Newton Ramalho
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O que está em cartaz
2014 vai chegando ao final, ainda repleto de escândalos – reais ou
fictícios – e muitas tragédias provocadas pelo lado mais sombrio dos homens,
que não hesitam em assassinar crianças em nome de seus ideais. Enquanto isso,
nos cinemas, as estreias da semana são a animação “Operação Big Hero”, a
comédia nacional “A Noite da Virada”, o drama “Homens, Mulheres e Filhos”, e a
ópera “Os Dois Foscaris”. Neste final de semana teremos também a pré-estreia do
épico “Êxodo: Deuses e Reis”, e a re-exibição do clássico “Grease – Nos Tempos
da Brilhantina”. Continuam em cartaz “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” (vejam na seção Filme da Semana), “Ouija
– O Jogo dos Espíritos”, “As Aventuras do Avião Vermelho”, “Quero Matar Meu
Chefe 2”, “As Aventuras de Paddington”, “Boa Sorte”, “Jogos Vorazes: A
Esperança – Parte 1”, e “Debi & Loide 2”. Nas programações exclusivas o
Moviecom exibe “Caçada Mortal”, e “Made in China”, enquanto o Natal Shopping
mantém “Irmã Dulce”.
Estreia 1: “Operação Big Hero”
Cidade de
San Fransokyo, Estados Unidos. Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) é um garoto
prodígio que, aos 13 anos, criou um poderoso robô para participar de lutas
clandestinas, onde tenta ganhar um bom dinheiro. Seu irmão, Tadashi (voz de
Daniel Henney), deseja atraí-lo para algo mais útil e resolve levá-lo até o
laboratório onde trabalha, que está repleto de invenções. Hiro conhece os
amigos de Tadashi e logo se interessa em estudar ali. Para tanto ele precisa fazer
a apresentação de uma grande invenção, de forma a convencer o professor
Callahan (James Cromwell) a matriculá-lo. Entretanto, as coisas não saem como
ele imaginava e Hiro, deprimido, encontra auxílio inesperado através do robô inflável
Baymax (voz Scott Adsit), criado pelo irmão. A direção é de Don Hall. “Operação
Big Hero” está em exibição na Sala 4 do Moviecom, na Sala 7 do Cinemark, Sala 1
do Natal Shopping, e Sala 1 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa
livre. Cópias dubladas, exibição em 2D e 3D. (T. O.: “Big Hero 6”)
Estreia 2: “A Noite da Virada”
Durante
uma festa de Réveillon na casa de Ana (Julia Rabello) e Duda (Paulo
Tiefenthaler), o banheiro é o foco de todas as fofocas e polêmicas. É onde Duda
confessa à esposa que vai deixá-la pela vizinha Rosa (Luana Piovani), que, por
sua vez, leva um casamento bem monótono com Mario (Marcos Palmeira). É também
onde Alê (Luana Martau) conta a Ana suas aventuras sexuais com o namorado (João
Vicente de Castro), e onde um convidado traficante (Taumaturgo Ferreira) faz os
seus negócios. Na noite da virada do ano, tudo pode acontecer. A direção é de Fábio
Mendonça. “A Noite da Virada” está em exibição na Sala 1 do Moviecom, Sala 1 do
Cinemark, Salas 5 e 6 do Natal Shopping, e Sala 3 do Partage Norte Shopping.
Classificação indicativa 12 anos. Nacional. (T. O.: “A Noite da Virada”)
Estreia 3: “Homens, Mulheres e Filhos”
Adultos,
adolescentes e crianças amam, sofrem, se relacionam e compartilham tudo, sempre
conectados. A internet é onipresente e, nesta grande rede em que o mundo se
transformou, as ideias de sociedade e interação social ganham um novo
significado. Algumas situações como um casal que não tem intimidade; uma garota
que quer ser uma anoréxica melhor; um adolescente que vive em num mundo de
pornografia virtual, fazem o expectador repensar a relações humanas. A direção
é de Jason Reitman, e no elenco estão os veteranos Adam Sandler e Jennifer
Garner. “Homens, Mulheres e Filhos” está em exibição na Sala 3 do Natal
Shopping. Classificação indicativa 16 anos. (T. O.: “Men, Women & Children”)
Estreia 4: “Royal Opera House: Os Dois Foscaris”
“Os Dois
Foscaris” (I Due Foscari), de Verdi, é um espetáculo baseado na peça de Byron
ambientada em Veneza, de 1457. É estrelado por uma das mais adoradas vozes da
ópera de todos os tempos: o barítono Plácido Domingo, que retorna ao The Royal
Opera House no papel de Francesco Foscari, ainda inédito para o público.
Francesco Meli canta no papel de seu filho Jacopo. Esse drama tenso e sombrio,
que serviu de base para uma das trilhas mais arrebatadoras do início da
carreira de Verdi, não é ouvido no Royal Opera House desde 1995. Agora, é
apresentado em montagem ovacionada do diretor americano Thaddeus Strassberger.
