidade de um alienígena chegar aqui para nos destruir. Quem tem mais chance de fazer isso somos nós mesmos.
Os dias em que a Terra parou
Quando soube que Hollywood faria uma refilmagem de “O Dia em Que a Terra Parou”, cujo original foi dirigido por Robert Wise em 1951, fiquei curioso para saber qual seria a abordagem do filme atual, já que o primeiro tinha um caráter declaradamente pacifista. O filme de 2008 direciona os esforços para a preservação do meio-ambiente, é curioso assistir os dois, e tentar entender o que mudou entre um filme e outro.

Graças à maravilha do DVD, eu já dispunha, em minha coleção, do filme de Wise, remasterizado digitalmente, de maneira que até os arames utilizados em uma cena ficam visíveis. É gente, em 1951, computador era um troço que ocupava três andares e só uns poucos cientistas tinham acesso. Todos os efeitos especiais de cinema eram feitos “no braço”.
O filme começa com os controladores de vôo observando a chegada de um objeto voador não identificado voando a uma velocidade incrível. O objeto, que se revela um disco voador pousa em um parque de Washington, a capital americana. Cercado por curiosos, policiais e militares, um homem, vestido com um traje espacial sai da nave, e é alvejado por um soldado mais nervoso. Gort, o robô que acompanhava o homem destrói as armas e só para quando este lhe dá uma ordem.
Klaatu (Michael Rennie), o recém-chegado, é levado para um hospital onde surpreende os médicos com a rapidez com que se recupera. Um assessor do presidente americano conversa com ele, mas, ele diz que a mensagem que trouxe terá que ser comunicada a todos os líderes da Terra.

Percebendo que os militares queriam mantê-lo aprisionado, ele foge do hospital e se mistura aos homens, indo morar em uma pensão, onde fica amigo da viúva Helen (Patrícia Neal) e seu filho Bobby (Billy Gray). Ele pretende conhecer melhor os homens, enquanto procura uma maneira de entregar a mensagem.

Mesmo depois de ser ferido mortalmente, Klaatu consegue dar o seu recado. Ele vinha de uma sociedade altamente evoluída que havia abolido a violência e as guerras. Ao perceber que os terráqueos haviam descoberto a energia atômica, viera avisá-los de que se a usassem de forma errada, poderiam ser simplesmente aniquilados.
Na versão atual, o alienígena Klaatu é vivido por Keanu Reeves. Ele também chega de forma escandalosa, só que, desta vez, sua nave pousa em Nova York. A nave é imediatamente cercada pelas forças armadas americanas, e um grupo de cientistas é convocado, entre eles, a astrobióloga Helen (Jennifer Connelly).
Mal o ser aparece, e alguém o alveja, na velha filosofia de atirar primeiro e perguntar depois. O visitante é levado para um centro de pesquisa do governo, onde se descobre que tem o corpo exatamente igual ao de um ser humano.
Recuperando-se rapidamente, Klaatu é apresentado à secretaria de Estado Regina (Kathy Bates), que não gosta nada do recém-chegado, já que este mantém uma postura silenciosa.
Logo, vamos descobrir a missão do visitante. Os extraterrestres vem acompanhando a evolução da Humanidade e preocuparam-se ao perceber que a Terra, um dos poucos planetas capaz de suportar vida múltipla, está sendo destruído pelo Homem. A solução? Destruir o homem, para salvar o planeta.

O robô que acompanhava Klaatu, apesar de aprisionado em um reduto militar, inicia o processo de destruição. A maneira como faz isso é interessante, pois ele transforma-se em uma imensa nuvem de insetos minúsculos que simplesmente destroem tudo o que vêem pela frente.
Nesse meio tempo, Helen luta para convencer Klaatu de que a Humanidade merece uma chance, pois tem condição de mudar, como sempre fez ao longo de sua história, sempre que enfrentou uma crise séria. Para dar esta chance, porém, Klaatu terá que alcançar sua nave antes que a nuvem destruidora chegue até ela.
Como falei no início da resenha, a mesma história teve enfoques diferentes, cada um alinhado aos problemas de sua época. No filme de Wise, de 1951, o mundo vivia o começo assustador da Guerra Fria. Apenas seis anos tinham transcorrido desde a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, e, em 1949, foi a vez da Rússia demonstrar que também podia fazê-lo. A ONU, ainda cambaleante, era mais um conceito do que um organismo atuante. Ninguém sabia direito o que a energia nuclear era capaz, a não ser matar muita gente.
No filme de 2008, a situação nuclear do mundo talvez seja até pior do que em 1951, quando apenas dois países possuíam armas atômicas. Hoje elas estão nas mãos de países que vivem se estranhando, como Índia e Paquistão, e, talvez, Israel, que está em plena guerra com o Hamas.

Como cinema, os dois filmes tem atrativos, embora a versão original seja em preto e branco, formato de tela standard e com efeitos especiais que chegam a ser engraçados, de tão toscos. O filme atual, com um custo estimado de 80 milhões de dólares, tem efeitos especiais altamente técnicos, embora as cenas de destruição de “Independence Day” ainda estejam entre as melhores já feitas.
Contudo, ambos os filmes são interessantes para se ver e discutir se as ameaças ali apresentadas não são reais, embora não haja necessidade de um alienígena chegar aqui para nos destruir. Quem tem mais chance de fazer isso somos nós mesmos.
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