A regência é de Antonio Pappano, Diretor Musical do The Royal Opera House. “Os
Dois Foscaris” será exibido na Sala 4 do Cinemark, no sábado (12h30), domingo
(15h30), e terça-feira (18h30). Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: “I
Due Foscari”)
Clássicos Cinemark: “Grease – Nos Tempos da Brilhantina”
Na
Califórnia na década de 50, Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John),
um casal de estudantes, trocam juras de amor mas se separam, pois ela voltará
para a Austrália. Entretanto, os planos mudam e Sandy por acaso se matricula na
escola de Danny. Para fazer gênero ele infantilmente lhe dá uma esnobada, mas
os dois continuam apaixonados, apesar do relacionamento ter ficado em crise.
Esta trama serve como pano de fundo para retratar o comportamento dos jovens da
época. Filme indicado para o Oscar de Melhor Canção Original, além de mais quatro
indicações para o Globo de Ouro. A direção é Randal Kleiser. “Grease – Nos
Tempos da Brilhantina” será exibido na Sala 5 do Cinemark no sábado às 23h55, e no
domingo às 12h30.
Classificação indicativa livre. (T. O.: “Grease”)
Pré-Estreia: “Êxodo: Deuses e Reis”
“Êxodo:
Deuses e Reis” é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do
Antigo Testamento. O filme narra a vida do profeta Moisés (Christian Bale),
nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os recém-nascidos
hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na
família real. Quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para voltar
ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. Para isso, ele
precisará enfrentar a fúria de seu quase irmão Ramsés, e atrair para o Egito as
terríveis pragas. No caminho da fuga, além da travessia do deserto e a passagem
pelo Mar Vermelho, o maior obstáculo ainda será a falta de fé de seus seguidores.
“Êxodo: Deuses e Reis” terá pré-estreia
no final de semana, na Sala 6 do Moviecom, Salas 5 e 7 do Cinemark, Sala 2 do
Natal Shopping, e Sala 4 do Partage Norte Shopping. Classificação indicativa 12
anos. Cópias dubladas e legendadas, 2D e 3D, verifique a programação no site de
cada rede. (T. O.: “Exodus: Gods And Kings”)
Filme da Semana: “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”
Embora
tenha testemunhado a boa aceitação de seus livros pelo público, o escritor
britânico J. R. R. Tolkien, conhecido como o pai da literatura fantástica,
jamais poderia imaginar o alcance de suas obras graças ao cinema, em especial a
trilogia “Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, cujo capítulo final, “O Hobbit: A
Batalha dos Cinco Exércitos”, chegou aos cinemas nesta semana.
As
duas trilogias, dirigidas por Peter Jackson, trazem o universo mágico criado
por Tolkien em superproduções repletas de efeitos especiais e de boas atuações
de atores famosos, alguns deles de longa tradição no cinema.
Na
verdade, a primeira coisa que o espectador deve ter em mente é que o filme
atual é parte de uma sequência que foi iniciada em 2012 com “O Hobbit: Uma
Jornada Inesperada”, seguida em 2013 por “O Hobbit: A Desolação de Smaug”.
Reforço este aspecto para que algum espectador desavisado gaste o dinheiro com
a entrada e fique perdido sobre o que está acontecendo na tela. Mesmo para quem
já é fã da série, recomendo revisitar os filmes anteriores para estar com tudo
fresquinho na memória.
No
primeiro filme, os personagens são apresentados ao público. O hobbit Bilbo
Bolseiro (Martin Freeman) vive uma vida pacata no Condado, como a maioria dos
seus compatriotas. Um dia, aparece em sua porta o mago Gandalf, o Cinzento (Ian
McKellen), que lhe promete uma aventura como nunca antes vista. Na companhia de
vários anões comandados por Thorin Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage), Bilbo
e Gandalf iniciam sua jornada inesperada pela Terra Média.
Eles
têm por objetivo libertar o reino de Erebor, nas entranhas da Montanha
Solitária, conquistado há tempos pelo dragão Smaug (voz de Benedict
Cumberbatch), e que antes pertencia aos anões. No meio do caminho encontram
elfos, trolls e orcs, estes últimos comandados por Azog (Manu Bennett), o
executor do avô de Thorin, que decepara a mão do monstro, e era dado como morto.
Nas profundezas da caverna dos orcs, Bilbo encontra uma estranha criatura
Gollum (Andy Serkis) e seu ainda mais estranho e precioso anel.
No
segundo filme, após terem penetrado na Montanha Solitária, Bilbo, Gandalf e o
grupo de anões penetra na Montanha Solitária, em busca da preciosa Pedra de
Arken, que fará com que Thorin obtenha o respeito de todos os anões e o apoio
na luta para retomar seu reino. O problema é que a joia está perdido em meio a
um tesouro protegido pelo temido dragão Smaug.
Ao
mesmo tempo, Gandalf investiga uma nova força sombria que surge na Terra Média,
que utiliza tanto a força bruta dos orcs, soldados monstruosos produzidos em
série, quanto os fantasmas dos antigos reis humanos que receberam os anéis e a
maldição pelo resto dos tempos.
No
filme atual, após ser expulso da montanha de Erebor, o dragão Smaug ataca com
fúria a cidade dos homens que fica próxima ao local. Após muita destruição,
Bard (Luke Evans) consegue derrotá-lo. Não demora muito para que a queda de
Smaug se espalhe, atraindo os mais variados interessados nas riquezas que
existem dentro de Erebor.
Preocupado
com seu povo, que não tem como se abrigar do rigoroso inverno que se aproxima,
Bard decide leva-los para Erebor, acreditando que os anões irão recebê-los bem,
em retribuição à ajuda recebida quando eles chegaram à cidade perseguidos por
elfos e orcs.
Entretanto,
Thorin, possuído pela loucura do ouro, está disposto a tudo para impedir a
entrada de homens e elfos, tomado por uma obsessão crescente pela riqueza à sua
volta. Paralelamente a estes eventos, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e Gandalf
(Ian McKellen) tentam impedir a guerra, pois o perigoso exército de orcs
comandados por Azog aproxima-se de Erebor com uma força nunca vista antes na
Terra Média.
Não
é difícil imaginar que Tolkien tenha criado o seu mundo fantástico baseado na
realidade política conturbada, que dominava a Europa no final do século 19 e
início do século 20. Ele sempre tenta mostrar a riqueza dos valores como
amizade, honestidade, honra e abnegação, em contraposição à ambição dos
governantes, sempre mais interessados em seus objetivos pessoais.
“O
Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” é um produto voltado para o público
infanto-juvenil, repleto de cenas de ação espetaculares e efeitos especiais
primorosos, deixando sempre dúvidas sobre o que é real e criado no computador.
Mais que tudo, é um filme voltado para o entretenimento, embora possa ser usado
didaticamente para discutir as relações entre os homens e as nações.
Título Original: “The Hobbit: The
Battle of the Five Armies”
Livros de cinema:
Cinema Digital –
Um Novo Cinema?
Qual
será o futuro do cinema? Será que o antigo celuloide, a famosa película, está
com os dias contados? É verdade que o futuro será digital? Estas são algumas
questões levantadas neste livro que abre uma nova perspectiva para a Coleção
Aplauso, da Imprensa Oficial. O livro de Luiz Gonzaga Assis de Luca discute as
inovações técnicas que dominam o cinema desde a virada do século XXI,
principalmente a qualidade do som digital, entre os vários sistemas
concorrentes, e uma questão fundamental: será que vale a pena o exibidor
investir e, novas tecnologias que ainda não demonstram sua validade e
permanência? 328 p – Editora Imprensa Oficial.
Lançamentos em DVD/Blu-Ray:
“A Bela e a Fera”
No ano de 1810 um naufrágio leva à
falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A
família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece
ser a única entusiasmada com a vida rural. Certo dia o pai de Bela arranca uma
rosa do jardim de um palácio encantado e acaba condenado à morte pelo dono do
castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai viver
com o estranho ser. Lá ela encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza, e
aos poucos descobre mais sobre o passado da Fera, que se sente cada vez mais
atraída pela jovem moça. O disco traz o filme com tela widescreen anamórfico e
Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “La Belle et La Bête”)
“Era Uma Vez em Nova York”
Em 1921, as irmãs polonesas Magda
(Angela Sarafyan) e Ewa Cybulski (Marion Cotillard) partem em direção a Nova
Iorque, em busca de uma vida melhor. Mas, assim que chegam, Magda fica doente e
Ewa, sem ter a quem recorrer, acaba nas mãos do cafetão Bruno (Joaquin
Phoenix), que a explora em uma rede de prostituição. A chegada de Orlando
(Jeremy Renner), mágico e primo de Bruno, mostra um novo amor e um novo caminho
para Ewa, mas o ciúme do cafetão acaba provocando uma tragédia. Filme com
formato de tela widescreen anamórfico e áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “The
Immigrant”)
“Amar, Beber e Cantar”
Um grupo de teatro amador está
ensaiando uma nova peça, quando uma notícia triste abala a todos: George, amigo
próximo da trupe, está doente. De acordo com os médicos, ele tem no máximo seis
meses de vida. Enquanto as mulheres do grupo começam a relembrar a antiga
paixão pelo mulherengo George, os homens têm uma ideia inusitada: e se o amigo
doente fosse chamado para interpretar um dos personagens da peça? O disco traz
o filme com formato de tela widescreen anamórfico e Áudio em Dolby Digital 5.1.
(T. O.: “Aimer, Boire et Chanter”)
“Os Sabores do Palácio”
Hortense Laborie (Catherine Frot) é
uma respeitada chef que é pega de surpresa ao ser escolhida pelo presidente da
França para trabalhar no Palácio de Eliseu. Inicialmente, ela se torna objeto
de inveja, sendo malvista pelos outros cozinheiros do local. Com o tempo, no
entanto, Hortense consegue mudar a situação. Seus pratos conquistam o
presidente, mas terá sempre que se manter atenta, afinal os bastidores do poder
estarão cheios de armadilhas. Inspirado na história real da cozinheira do
presidente francês François Mitterand, Danièle Delpeuch. Filme com formato de tela
widescreen e Áudio em Dolby Digital 5.1. (T. O.: “Les Saveurs du Palais”)